VII. I used to roll the dice

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Boa Leitura!
#OlhosBrilhantes
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Finalmente, dias de depois da minha conversa agradável com Jeongguk, o dia da reunião com os ministros enfim tinha chegado. Eu tinha grandes esperanças de que finalmente algo bom ia se acender, mas ao mesmo tempo tenho medo dessa esperança ser algo imaginário, já que minha vida toda foi rodada em falta desse sentimento. É como se meu lobo interno quisesse ter essa sensação feliz, mas o meu lado racional não quer que eu me decepcione.

Não pensando nessas confusões mentais, fui fazer todo o meu processo matinal. Quando terminei de fazer minhas higienes básicas e me arrumei perfeitamente para a reunião com os Ministros, encontrei Taehyung na porta do meu quarto, completamente nervoso, e eu não sabia exatamente o porquê.

— Taehyung, o que houve? Você parece estar meio nervoso. — Falei, querendo quebrar o silêncio que se instalou no recinto assim que abri a porta e olhei para meu irmão de cabeça baixa. Eu estou com medo, Taehyung nunca era do tipo de ficar tão quieto assim, muito menos de relutar a falar algo.

— H-Hyung... Meu pai descobriu sobre o Recanto Mágico. — Meu deus, Taehyung estava encrencado. Recanto Mágico é basicamente uma casa abandonada que eu e o TaeTae encontramos nas ruas de Clastia quando éramos jovens. Lá o ômega lúpus fez de uma casa comum para um lugar onde ele poderia criar e fazer poções e feitiços novos. Sim, o Kim mais novo gostava dessas aventuras mágicas, e eu claro, nunca julguei, pois acredito que ser alguém mágico é ser uma pessoa sábia, já que todos os magos que Clastia teve, foram importantes para a criação de várias coisas, porém, não era o desejo de nenhum pai que seu filho seja um mago. Além do preconceito encravado por uma geração de bruxos ruins, ser um mago requer sorte e muita perseverança, pois se você não for alguém de relevância, você passará fome.

SeokJin sempre teve problemas com feiticeiros, nunca dizendo ao certo o porquê, somente dando ênfase que seres como eles eram repugnantes. Eu sabia que sr.Kim não pegaria tanto preconceito assim do nada, algo de muito ruim teria acontecido com ele, e infelizmente, ele nunca iria contar, pois desde sempre foi um homem extremamente reservado, guardando os podres dentro de si. Eu queria às vezes abraçar SeokJin e pedir que ele diga tudo o que aflige ele, pois eu sei muito bem que ele se sente mal guardando tudo para si, como também sei que a única resposta que receberia se fizesse isso o que disse, seria um sorriso grande e "tudo bem meu garoto, tio Jin é forte para aturar qualquer coisa".

— V-Você não está entendendo Jimin, ele vai me obrigar a trabalhar na fronteira, junto com as estrelas cadentes, para matar monstros. — Certo, sr.Kim pegou pesado demais, quem manda o próprio filho ômega para a fronteira junto o mais perigoso grupo: estrela cadentes. Ninguém nunca mandou alguém ser uma estrela cadente, todos são criminosos odiosos por terem crimes horrendos no passado, claramente, quem manda seu próprio filho para lá é um louco.

— T-Taehyung, me desculpe, mas eu não posso fazer nada quanto a isso. — Eu me sentia culpado, porque eu não podia fazer nada mesmo para interferir nisso. Era a decisão do pai dele, e mesmo vivendo com eles, eu sou somente seu "irmão", e vivemos em uma sociedade onde os pais mandavam em tudo nos seus filhos.

— Não faça que nem Hoseok que não contestou em nenhum momento nada. — Taehyung falava com os olhos cheios de água. Eu queria poder fazer algo pelo meu irmão, mas isso era algo muito deles, e eu não poderia me meter.

— Não culpe seu irmão, eu também não iria contra o SeokJin se ele mandasse você ir para lá, e não é porque eu concorde com suas atitudes, é só porque eu teria ciência que gastaria fôlego à toa. Eu sei que você é forte e vai aguentar lá, e também sei que o seu pai não irá deixar você lá em um ano inteiro. — Tentei explicar a situação para o ômega, para ver se o mesmo entendia nossa posição, contudo eu via em seus olhos, pela a primeira vez, a raiva e decepção sendo transmitida em seus olhos. Eu nunca pensei que isso aconteceria, mas eu sentia que meu irmão estava decepcionado comigo, e eu não aguentaria um minuto sequer sendo odiado por ele, não por ele. Eu tinha prometido para mim mesmo, que poderia decepcionar várias pessoas na minha caminhada, mas as pessoas que me apoiam e iram me apoiar, nunca poderiam ser decepcionadas por mim, e eu percebi que eu quebrei essa promessa hoje.

Viva el Rey | jjk + pjmWhere stories live. Discover now