CAPÍTULO 30 - ALGUÉM NÃO TEVE DESCANSO (parte 6)

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Eu deveria estar descansando.

-Chefe – Santana estava me abordando via áudio.

-Diga – o respondi.

-Temos o pacote, estamos entrando – ele me informou.

Isso! Algo saiu dentro dos conformes.

-Mande alguém para entregá-lo na sala dos nerds, você reúna uma equipe de assalto e uma de extração em massa, você tem menos de trinta minutos para isso.

-Mas senhora? – ele indagou sem entender ainda.

-A cidade está tomada, preciso que você coordene as operações em campo para mim – expliquei – há um número inestimável de lobisomens atacando os civis e destruindo a cidade. A equipe de extração irá resgatar o maior número de civis possíveis e os proteger; a equipe de assalto... sabe o que fazer.

-Sim senhora! – o pacote está a caminho, desligo.

Eu voltei a prestar atenção no que estava ocorrendo naquele lugar. Eu queria estar lá, na cena, mas eu teria que fazer algo em relação às coisas aqui dentro... Essa era minha oportunidade, e como toda oportunidade que eu tenho, eu a tomo!

-Andem logo com isso – eu gritei para alguns subgrupos que pararam o que estavam fazendo para discutir nerdices. Não estava interessada no que era.

Eu apenas devo esperar as equipes alcançarem o local e começarem as operações; Precisava apenas esperar o percurso que Joaquim faria sendo arrastado instalação à dentro.

-Senhora – um nerd interrompeu meus pensamentos – Há um brutamontes e um velho caquético à porta dizendo que têm autorização para passar, querem falar com você.

-Qual é seu nome? – perguntei ao nerd.

-O dele ou o meu? – ele respondeu indagando – Eu não sei qual são os nomes daquele ali, mas o meu eu bem sei, que é Lukas.

-Lukas? Isso é...

-Sim, meu sobrenome, eu sou João Lukas... ou John Lukas, como vocês falam aqui – ele me falou em um sotaque alienígena.

Esse era o nerd que eu nunca nem vi.

-Que idade você tem Lukas? – perguntei.

-16 anos ué. Eu sei que eu tenho 16 anos – ele respondeu – e eu sou do sul, bem do sul, bem, bem, bem, sul mesmo. Ali bem no litoral sul, naquele país, erh... Aquele que dá dois nomes às crianças, as deixando com transtorno de personalidade dissociativa... hum...

-Não tenho tempo para isso – falei indo em direção à porta eu mesma – volte ao trabalho!

-Brasil... Ah, tá bem. – ele respondeu e saiu de perto de mim.

Abri a porta e puxei o Joaquim pelo Jaleco.

-Você tem cinco minutos para entender o que está acontecendo e depois me explicar.

-Eu sei o que está acontecendo, meu amigo me... Eu simplesmente sei – ele me disse.

-Eu sei que você tem um amigo – eu falei, escondendo minha surpresa – Um de sua idade.

-Hahaha, engraçada Marina – ele me respondeu.

-Então? – eu perguntei querendo mais pérolas à minha intuição.

-Ele sentiu uma grande energia vindo da cidade – ele começou a responder – eu deveria solicitar privilégios ao invés de contar tudo de cara... Aquela meio loirinha, meio ruivinha, deixou eu ver a calci...

VinhoRoséDove le storie prendono vita. Scoprilo ora