CAPÍTULO TRINTA E UM

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Quando deixei a sala caminhei até a mesa de piquenique que vimos quando chegamos aqui e ligo para Amanda. Assim que ela atende solto um suspiro.

— Olá — ela diz. — Bom dia, flor do dia. Como está indo o passeio?

— Entreguei a caixa a Harry — falei. — Ele agora está sozinho na casa e eu estou roendo as unhas de nervoso aqui do lado de fora.

— Calma, respira amiga — Mandy estava rindo do outro lado da linha. — Depois dessa ele vai querer passar o resto da vida com você.

— Ora, não exagere, Mandy. Eu apenas entreguei algo que já era dele.

— Algo importante. — Ela fez questão de me lembrar.

— Eu queria muito ter ficado lá com ele, Mandy. Ai, sei lá. Acho que vou pirar se ele demorar muito lá dentro.

Rio, um tanto nervosa.

—Agora eu sei que fiz bem em mandar os dois para a casa dos meus avós. Você não consegue ficar longe dele um instante. Está apaixonadinha hein, amiga.

— Louca — eu ri, fazendo Mandy me acompanhar.

E então eu contei que Harry havia me pedido em namoro e precisei afastar o telefone da orelha com o gritinho histérico que ela deu do outro lado da linha.

Queria tanto poder dividir isso com Kim também, mas não posso. Ela ainda não quer saber de mim.

Antes do almoço volto para dentro da casa. Harry está parado diante de mim quando passo pela porta da frente. Aproximei-me dele olhando-o nos olhos e o vejo sorrir para mim.

Gosto da forma como os olhos verdes de Harry brilham quando ele olha pra mim. Isso me aquece por dentro e faz meu coração acelerar.

Harry abre os braços e me envolve em um abraço aconchegante. Suas mãos estão espalmadas em minhas costas e agarro sua camisa por trás, o rosto apoiado em seu peito. Sinto o tecido quente e macio de sua camisa cinza tocando minha bochecha e sorrio quando Harry afaga minhas costas. Logo depois ele dá um passo para o lado me levando junto.

Quase perco o equilíbrio não fossem os braços dele para me segurar.

Olho para cima e vejo um sorriso divertido no rosto de Harry.

— Você está tentando me derrubar? — pergunto achando graça.

— Estou sim — ele disse, simplesmente.

— Porque? O que eu te fiz?

— O que você me fez? — Harry faz cara de ofendido, mas continua rindo. — Você não lembra quando éramos crianças e você me deu um beliscão?

Oi?

— Eu não lembro de ter feito isso, Harry. — Falei.

— Nem eu. Mas quis tentar te desequilibrar pra você cair no chão.

— Idiota!

Harry continua rindo da minha cara, me aperta ainda mais em seus braços e deposita um beijo no topo da minha cabeça, antes de me soltar.

Ele se afasta.

— Vem cá, Isabella. — Harry me chama com um sorriso no rosto. — Tenho uma surpresa.

— O que aprontou, Harry? — digo e vejo-o achando graça. —Posso saber?

— Não. Vem comigo — ele disse.

Harry pegou minha mão, a dele estava gelada. Depois me puxou pela sala.

— Está nervoso, Harry? — brinquei.

A Última EstrelaWhere stories live. Discover now