Dor de cotovelo não se admite a ninguém.

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[...]

Suas mãos estão em meu peito agora, esfregando-o, arranhando-o e passando pelo meu abdomen, até que uma mão se esfrega na parte da frente da minha calça, e eu gemo sentindo um prazer agonizante e desesperado. Antes que possa respirar, ele está alisando meu pau por dentro da minha calça, e eu empurro para frente. Qualquer semelhança com controle ou sutileza não existe mais.

Minhas mãos vão até seu peito e ele arqueia suas costas, deixando-os mais próximos. Eu os aperto, e ele geme novamente. Sua boca está no meu pescoço, beijando-o, e eu levanto meu queixo. Isso nunca aconteceu. Nunca me senti assim. Nunca senti algo tão forte por um homem, mesmo sendo uma mistura de raiva e cobiça.

— Kats... Katsuki, não posso fazer isso. Eu amo o meu namorado – ofega ele.

Sua confissão não me abala tanto quanto você acha. Ainda mais que, quando ele diz isso, ainda está com uma de suas mãos em meu pau. Suas ações dizem completamente o oposto do que ele fala. Mãos e quadris que estão me apertando, afagando, pedindo por mais.

— Está bem, Izuku. Tudo bem. Ame o Quem quer que seja seu namorado. Case com ele. Apenas, por favor... apenas transe comigo.

Nem sei o que estou dizendo. Nem sei se o que falo tem algum sentido. Um pensamento, e apenas um, martela em minha cabeça como uma melodia primitiva:

Mais.

Coloco meu queixo mais para baixo, querendo sentir o gosto de sua boca de novo. Mas, em vez de seus lábios... toco sua mão. Abro meus olhos e vejo sua mão cobrindo minha boca com o intuito de me interromper. Seu tórax se expande, aumentando e diminuindo, em uma respiração forte e rápida.

Aí vejo seus olhos. Sinto-me como se tivesse levado um soco no estômago. Porque seus olhos estão abertos, cheios de pânico... e confusão. Tento dizer seu nome, mas sou abafado por sua mão.

Escuto-o soluçar ao dizer:

— Não posso fazer isso, Katsuki. Desculpe-me. Ele... este emprego emprego... esta é minha vida. Minha vida inteira. Eu... eu não posso.

Ele está trêmulo. De repente, toda minha vontade, meu desejo e meu pau duro ficam em segundo plano, por trás do desejo irresistível de querer consolá-lo. Para dizer que está tudo bem. Tudo ficará bem.

Qualquer coisa. Falaria o que fosse preciso para mudar aquela expressão.

Mas ele não me dá a oportunidade. No momento em que retira sua mão de minha boca, ele corre. E some antes que eu possa fazer algo. Deveria ir atrás dele. Dizer a ele que não tem problema algum ele me interromper. Que isso não mudou – e não mudará – nada. Apesar de que é uma grande mentira, e sabemos disso, certo?

Mas eu não o segui, por uma simples razão: já tentou correr com um pau duro apontando para cima?

Não?

Bem, é praticamente impossível.

Eu me jogo no sofá e reclino minha cabeça. Olhando para o teto, aperto a ponta de meu nariz com meus dedos. Como uma coisa simples como sexo se tornou tão complicada? Também não sei.

Caramba, estou tão duro. Quero chorar — admito isso. Não tenho vergonha. Quero chorar, por causa da dor latejante em minha virilha que não vai ter nenhum alívio. A hipótese de sair e procurar uma substituta para Izuku nem passa pela minha cabeça. Porque meu pau sabe o que meu cérebro está começando a aceitar.

Não há como substituir Midoriya izuku. Não para mim. Não neste momento.

Olho para a barraca no meu colo. Aquela que não tem nenhuma indicação de que vai abaixar logo. Esta será uma noite longa, muito longa.

Obsessed Where stories live. Discover now