CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

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Eu só queria estar bem com Harry.

Quatro dias se passaram desde aquele fim de semana que se tornou um fracasso no final das contas e eu adoraria saber como Harry se sente, se está pensando em mim da mesma forma que tenho pensado nele ou se ficou tão destruído por dentro como eu após aquela discussão. Mamãe me viu entrar em casa naquela manhã com os olhos cheio de lágrimas e não perguntou o motivo, mas o olhar dela já dizia tudo: Harry aprontou alguma coisa, não foi? E em troca eu esbocei um sorriso, o melhor que consegui.

Na manhã do Dia de Ação de Graças levantei a contra gosto. Tudo o que eu desejava era sumir até esse sentimento ruim sair do meu peito. Tentei pensar em tudo de ruim que Harry já havia feito. Desde suas mudanças repentinas de humor, até seus beijos em Alice Miller que ela fazia questão de esfregar na minha cara. E detalhe, descontei toda minha frustração limpando a casa.

Pronto. Isso era para ser o suficiente para querer ficar bem longe dele. Mas quem disse que o meu coração queria saber disso?

Ele era tão teimoso quanto Harry Styles. E definitivamente eu não sei lidar com nenhum dos dois.

Por isso eu tenho estado a todo custo tentando não dar de cara com Harry o que é praticamente Impossível levando em conta que somos vizinhos. Mas creio que isso não será um problema quando enfim eu estiver viajando para Detroit para cursar a faculdade dos meus sonhos. Logo mais estarei livre de Harry, e de Caroline Funck’s.

Não me surpreendi quando a Sra. Campbell bateu na minha porta às três horas da tarde naquele mesmo dia.

— Olá, querida. Desculpe vir aqui sem avisar — ela disse quando me viu descer a escada.

Sorrio e dou-lhe um abraço, a cumprimentando.

— Olá, Sra. Campbell. Como está?

— Estou bem, querida. Vim aqui porque preciso conversar com você.

Enrugo a testa e sento-me no sofá de frente para ela, as mãos apoiadas sobre os joelhos.

— Aconteceu algo grave?

— Eu não sei, Isabella — ela falou. — Me diga você.

O quê?

A Sra. Campbell remexe a bolsa bege de couro procurando por algo. Ela veste uma blusa de botões vermelho escuro e saia preta na altura dos joelhos, parece que veio pronta para me dar alguma sentença e imagino que tenha o dedo de Dylan no meio. Isso me faz pensar no que ele deve estar fazendo agora e se já se envolveu com outra menina boba que pretende realizar os caprichos dele.

A sra. Campbell retira da bolsa um envelope pardo ainda fechado e estica o braço em minha direção para pega-lo.

— Encontrei isso enquanto arrumava o quarto de Dylan — ela disse. —Está endereçada à você, querida.

Viro o envelope para examiná-lo com cautela. Meu coração já estava disparado só em ver meu nome completo na parte de trás.

Não é possível.

Abro o envelope e leio o conteúdo de dentro.

Lá estava com todas as letras minha carta de admissão na Wayne State. Eu fui aprovada e fiz papel de trouxa com Dylan e Caroline, claro que isso só poderia ser obra deles, mas porque fazer isso? O que ganharam me fazendo de idiota e acreditar que eu não era boa o suficiente para frequentar a faculdade que sempre quis?

Eu agradeci a mãe de Dylan e a conversa se encerrou por ali mesmo.

Eu não queria mais que nada vindo desses dois me abalassem e, é claro que fiquei mal, mas não deixei isso me abalar na mesa de jantar. Ajudei mamãe a assar o peru e fizemos purê de batata. Depois de comer a torta de abóbora que preparamos pra sobremesa eu entrei no meu quarto e chorei a noite toda de raiva por tudo o que havia acontecido. Mas se à algo que eu possa fazer por mim mesma é deixar isso pra trás e ir em busca do que eu quero.

A Última EstrelaDove le storie prendono vita. Scoprilo ora