Viva el Rey | jjk + pjm

V. Feel the fear in my enemy's eyes

Boa Leitura!
#OlhosBrilhantes
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Quando pisei naquele lugar, sem estrutura alguma, com a estrada banhada de lama, com ômegas carregando cestas pesadas, alfas trabalhando arduamente em qualquer coisa que seja, eu senti os sentimentos deles. Eu pude perceber um pesar em seus sentimentos, como se fosse difícil viver naquelas condições — como aparentava realmente ser — e via também confiança e determinação para continuar vivendo ali. Querendo ou não, aquelas pessoas só agiam com tamanha grosseria por conta de seu passado perturbado, onde em todo o momento, as pessoas foram ignorantes e grosseiras com elas.

Pisando firme naquele chão de lama, segui em frente, em direção a cabana do líder dos inquilinos — que não gostavam de ser chamados assim, gostavam de ser chamados de vitoriosos, mas seria estranho um rei chamá-los de vitoriosos logo de primeira, então somente evitaria dizer algo. Jungkook me seguia logo atrás com sua típica cara destemida, contudo, insegura. Eu queria entender o que aquele garoto tinha para ter tanto medo em sua vida.

Eu queria tremer teimosamente cada osso do meu corpo, porém, eu me segurava o quanto podia para não executar o ato. Meu rosto era firme e imponente, eu olhava para frente sem demonstrar interesse em olhar as caras enojadas dos inquilinos em ver um ômega, com pessoas o seguindo como um rei, que eu realmente sou. Minha vontade era de correr e chorar no colo de Seokjin pedindo bolo de chocolate e um café quentinho, ou somente um desejo de correr e mandar alguém no meu lugar, mas eu não podia, eu tinha que mostrar que não me importava. Porque não existe ninguém acima de mim.

Ao ver uma cabana grande, pude jurar ser a moradia do tal líder dos rebeldes. Seguindo meus instintos fui em frente, acertando em cheio ao entrar e me deparar com o trono improvisado, com o líder em cima dele acariciando os peitos de provavelmente uma mulher que trabalhava em dar-lhe prazer. Fiquei com extremo nojo vendo aquela cena, e Jungkook percebendo isso, botou suas mãos em minhas costas rapidamente, como um afago, que ele fingiu ser para pegar alguma coisa que estava sobre minha roupa. Talvez realmente tinha algo, porém não ligava, eu estava pensando em como abordar aquele homem asqueroso sem que ele me corte pela a minha classe.

— O que faz aqui, Ômega? — Me sinto agradecido por ele ter começado a falar, assim pude perceber seu tipo de abordagem e poderia tratá-lo como ele, pois esses tipos de homens só demonstravam respeito com a ignorância que nasceram com eles.

— Primeiro de tudo, ômega é um gene, não um nome. Me chamo Park Jimin. — Mostrei minha ignorância assim como ele mostrou, mas eu não podia ser tão descortês quanto o líder, esses homens são broncos o suficiente para achar que seu poder pode ser perdido por simples desrespeito que eles mostraram desde o início. Como o imaginado, ele pediu para que eu falasse senão me mandava embora sem dar tempo de conversar.

— Vim aqui para conversar de igual para igual com a Vossa Alteza. Como deve imaginar, os reinos querem a volta de seu povo para seus antigos vilarejos e reinos, entretanto, vim aqui fazer-lhe uma proposta maior do que os antigos reis fizeram. — Falei cada palavra cautelosamente, olhando no fundo dos olhos do líder rebelde, em meio de mostrar minha posição.

— E qual seria, doce Ômega? Um bordel para acabarmos com seu corpinho lindo? — Todos os inquilinos riram, se acabaram em risadas porque eram obrigados, mas acima de tudo, porque gostavam.

Aquilo me deixou triste, com o estômago revirando em náusea por seu comentário desgostoso, mas ao mesmo tempo, isso impulsiona minha raiva interior. Pude perceber que Seokjin e Hoseok se mexiam atrás, com raiva do que o receptor disse, já Jungkook, olhou entristecido para o líder, entristecido e com raiva. Não sei como eram as relações de Jungkook com seu antigo povo, mas o rapaz parecia admirá-lo antes.