CAPÍTULO QUINZE

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— Eu só estou cansada, Dylan

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— Eu só estou cansada, Dylan. — Falei. — Cansei de você me tratando como uma de suas fãs, que você só dá atenção quando bem entende.

— Você é uma tonta, Isabella. O que temos é bem mais sério do que você pensa. Você não é só alguém com quem eu quero ter algum tipo de diversão. Ou acha que eu não me importo tanto assim com você?

— Eu acredito em você, Dylan. — Eu disse.

— Então me prove isso, e vem morar comigo.

O quê?

— Eu não posso, Dylan. Achei que já tivesse entendido isso. E depois o que eu diria aos meus pais?

— Se você gostasse de mim da mesma forma que eu gosto de você, você aceitaria minha proposta.

— Eu gosto de você, caramba. — Eu disse e joguei metade do meu sanduíche no depósito ao meu lado, no banco. Meu subconsciente novamente dando sinal de vida, e agora ele está se preparando para jogar uma dinamite na testa de Dylan. — Mas morar com você agora vai contra o que pensei para o meu futuro.

— E o que planejou para o seu futuro?

Deixo minhas costas eretas e continuo o encarando nos olhos, enquanto ele presta atenção em mim.

— Bem, antes eu penso em terminar essa faculdade que eu ainda nem comecei a frequentar. Arrumar outro em que pague melhor. Alugar uma casa pra morar de preferência perto do meu novo emprego e dá faculdade.

E eu disse tudo isso contando nos dedos.

— Não vejo necessidade de você alugar uma casa, Isabella. Eu já tenho um apartamento. É só você se transferir para alguma faculdade em Seattle que tudo se resolve.

— Dylan, me entenda por favor. — Peço.

— Okay, Isabella. — Dylan me pareceu dado por vencido e respeitaria minha decisão. — Depois não venha se queixar quando as coisas não saírem como você gostaria.

É, eu estava errada.

O celular de Dylan tocou e ele esticou o braço para tirá-lo do bolso do jeans, examinando o ecrã.

— Atende, pode ser importante. — Eu disse.

— Só um minuto. — Dylan levantou-se e afastou um pouco de onde estávamos. — Pode ser em meia hora? Não estou ocupado. — Ouvi ele dizer. — Okay. Eu vou estar ai, até mais.

Então Dylan desligou o telefone e caminhou de volta até mim.

— Preciso ir, gatinha. — Ele disse. — Se você quiser podemos continuar essa conversa outro dia.

— Você tá de brincadeira comigo? Dylan, nós estávamos no meio de uma conversa importante, e você marcou de se encontrar com Deus sabe quem, justo agora?

— Marquei sim. Eu tenho assuntos para resolver, gatinha. Até mais.

E Dylan se inclinou e me deu um beijo na bochecha, me deixando sozinha naquela praça.

Droga!

— Falando sozinha, Bella?

Essa não.

Um homem deslizou para o meu lado no banco, sentando-se. Ele parecia ter a minha idade, e é familiar demais para o meu gosto, embora usasse óculos de sol escuros. Ele tinha um sorriso alinhado que dava gosto de se admirar, e cabelos tão pretos que era difícil esquecer-me dele.

Eis em minha frente, Enrique Petrovic.

Com o mesmo sorriso sacana de sempre.

— Saudades, Bella? — Ele pergunta. 

— Nenhum pouco — eu disse. — O que faz aqui, Enrique? 

— Ótimo jeito de recepcionar um velho amigo. — Ele debochou. — Não acha, Bella?

— Ha-ha. 

Não somos tão amigos assim, Enrique. Ou você acha que eu esqueci de você ter me traído com Caroline Funck's? Não mesmo. 

Aquela vaca! 

— Porque me deu a honra de sua tão ilustre visita? — pergunto. — Posso saber? 

Enrique e eu nunca fomos formais. Mas caramba, eu não o via desde que concluímos o Ensino Médio na Northwestern, e eu estava surpresa. 

Só não queria que Enrique percebesse. 

— Você não mudou nada — Enrique tirou o óculos e o guardou no bolso da jaqueta de couro. Ele não respondeu minha pergunta. 

— Mudei sim — eu disse. 

— Somente o cabelo — ele notou. — Ainda está com o Harry? — ele quis saber. 

— Não. Harry e eu terminamos. Hmmm. Já faz um tempo. 

E agora ele está em coma. 

— Entendi. 

— O quê? 

— Você mudou o cabelo por que não queria se olhar no espelho e se ver como Harry via você. 

— Ora. Não seja ridículo, Enrique. 

Lancei um olhar malvado para ele. 

— Fala sério, Bella — murmurou Enrique. — Todo mundo percebia como vocês dois se gostavam. Estava estampado na testa de vocês. 

Fico calada. 

— Bella? Tem algo a me dizer? 

— Pare, Enrique. Eu sei que você não veio aqui para falar de mim e Harry. 

Enrique bufou. 

— Tem toda razão, Bella. Estou procurando uma pessoa. 

— Eu conheço? 

— Não sei. Você nem mora em Waterloo, Bella. Ou agora mora? 

— Não mesmo. — Eu disse. — Trabalho aqui perto. 

E a propósito meu horário de almoço está quase no fim. 

— Então não deve conhecer. — Enrique olha para os lados como se buscasse enxergar alguém, pensativo. 

— Me fale o nome, então — peço. 

— Não é ninguém importante, Bella. 

Obrigada por terem lidoEspero que tenham gostado!

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Ah, e não se esqueçam de comentar, adoraria saber o que acharam do capítulo.

Beijinhos de gliter meus amores 😘😘


A Última EstrelaWhere stories live. Discover now