CAPÍTULO ONZE

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No domingo já acordei sentindo falta de Kim, e eu preferiria que um meteoro caisse em minha cabeça à ter que perder sua amizade

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No domingo já acordei sentindo falta de Kim, e eu preferiria que um meteoro caisse em minha cabeça à ter que perder sua amizade. 

Caroline finalmente estava arrumando as malas e sairia da casa de Dylan, pelo o que entendi ela volta para Toronto hoje à tarde. Eu também não atendi nenhuma das nove ligações de Dylan, e mamãe deve achar que morri no meu quarto.

Eu ouvi minha mãe bater na minha porta e chamar por mim várias vezes depois que eu não desci para almoçar. Papai não deu a mínima. E eu não conseguia parar de encarar a janela aberta do quarto da Mel, preciso falar com Kim mesmo que seja por aqui.

Pensei até em descer e bater na porta de Kim, mas o medo dela não abrir e me chutar de lá foi tão grande que eu decidi esperar a poeira baixar.

A tarde Caroline bateu na minha porta com a maior cara de pau do mundo, com a desculpa de que tinha vindo se despedir de mim. E isso era ótimo porque Caroline finalmente cortaria suas raízes da casa de Dylan, e vai que ela também desistia dá ideia maluca de sermos amiga, não é? 

Limpo a garganta. 

— Senta, Caroline. — Eu disse, entregando à ela um copo d'água. 

Ela assentiu com a cabeça e sentou-se no sofá. 

Caroline me surpreendeu quando chegou em minha casa anunciando que queria se desculpar com Kim antes de voltar para Toronto, mas precisava da minha ajuda para isso. É raro Caroline acordar de bem com a vida e querer se desculpar com alguém, principalmente alguém como Kim que era afrontosa e batia de frente com ela quando estudávamos na Northwestern. Por isso eu senti meu couro cabeludo começar a pinicar com a hipótese de acontecer mais um encontro com elas duas. 

As malas de Caroline estavam do outro lado do sofá e eu já começava a rezar mentalmente para ela desistir dessa loucura e ir embora, até porque eu já sabia que onde Caroline se metia era problema garantido vindo por ai. A postura dela já dizia tudo, caos e desordem era a marca registrada de Caroline Funck's. 

— Não posso te ajudar, Caroline. — Disparei ao sentar no outro sofá, de frente para ela.

Caroline colocou o copo de vidro sobre o descanso de copo na mesinha de centro.

— Por quê? 

— Olha, Caroline.  Me desculpe, mas me recuso a me meter nesse assunto. 

— Que exagero, Belinha. — Olho de cara feia para Caroline, mas ela não se intimida. — Vocês são tão amigas. E cá entre nós, vocês se conhecem melhor do que ninguém. Me ajuda a me entender com a Kim, eu queria tanto que fôssemos amigas. 

— Não posso, Caroline. — Eu disse. 

— O que custa você conversar com ela, Belinha? Você pode convencer a Kim, explicando que eu mudei. 

A Última EstrelaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora