CAPÍTULO 05 - ALGUÉM ESTAVA TRABALHANDO

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Não creio no que está acontecendo. Moi, uma beauté, overlord chupa sangue - e outras coisas gostosas - trabalhando em um comércio simples de vendas nesse... Que espelunca é essa aqui? Os carros param pra encher de... Combustível. Eu fiz a entrevista às nove. Meia hora depois eu estava trabalhando, registrando e trocando a moeda pelos produtos. Uó.

Já é de noite, mas o dia foi tão quente viado que meu cu ta suado. Ai como queria estar todo assado agora, enroscado e suando com Ângelzinho. Ele ficou tão nervosinho de manhã. Me acordou empurrando da cama... Achei que meu cu não seria poupado. Mas só me trouxe para cá, e disse que eu ia trabalhar aqui. Horrível.

Passei o dia vendendo e encarando DuDu. Seu nome é Edward. Um viado branco que usa maquiagem e tira uma de meio machinho e sabichão. Mas ele só esteve tentando marcar seu território. Ele ficou me observando também. Olhos castanhos escuro e expressivos, sobrancelha fina, boca cheia de dentes, alto, parece que se exercitava, rostinho novo mas com toda a certeza aquele viado não era jovenzinho demais.

DuDu ainda tinha um cabelo esverdeado... Azulado... Não sei ao certo. Era linda a cor... Mas não era o cabelo dele natural, não era possível! Os humanos dessa época pintam o cabelo de forma honrosamente sofisticada, e aquela cor era muito linda. Eu ficava alí encarando ele sem discrição e ele, limpando o chão o dia todo, ficava vermelho.

Uma gracinha! Um fofo! Vontade de ficar deitado agarradinho por trás, mordendo essa coisa fofa e apertando. Falando sobre os boy e as girl que a gente já tenha ficado na vida; exculhambando geral e rindo a noite toda! Tinha um amigo parecido com ele, e era isso que a gente fazia. Ah, saudades... Ele era humano e morreu antes d'eu vê-lo envelhecer... Morreu em guerra.

_Boa noite - um cliente fedido estava na minha frente me chamando atenção.

_Vai querer algo daqui gato? - eu disse a ele, o que o desconcertou.

Na caixa registradora havia, no balcão, vários produtos e mercadorias que serviam para vender também.

_Vou querer um cigarro! - disse ele fazendo uma voz firme e fazendo uma expressão de raiva em seu rosto.

_Viado! Li que esse negócio se usa depois de foder! - falei espontaneamente.

_Tsc - me respondeu o fedido cliente alto e imenso de músculos.

Me aproximei dele, coloquei a mão em seu ombro e falei mais baixo:

_Me diz uma coisa, esse haxixe é do bom? Adoraria dar um trago depois de foder meu boyzinho.

_Me solta sua bixa - ele falou alto me empurrando.

_Credo! - foi o que eu falei.

O cliente saiu bufando. DuDu fez uma cara de desaprovaçao e eu respondi com uma cara de "o que é?".

Nesse momento o dono, chefe, gerente... Eu não sei... Ele apareceu.

_Aniel! - ele gritou.

_Eu tô de seu lado viado-gordo... Praticamente. É, você está mais longe que isso, mas não precisa me gritar bixa!

_Seu moleque idiota! - ele falou vindo em minha direção.

_Aloka, revoltou!?

_Não me trate assim! Não trate os clientes assim! É por isso que a gente não pode contratar essas bichinhas, se atirando em todo homem que entra pra comprar!

_Me atirando? Meu cu! Eu estava querendo saber se esse fumo é mesmo bom depois de uma fodida violenta viado!

O ogro colocou uma cara de ódio... DuDu, fofo, apareceu do nada tentando impedir que ele se aproximasse.

VinhoRoséWhere stories live. Discover now