CAPÍTULO 08 - ALGUÉM SE INCOMODOU COM UM FERRO NO C*

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Após Chlöe sair da casa, eu apaguei as luzes sem olhar para a cara de An e fui me deitar. Ele veio atrás, colou seu corpo no meu. A noite estava um pouco fria, e ele estava sendo gentil. Aí é que você, caro leitor, se engana! Ele estava com uma ereção de milênios, e roçando na minha bunda. Eu me virei e dei um soco em seus testículos novamente.

_Já vi... que você... gosta de bater... meu... moranguinho - disse ele com aquela voz aguda e fazendo cara de dor.

_Não me enche An. Eu achei que você ficaria quieto... - falei emburrado virando para frente.

_Se eu... ficar quietinho você me deixa aqui... meu moranguinho... com você? - ele me pediu.

_Talvez.

_Posso te masturbar?

_VOCÊ NÃO SABE MESMO QUANDO PARAR! - gritei sem me virar.

_Posso te abraçar?

_Pode! Satisfeito!?

_Sim.

Ele colocou um travesseiro entre sua virilha e minhas nádegas. Me agarrou, e senti sua respiração falhando... ele estava com corisa... não sei mas parece que estava... chorando? Bem, eu nem quero saber o que estava acontecendo. Ficar daquele jeito sem fazer nada estava me deixando bem. Digo, aaaah! Precisava de um abraço mesmo, normal.

Na manhã seguinte levantei com An me observando do sofá. Eu iria perguntar se ele estava bem, por conta de sua cara sinistra. Mas deixei para lá. Parecia que ele não dormiu a noite toda.

_Estou saindo - disse a ele quando enfim eu estava pronto.

_Hum - ele falou misteriosamente.

Mas o que é que é isso? Me usou como travesseiro e me largou? Que se dane! Eu não tinha tempo para pensar nisso!

Fui para a Força. Trabalhei nos preparativos para a operação. Chlöe estava mais animada que nunca. Marina dava instruções a todos. O posto de gasolina alvo era um no meio da cidade, graças a Deus que não seria o que An trabalhava.

Na hora da operação chegamos todos lá em silêncio e com pouca conversa. An estava sério, usava uma roupa colada cedida pela Força, algum traje especial para tirar alguns dados de seu corpo no decorrer da operação.

As horas passavam. Nove... dez... onze... doze... uma da manhã... Rondávamos, observávamos. Olhávamos de longe. Nos camuflávamos. Nada.

_Precisamos nos aproximar - falou Charles no rádio - câmbio.

_Negativo - Marina repreendeu - mantenham suas posições.

_Eu quero mijar - An disse complet... mas o que???? - câmbio.

_Alguém tome isso da mão desse idiota! - eu falei no rádio.

_Ah, essa é a voz de meu moranguinho - disse ele me constrangendo - câmbio!

_Merda - disse baixinho.

_Uma buzina desceu, bip, bip, desceu, bip, bip, no caminhão do meu amor - An ficou cantando aleatoriamente.

_Cala a boca! - Chöe falou quase gritando - há visual! Câmbio.

_Confirmo! - respondeu Charles - Permissão para avançar, câmbio.

_Eu quero mijaaaaaar - continuou An com sua idiotice.

_Negativo - ouvi a voz da Marina - mantenha sua posição. Câmbio.

_Chefa, há uma garota de programa, um homem peludo e suspeito a levando para longe do posto, precisamos agir, câmbio!

_Negativo - Marina mantinha sua postura - não temos certeza que é ele. Câmbio.

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