| Capítulo 30.3 |

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Olá vamos recomeçar

sei lá queria te falar

ta aí esse é meu celular

liga só pra eu te escutar

Caminho em sua direção e mesmo a alguns metros de distância posso sentir seu doce cheiro

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Caminho em sua direção e mesmo a alguns metros de distância posso sentir seu doce cheiro. Manu permanece parada, seu riso morre e eu vejo seu sangue manchando o tecido branco. Há uma faca em seu peito, isso me deixa desesperado.

Corro, corro e a distância entre nós dois não diminui. Por trás dela um homem se sobressai, Josh. Grito palavras de ofensa a esse canalha que acaba de jogar o corpo de Manu ao chão como se fosse um saco de batatas.

Ele aponta a arma para mim e o disparo me alcança na altura do peito.

Acordo desesperado e suando frio. Manu está em perigo, sinto isso. Me levanto ainda tremendo e procuro uma roupa qualquer. Olho no relógio e são 06:30 da manhã, lá fora está chovendo.

Faço minha higiene e saio com o carro, preciso vê-la, saber que está bem.

Enquanto dirijo algumas coisas começam a fazer sentido pra mim. Josh veio de uma família muito rica e o fato de ter feito administração fez com que ele soubesse lidar com tamanha fortuna após a morte do pai. Uma semana antes de virmos para Minas eu fui com ele até uma maquiadora profissional que fez uma transformação nele, era massa para todo lado, tipo daquele programa do faustão onde os artistas se transformam.

Eu perguntei a ele a necessidade daquilo e ele superficialmente me explicou que era para não ser reconhecido pelas pessoas da região ou poderia ser linchado. No hospital Manu o reconheceu apenas pelo olhar, agora as coisas estão se encaixando. Ouvi uma conversa de Josh com Josh sobre uma medida protetiva e a mascara era uma forma de chegar próximo de Manu sem ser reconhecido e acabar presso por descumprimento de medida protetiva.

Hoje me arrependo de ter pago sua fiança e agora estar nesse enrosco. A única parte boa de tudo isso é ter conhecido Manu. 

Acabo de parar enfrente a sua casa, a chuva ainda permanece, agora um pouco mais calma. Saio do carro e corro até a árvore que fica ao lado de sua sacada. Agradeço mentalmente pelas aulas de escalada na adolescência e subo sem muita dificuldade. A porta da sacada está com uma pequena fresta aberta, a empurro e um vento gelado entra no quarto. Fecho o mais rápido possível porque não quero que minha gatinha fique doente. 

Ela está vestido a porra de uma camisola preta que deixa parte do seu traseiro de fora, não acredito que ela está sem calcinha. Merda!

 Merda!

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A primeira vezWhere stories live. Discover now