I. Now in the morning I sleep alone

22.7K 2.5K 1.6K
                                    

Boa leitura!
#OlhosBrilhantes
________________

Pequenos flocos de neve caiam em cima das cabeças dos moradores que andam sobre a camada fofa embranquecida no chão. Todos estão bem empacotados com seus casacos, porém, ainda sim, o frio nunca é bem visto pelos os clastianos. Aqueles que nascidos em Clastia, o reino do sol, que queima seu rosto te deixando com um aspecto queimado na pele, e dos ventos fortes no qual arrastam seus fios de cabelo para longe e ousam tentar levar suas roupas para fora do varal, não estão nem um pouco acostumados com friagens e pouca umidade.

Mesmo com o frio, os clastianos saem de suas residências para presenciar um momento, um ritual praticado todos os anos, o nascimento do primogênito do rei. O primeiro filho a subir ao trono merece um ritual de passagem, sendo louvado pelos os moradores locais, enquanto é banhado pela a água do rio lótus. Os alfas agraciam o frio, pois assim saberão se o alfa que governará o futuro de Clastia será forte ou não, já os omegas ficam ranzinzas tentando tomar conta de seus filhotes.

— Por que essa criança infeliz decidiu nascer no frio? Só pode ser mal presságio. — Um alfa velho, que já viu vários nascimentos, sejam no frio ou no calor, ranzinza pela a decisão da criança de nascer nesse momento.

— Não seja exagerado, o bebê quer mostrar o quão forte é. Com certeza será tão forte como seu pai se resistir somente a esse frio. — Um outro alfa idêntico ao mais velho diz animado com o ritual, enquanto tenta segurar suas crianças fujonas.

— Se ele quisesse se mostrar forte como pai, deveria ter exaltado o clima preferido da capital de Clastia, e não nos fazer sair de nossas casas de madrugada nessa friaca. — Uma omega de idade mediana, resmunga com uma criança de colo que ressona docemente em seu ombro. A fala da moça faz os dois alfas atrás dela rirem.

Enquanto isso, dentro do palácio real, em um quarto em específico, não existia animação presente ali, somente desespero, dor e lágrimas. A rainha usava de todas as suas forças para pôr o primogênito de Clastia no mundo, chegando até a assustar o marido, que acreditava que a mulher iria explodir de tanta força e gritos que dava.

Park Jisung se mantém distante desde o início do parto, não querendo tocar em sua esposa e atrapalhar seu parto, sendo aconselhado pelas as próprias parteiras, já que as mesmas perceberam a mãe do bebe não muito confortável perto do marido. Porém, o desespero é eminente em seu rosto, mesmo de longe, ele tem medo de perder seu filho, que não importa como venha, ele iria amá-lo por toda sua eternidade. Tinha prometido ao seu pai, que iria se casar com uma bela moça e teria belos filhos, amaria todos igualmente sem nenhuma discriminação, e não pensa em descumprir mesmo com os problemas atuais.

Até que, enfim, a criança nasceu. A criança real finalmente tinha nascido; um garotinho de mechas loiras, como o sol, e pele tão branca quanto a neve que caía janela afora. Aquele mesmo garoto que um dia cresceria e se tornaria rei de todo aquele povoado que já o ama sem ele saber. Tudo estava perfeito para seus pais, que sorriam abraçados e derramando lágrimas de felicidade, sem nem ao menos quererem saber o ABO da criança. Só queriam sentir a sensação de serem pais, ainda que soubessem muito bem o quão importante era saber a classe de um bebe que subiria o trono no reinado de Clastia.

No entanto, ainda que não se importassem, quando a serva encarregada de fazer isso chegou, os pais não deixaram de ficar apreensivos, afinal, tudo o que menos queriam era que seu filho fosse um beta ou até mesmo um ômega em uma sociedade tão opressora na qual viviam.

Quando a serva pôs o chá aromatizado que liberava o cheiro do seu lobo, pôde assim descobrir que aquela criança, com cheiro tão doce quanto as rosas daquele jardim, era um ômega, e da classe mais firme e ancestral possível, os puros. Foi de surpresa para todos ali, até mesmo para os guardas que sempre estavam com a famosa expressão neutra no rosto, ninguém espera um ômega, menos ainda um de classe tão antiga, que poderia ser dada como extinta até um tempo atrás. A serva, apesar de estar tão surpresa quanto todos, engole em seco e continua o processo, para agora descobrir o tipo sanguíneo da criança.

Viva el Rey | jjk + pjmWhere stories live. Discover now