— Eu só estou cansada, Dylan. — Falei. — Cansei de você me tratando como uma de suas fãs, que você só dá atenção quando bem entende.
— Você é uma tonta, Isabella. O que temos é bem mais sério do que você pensa. Você não é só alguém com quem eu quero ter algum tipo de diversão. Ou acha que eu não me importo tanto assim com você?
— Eu acredito em você, Dylan. — Eu disse.
— Então me prove isso, e vem morar comigo.
O quê?
— Eu não posso, Dylan. Achei que já tivesse entendido isso. E depois o que eu diria aos meus pais?
— Se você gostasse de mim da mesma forma que eu gosto de você, você aceitaria minha proposta.
— Eu gosto de você, caramba. — Eu disse e joguei metade do meu sanduíche no depósito ao meu lado, no banco. Meu subconsciente novamente dando sinal de vida, e agora ele está se preparando para jogar uma dinamite na testa de Dylan. — Mas morar com você agora vai contra o que pensei para o meu futuro.
— E o que planejou para o seu futuro?
Deixo minhas costas eretas e continuo o encarando nos olhos, enquanto ele presta atenção em mim.
— Bem, antes eu penso em terminar essa faculdade que eu ainda nem comecei a frequentar. Arrumar outro em que pague melhor. Alugar uma casa pra morar de preferência perto do meu novo emprego e dá faculdade.
E eu disse tudo isso contando nos dedos.
— Não vejo necessidade de você alugar uma casa, Isabella. Eu já tenho um apartamento. É só você se transferir para alguma faculdade em Seattle que tudo se resolve.
— Dylan, me entenda por favor. — Peço.
— Okay, Isabella. — Dylan me pareceu dado por vencido e respeitaria minha decisão. — Depois não venha se queixar quando as coisas não saírem como você gostaria.
É, eu estava errada.
O celular de Dylan tocou e ele esticou o braço para tirá-lo do bolso do jeans, examinando o ecrã.
— Atende, pode ser importante. — Eu disse.
— Só um minuto. — Dylan levantou-se e afastou um pouco de onde estávamos. — Pode ser em meia hora? Não estou ocupado. — Ouvi ele dizer. — Okay. Eu vou estar ai, até mais.
Então Dylan desligou o telefone e caminhou de volta até mim.
— Preciso ir, gatinha. — Ele disse. — Se você quiser podemos continuar essa conversa outro dia.
— Você tá de brincadeira comigo? Dylan, nós estávamos no meio de uma conversa importante, e você marcou de se encontrar com Deus sabe quem, justo agora?
— Marquei sim. Eu tenho assuntos para resolver, gatinha. Até mais.
E Dylan se inclinou e me deu um beijo na bochecha, me deixando sozinha naquela praça.
Droga!
— Falando sozinha, Bella?
Essa não.
Um homem deslizou para o meu lado no banco, sentando-se. Ele parecia ter a minha idade, e é familiar demais para o meu gosto, embora usasse óculos de sol escuros. Ele tinha um sorriso alinhado que dava gosto de se admirar, e cabelos tão pretos que era difícil esquecer-me dele.
Eis em minha frente, Enrique Petrovic.
Com o mesmo sorriso sacana de sempre.
— Saudades, Bella? — Ele pergunta.
— Nenhum pouco — eu disse. — O que faz aqui, Enrique?
— Ótimo jeito de recepcionar um velho amigo. — Ele debochou. — Não acha, Bella?
— Ha-ha.
Não somos tão amigos assim, Enrique. Ou você acha que eu esqueci de você ter me traído com Caroline Funck's? Não mesmo.
Aquela vaca!
— Porque me deu a honra de sua tão ilustre visita? — pergunto. — Posso saber?
Enrique e eu nunca fomos formais. Mas caramba, eu não o via desde que concluímos o Ensino Médio na Northwestern, e eu estava surpresa.
Só não queria que Enrique percebesse.
— Você não mudou nada — Enrique tirou o óculos e o guardou no bolso da jaqueta de couro. Ele não respondeu minha pergunta.
— Mudei sim — eu disse.
— Somente o cabelo — ele notou. — Ainda está com o Harry? — ele quis saber.
— Não. Harry e eu terminamos. Hmmm. Já faz um tempo.
E agora ele está em coma.
— Entendi.
— O quê?
— Você mudou o cabelo por que não queria se olhar no espelho e se ver como Harry via você.
— Ora. Não seja ridículo, Enrique.
Lancei um olhar malvado para ele.
— Fala sério, Bella — murmurou Enrique. — Todo mundo percebia como vocês dois se gostavam. Estava estampado na testa de vocês.
Fico calada.
— Bella? Tem algo a me dizer?
— Pare, Enrique. Eu sei que você não veio aqui para falar de mim e Harry.
Enrique bufou.
— Tem toda razão, Bella. Estou procurando uma pessoa.
— Eu conheço?
— Não sei. Você nem mora em Waterloo, Bella. Ou agora mora?
— Não mesmo. — Eu disse. — Trabalho aqui perto.
E a propósito meu horário de almoço está quase no fim.
— Então não deve conhecer. — Enrique olha para os lados como se buscasse enxergar alguém, pensativo.
— Me fale o nome, então — peço.
— Não é ninguém importante, Bella.
Obrigada por terem lido
Espero que tenham gostado!Ah, e não se esqueçam de comentar, adoraria saber o que acharam do capítulo.
Beijinhos de gliter meus amores 😘😘
YOU ARE READING
A Última Estrela
RomanceHarry está retornando a Stratford, após dois anos. E Isabella precisa lidar com à notícia de que ele está de casamento marcado com a garota que sempre quis vê-la fora de seu caminho: Alice Miller. Em meio a confusões, mal entendidos e lágrimas, Isa...