CAPÍTULO 21 - ALGUÉM VEIO INTIMIDAR GERAL (parte 2, "rolê" com os lobos)

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-Mijou? – perguntei entediado... entediada... é difícil definir gênero quando se é uma alma de um no corpo de outro.

-Larguei o golden shower bicha... mais de um mês de pausa – ele me disse rindo como se fosse se urinar novamente.

An parou de rir e colocou o dedo na bochecha e cruzou os braços, como estivesse pensando. Eu realmente alguma vez amei esse desprezível, detestava sempre isso dele... eu não... eu não sei o que é, esse jeito que corta todo o trama da conversa e você nunca consegue seguir com a lógica.

-Aliás, eu não entendi uma coisa – ele me disse ainda brilhando – como é que você conseguiu possuir um corpo de um viado velho, inda mais esse au-au prateado aí poderoso.

-Oh – eu cruzei meus braços finalmente sentindo algum conforto: ele não havia entendido tudo afinal – Eu não direi querido, não explicarei direito, afinal estou tentando conversar com você há muito tempo que decidi partir para a agressão.

-Amada?!?! – ele disse pondo a mão em sua cintura – Alias, beijo pra Danny... Amada, eu disse, você me agride desde o dia em que eu te conheci, alô.

-Idiota – disse rangendo os dentes e investindo em um ataque.

Projetei minha mão direita em direção ao rosto de An, ele não desviou e meu punho acertou em cheio. Tudo o que ele fez foi seguir a inércia e começar a rir. Não contive minha expressão de ódio ardente por aquele animal que finge de ser humano. O acertei com mais golpes. Nenhum parecia causar danos, pois ele apenas ria, e seu corpo continuava do mesmo jeito. Eu já não estava com esses homens imprestáveis, quase todos estavam mortos por An e o que quer que ele tenha feito com seu showzinho de transformação. Eu não esperaria reforços e eu sinto que An também chamou os dele. Eu podia farejar isso se aproximando.

-Essa porra não tem time e cool down?! – eu gritei para ele enquanto desferia chutes em sua barriga e rosto.

-Ah é, esqueci! – ele disse debochando de mim.

Aquele desgraçado.

Não esperei nenhuma reação sua e tentei algo diferente: soquei o chão que soltou um pedaço de terra, desestabilizando a postura de An, aproveitei e me virei em meu eixo, pela direita, chutando o pedaço de chão para An. Engraçado, um pedaço de chão estou dando para aquele que foi de meu amor. Eu sorri por dentro durante uma breve fração de segundo, não percebi que a sanguessuga loira avançou, destruiu aquele pedaço de pedra com um punho e estava com o outro de forma espalmada e com suas unhas crescidas como lâminas – ele estava já muito perto.

Usei alguns dos pedaços para me proteger, os que conseguira alcançar com alguns de meus socos, no intuito de projetá-los conta a cara daquele infeliz, mas nenhum fazia efeito. Além de dano de área aquilo era quase uma super proteção.

Me enfureci, e suas unhas me alcançaram. Eu ainda tinha conseguido desviar, permitindo que ele me atingisse no ombro – ele mirava no pescoço. Sua lâmina de queratina super-abençoada perfurou meu ombro direito enquanto eu gritava de dor às sombras da noite. Humilhante... Eu teria que usar esse "uivo", esse "chamado" desses desgraçados peludos para adiantar os reforços. E o fiz: emendando no meu grito de sofrimento.

-HA HA HA HA HA HA – An soltou uma risada descontrolada enquanto seu cabelo estranhamente rosa colava com seu rosto sinistro – Olha ela, vai bixa, enche a boca pra falar o nome de meu docinho vai, fala agora, vai!

-Eu falo o nome do seu moranguinho podre se você quiser – disse com todo ódio que podia.

-Você é um peso, estamos no melhor tempo possível no mundo dos humanos para aliar os viados e as manas mas eu não tenho nenhuma referência boa de você – ele disse puxando de volta suas unhas. Eu odiava quando An falava sério daquele jeito... mais que seus deboches.

VinhoRoséDonde viven las historias. Descúbrelo ahora