CAPÍTULO 10 - ALGUÉM FEZ UM ACORDO SEXUAL (parte 2)

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_Mete... logo... mete... de uma vez... para com... isso - disse empurrando An.

Mais uma vez ele levantou seu corpo confuso. Eu levantei uma das pernas, fiquei de lado, ainda deitado na banheira, mantive meu olhar para os seus olhos vermelhos. Desci minha mão até seu pênis que estava enrijecido e pulsando mais que um coração próximo de ter um AVC. Mas por que ele não avança?

Tirei minha mão dele e pousei sobre minhas nádegas, puxando com as unhas. Eu nem sabia mais o que estava fazendo. Apenas esperava que ele entendesse o que eu queria.

_Eu entendi, meu moranguinho - disse ele me assustando por responder exatamente o que eu havia esperado.

An se abaixou e cravou os dentes em meu pescoço, eu protestei sem sucesso. A mordida não estava sendo prazerosa como as outras costumavam ser. Ardia mais que o normal.

Após sugar meu sangue, aquele idiota olho nos meus olhos por alguns segundos e eu comecei a ficar menos tonto, menos ofegante, e com a visão mais acurada.

_Pronto gostosinho! - disse ele sorrindo e virando a cabeça para o lado - tirei a maior quantidade de álcool de você que pude.

_Ma... vocês podem fazer isso? - perguntei estarrecido.

_Só alguns poucos... e o clão de sangue. Bem, vampiros têm ligação com sangue, podemos fazer alguns milagre.

_Quem é o clã de sangue? - perguntei curioso.

_Isso não importa agora, importa? - perguntou An aproximando seu rosto e seus olhos penetrantes do meu.

Ele me beijou e senti gosto de vinho avinagrado forte na sua boca. Ele sabia como me deixar louco, ele fazia sua língua tomar minha boca inteira; ele sugava minha língua de uma forma que parecia um predador dominando sua presa.

Quando terminamos o beijo, eu estava com uma vergonha esmagadora pelo que eu havia feito antes dele me deixar sóbrio. Estava com o peso da vergonha de estar de lado na banheira e sendo beijado por um vampiro com um pênis pulsante pronto para me abrir em dois, porque eu havia pedido.

_Anginho - ele me disse serenamente - agora que você está sóbrio, quero ter certeza de você... se você quer...

_Eu quero! - o interrompi sem saber o que foi que ele iria falar. Por que sempre fico com prazer e culpa? Nunca fui do cristianismo para tal façanha.

_Nossa, suas palavras aceleram meu coração - disse An sorrindo.

An se aproximou mais, seus longos cabelos fizeram sombra, a única coisa que eu conseguia ver direito eram seus olhos perversos, penetrantes, vermelho escarlate quase brilhando sobre os meus, que o olhava por baixo, e me disse:

Meu anjinho... Eu quero entrar em você todos os dias, o dia inteiro. Eu quero maceras suas vísceras por dentro com meu pinto, eu quero te fazer gritar de dor e prazer e pedindo cada vez mais de mim. Eu quero estar com nossos corpos se confundindo, com nosso suor misturado, com sua boca babando sem controle, com seu corpo sempre tendo orgasmos debaixo de mim. Enquanto isso eu quero morder seu corpo por completo, não há um centímetro desse seu corpinho gostosinho o qual eu não queira cravar meus dentes e sugar seu sangue. Eu quero engasgar você com meu piupiu, marcar você por inteiro com minhas unhas cravando em sua carne. É isso, quero me cravar, como uma estaca, na sua carne e dizer que você é meu, e que eu sou todo seu, e que nada mais importa, nunca mais importará.

Eu quero estar assim pra sempre, como a água e a terra unidas; como a luz do sol que não deixa a terra escura nem pela noite; como uma floresta que nunca morre e se crava no solo; como uma raiz funda de cabelo. Eu não sei de onde vim, apenas acordei no gelo vendo passos de uma pessoa muito alta falando "AN-U". Eu estive um tempo só, e então te conheci. E então fizemos um laço, essas pedras... Todas as vezes que você volta e eu te encontro é sempre a mesma coisa, por mais que eu possa estar inseguro e triste com sua morte anterior, a sua existência nova me faz ficar embebedado, como se eu houvesse tomado barris de vinhos de vez.

VinhoRoséWhere stories live. Discover now