𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎𝑙. The Temple of Time

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Boa Leitura!
#OlhosBrilhantes
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- Kim Taehyung

Eu andava pelo o grande monumento quadrado, ou conhecido popularmente como monumento oriental. Sua estrutura era de 30 andares, coberto de ouro e tons em vermelho, como toda Clastia era. Mas toda essa beleza era para abrigar prisioneiros.

Quando eu morava nos castelos, em um quarto dourado e com o tamanho de uma sala de estar plebeia, meus pensamentos eram: "Para que tanto ouro, para pessoas tão crueis? Por que não doar todo esse ouro para pessoas que precisam?". Não julgo meu pensamento, pois acho que 80% da população tem a mesma ideia, mas pelo menos, agora eu entendo do porquê isso tudo.

A justiça não é válida. A justiça não é boa com pessoas que merecem. Como poucos sabem, mas a liberdade, igualdade, fraternidade serviam somente para quem os olhos do poder jurídico achava certo. E eu somente percebi isso quando entrei para esse purgatório.

Assim como tem centenas de assassinos e pessoas podres por dentro, existe outras centenas que estão presas por serem somente quem elas deveriam ser. E eu sou como elas. Uma pessoa, que não foi sacrificada nem pelo o próprio pai.

Eu ainda sinto ódio e pena de meu pai. Tão preso por um trauma passado e pela a religião, que não consegue sacrificar suas próprias opiniões por qualquer outra pessoa. Um indivíduo egoísta.

Mesmo com tanto ódio e não querendo olhar na cara de nenhum parente meu, eu ainda vou até a sala reservada pelo o general - meu pai - para conversarmos. Ainda decepcionado, não consigo deixar de lado meu pai, pois, eu não sou ele, e nem pretendo ser, portanto, tenho que aprender que não consigo mudar pessoas, e sim somente me impor contra elas.

— Bom dia. — Digo assim que entro. Ainda uso toda minha educação, mesmo que ela não fosse merecida por tal homem.

— Bom dia. — Ele responde me olhando firmemente como fez em todos os anos da sua vida quando estava vestido com aquela farda.

Me lembro muito bem de quando era pequeno e fugia com a farda de meu pai e jogava ela no rio junto com Hoseok. No final, misteriosamente aparecia a mesma no local novamente, e eu ficava embasbacado toda vez. Somente mais velho que fui descobrir que meu pai sabia de nosso plano, e por isso ele sempre ia atrás da gente escondida para depois pegar a farda.

Bons tempos. Onde tudo era paz. Uma época em na qual não existia responsabilidades e dores, e muito menos deveres. Uma vez, as indiferenças, não eram de grande importância.

— Do que se trata sua visita? — Pergunto seco tomando meu chá de maçã. Eu entendi tudo com aquele chá posto especialmente para mim, do meu lado e fresco.

Ele estava com saudades. Talvez iria se redimir? Ou quem sabe, iria somente esquecer e fingir que nada aconteceu. A segunda opção era válida.

— Já se passaram um verão, você refletiu sobre seu comportamento? — Ele disse calmamente, pondo seus cotovelos sobre a mesa e se apoiando neles. Relaxado, mas impositor.

Pegando a xícara de chá, quando chego ela perto da minha boca, dou um sorriso singelo, com um olhar para baixo. Era algo meigo e calmo, não demonstrava nem metade da minha decepção e raiva. Afinal, fui ensinado desde pequeno que era para camuflar o máximo possível minhas emoções com Mama, Jimin me disse uma vez que isso não deveria ser levado a sério, mas de alguma forma, está servindo para alguma coisa hoje.

Viva el Rey | jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora