Viva el Rey | jjk + pjm

VI. One minute I held the key

Boa Leitura!
#OlhosBrilhantes
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Depois do longo discurso e anotações de cada nome, os dois grandes soldados entraram na carruagem. SeokJin parecia neutro com tudo, mesmo que eu tenha matado alguém pela a primeira vez, ele pareceu não se importar que eu acabei de fazer uma atrocidade. Apesar de querer um consolo, sabia que SeokJin não o daria, porque achava aquilo normal. Sr.Kim matou tantas pessoas em sua vida que não se sente mal vendo pessoas mortas; ele se esqueceu como é a dor de matar alguém. Na mente do mais velho, eu estava bem treinado e não sentiria dor em matar, afinal é algo normal, claro; eu deveria pensar o mesmo.

Apesar de falar em minha mente que aquilo era normal e que deveria me acostumar porque coisas assim seriam comuns, minha infeliz bondade atacava e me culpava por ter matado um homem, que mesmo sendo ignorante, com certeza tinha uma família que não tinha culpa do homem ser tão burro. Talvez teria uma mãe preocupada, ou uma mulher que mesmo sendo traída amava o marido, ou um filho que esperava brincar com seu pai quando este chegasse em casa. Eu esperava vários finais tristes para essa história, e mesmo que todos comemorem a vitória, eu chorava pela a perda.

SeokJin conversava com o guarda que andava junto a seu cavalo pela a janela da carruagem, enquanto Hoseok parecia dormir – como sempre – ao meu lado, e Jungkook parecia prestar atenção nos detalhes das paisagens pela a janela que dividimos. Eu estava escorado nessa janela, com a mão em minha cara, fingindo esconder o rosto do sol forte lá fora, porém eu estava chorando no momento, mesmo que silenciosamente. Eu tinha prometido para Taehyung e para mim mesmo que todos seriam beneficiados, mas eu estava descumprindo minha própria promessa. Como será daqui em diante? Eu não fazia ideia dos podres que o mundo poderia mostrar, e estava assustado com isso.

Hoseok, que parecia dormir, de repente abriu seus olhos – não é como se eu tivesse tirado a mão da minha cara, era só que eu senti isso – e respirou fundo. Ele parecia de saco cheio dessa viagem e queria só ir para sua casa cheia de livros inteligentes e aconchegantes, deitado sobre sua poltrona vermelha recebendo amor de seu beta. Era engraçado como eu poderia presumir o que Hoseok faria e o que pensa, só sentindo sua presença, era loucura olhando de fora, mas para mim era divertido e reconfortante.

Eu estava concentrado em olhar o futuro de Hoseok, que nem percebi sua mão em meu ombro, acariciando levemente, como um carinho bem gostoso. Quando percebi o carinho inesperado, tirei as mãos do rosto e assim, dei de cara com Jungkook olhando um pouco surpreso com o carinho vindo de Hoseok.

— O tempo e o clima está bom hoje. Um ótimo dia para ler livros em uma poltrona tomando chá gelado. — Começou Hobi olhando para a janela com um de seus belos sorrisos, que não eram raros, mas não eram tão sinceros como o de agora.

— Imagino que todo dia seja um bom dia para ler, vendo no seu ponto de vista, soldado. — Falei debochado. Eu gostava de tirar uma com a cara de Hobi às vezes, arrancando sempre uma careta feia vindo do outro, que me fazia rir.

— O clima está muito bom de qualquer forma, você deveria sentir-lo também, se me compreende. — Pelo o que eu entendi, com anos vivendo com Hobi, aquilo seria uma metáfora para que eu aproveitasse a vitória e esquece o motivo dela, deveria somente olhar o presente. Agradeci o Kim primogênito mentalmente, já que, eu deveria realmente relaxar.

Hoseok continuava com o carinho em meu ombro, ao mesmo tempo que conversava qualquer coisa com o pai. Enquanto eles conversavam, pude perceber um olhar meio surpreso do Jeon sobre meu ombro, e aquilo estava me preocupando, já que somente os Kim's e os ministros sabiam sobre minha relação familiar com o sr.Kim e seus filhos. Jungkook poderia ser uma pessoa doce e inocente, mas eu não poderia confiar em qualquer pessoa que for doce e gentil, principalmente quando a pessoa é de um lugar estranho e curiosamente sabe como ser amigável com um rei.