Oscilando entre o amor e desespero, eu me vi em voce. Me perdi de mim

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Não se preocupe: o show ainda não acabou. Ainda tenho alguns truques na manga, e sempre guardo o melhor por último. Você não vai querer perder isso por nada.

Vou direto para a mesa de Kirishima.

— Preciso que ligue para a florista. E para o fornecedor de comes e bebes. E marque uma reunião pra mim, hoje à noite, com aquela designer de interiores de quem falamos ontem.

Ele pega o telefone e liga.

— É pra já. — Ele ainda faz aquela sinal de exército, você sabe qual é. Por favor, alguém avise que ele fica ridículo fazendo isso.

Mas, sim, eu disse designer de interiores. Você não sabe para quê, não é?

É o grande final. Meu lance de vitória.

Você verá. Na noite de sábado.

[...]

Está vendo aquele cara irresistível, usando calça e camisa pretas, com as mangas dobradas? Aquele que está arrumando a louça de porcelana na mesa?

Aquele sou eu, Bakugou katsuki.

Bem, não realmente. Não o velho eu. Este é o novo e aprimorado. Versão 2.0. Sabe o que isso significa? Metade das pessoas nesta cidade daria tudo para me ter deste jeito. Caidinho. Obcecado.

Apaixonado.

Mas apenas um cara conseguiu me deixar assim. Agora só preciso mostrar a ele que estou aqui para ficar. Faz dois dias que não o vejo. Dois longos e dolorosos dias. Não foi tão ruim quanto os sete anteriores, mas chegou perto.

Enfim, dê uma olhada. O que acha? Estou me esquecendo de algo?

Flores frescas cobrem cada superfície disponível. Margaridas brancas. Antes, pensava que elas fariam Izuku se lembrar de Shinsou, mas não estou preocupado com isso agora. São suas favoritas, então serão as únicas aqui. No rádio está tocando uma música calma da Beyoncé. Sexy . O ambiente está iluminado por velas. Centenas — em potes de vidro.

Não tem como dar errado com velas. Elas fazem com que o mundo todo fique melhor. Elas fazem com que tudo cheire melhor.

Toc-toc.

Deve ser Ele. Bem na hora. Dou mais uma olhada no ambiente. É isso. Campeonato mundial. Final do torneio. Tudo está pronto. Eu estou pronto. Como nunca. Dou um suspiro. E abro a porta. Não consigo me mexer. Não consigo pensar. Respirar? Também não é a porra de uma opção.

O cabelo verde de Izuku está levemente bagunçado. Cachos elegantes tocam de leve sua testa, acariciando bem o lugar que passei horas beijando, há um tempo não muito distante. Ele usa um cropped de veludo — talvez de algodão, não me pergunte sobre isso. Estou ocupado demais observando as pernas dele, sério, estão ótimas com esse shorts despojado — Ficariam melhores ainda abertas.

Quando consigo falar alguma coisa, minha voz sai rouca.

— Será que tem como renegociarmos a cláusula sobre não poder apertar seu bumbum? Porque, com este shorts? Vai ser muito difícil.

Se você me entende, não é apenas por essa razão.

Ele sorri e nega com a cabeça.

— Todas as condições combinadas vão continuar.

Eu o acompanho ao entrar, ficando atrás dele, ele me olha pelo canto do olho. Observe seu rosto com atenção. Está vendo como seus olhos ficam mais escuros? Como ele lambe os lábios sem perceber? Parece um leopardo que acabou de jogar uma gazela no chão.

Ele gosta do que vê. Quer me elogiar. Ele quer, mas não irá. Estamos falando de Midoriya izuku aqui. Izuku que fica calado até a morte. Apesar do meu mais novo progresso, ele ainda continua na defensiva. Sem confiança. Receoso.

Obsessed Where stories live. Discover now