CAPÍTULO VINTE

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— Eu não acredito que você vai beber mais de uma dose de tequila, Mandy

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— Eu não acredito que você vai beber mais de uma dose de tequila, Mandy.

— Caramba, Isabella — resmunga ela, mais uma vez. — Curte um pouco vai.

— Não vou beber, Mandy. Uma de nós duas tem que dirigir até sua casa.

— Ah, é — ela disse.

Amanda está quase bêbada, e isso me preocupa bem mais do que a BMW prateada que vi no estacionamento quando chegamos a meia hora atrás, aparentemente era idêntico ao carro de Dylan. Mas eu me certifiquei de que a Classe A não tocaria aqui essa noite, por isso não tenho com o quê me preocupar.

Me endireito no banco de pernas altas e apoio os cotovelos no balcão, encarando Amanda. Eu queria estar em casa lendo O Morro dos Ventos Uivantes, quem sabe, pela décima segunda vez. Eu estaria confortável na minha cama e debaixo das cobertas, seria uma noite tranquila e perfeita. Mas não, eu tinha que dar ouvidos a Amanda e vir parar em um lugar onde não me encaixo em nada, e de quebra não poder ir embora antes de Enrique chegar e fazer desfeita. Droga, mil vezes droga.

— Ei, amiga. Acho que você vai precisar de uma bebida.

— Porquê?

Amanda esticou o braço e chamou o barman com um aceno.

— Uma dose de vodca para minha amiga — ela disse antes do barman chegar até nós.

— Mandy — ralhei. — Não vou beber, já disse.

— Relaxa, amiga. Eu sei o que digo. Olha, ali!

É ele.

Dylan estava dançando com a loira oxigenada do bar pelas minhas costas, na pista de dança. Eu sabia, sabia que tinha sido uma péssima ideia ter vindo à um Pub em plena sexta-feira.

Ah, mas que droga! Porquê eu fui dar ouvidos à Enrique?

Obrigada voz da consciência por não me avisar que eu iria me dar mal, de novo.

O barman chegou com a bebida, e a deslizou sobre o balcão em nossa direção. Mandy pagou por ela.

— Quer beber?

— Quero — respondi, sem pestanejar.

Eu viro o copo na boca de uma só vez, o líquido desce queimando garganta a baixo.

E eu engasgo.

Estou no banheiro feminino, me perguntando como Amanda ainda não invadiu para ver se eu não havia morrido engasgada. E meu Deus do céu, isso foi errado de mais. Não deveria ter bebido.

Eu já cheguei pagando mico no bar com a roupa que eu estava usando, porque convenhamos, usar uma calça jeans colada e blusa de babadinhos no decote, não é uma boa opção se todas as garotas estiverem mostrando a barriga e outras partes desnecessárias do corpo, e olha que eu estava me sentindo um pouquinho gostosa quando sai de casa.

A Última EstrelaWhere stories live. Discover now