Cap 7

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Pov's Lauren


O largo sorriso em meu rosto durou pelo resto do dia lembrando de Camz. Entrei em casa e me joguei no sofá suspirando. Aquele foi o dia mais incrível de todos. E aquele sem dúvidas foi o melhor beijo do mundo... tá, ok eu admito que a virjona aqui não havia beijado muitas pessoas. Mas ela era a Camila Cabello, alguém vai mesmo contestar??!

Eu já me sentia totalmente bem. Passei a tarde tentando ler mas minha mente estava ocupada demais pensando nela. Pensando em tudo o que ela disse, pensando que eu não estava nisso sozinha. Era muito nítido pra mim agora que ela não me achava uma esquisitona, a forma como ela falou comigo enquanto me alimentava e até mesmo sua repreensão me fizeram ver isso.

A noite fui dormir pensando como seria no dia seguinte, se ela se sentaria comigo a mesma mesa para almoçar, se me daria um beijo quando me visse, se me chamaria de nomes fofinhos. Acho que dormi sorrindo naquela noite.



Já eram 9hs e eu corria no parque como todas as manhãs. Estava totalmente recuperada e saí um pouco pois não conseguia parar de pensar naquela morena um só segundo. Me distraí brincando com os patos e depois de 2horas voltei pra casa.

Notei que havia esquecido a TV ligada. Eu era mesmo uma tonta distraída.

Tomei um longo banho e não pude deixar de pensar em quando fiz isso na casa dela. E que casa! Meu chuveiro com três gotas estava longe de ser tão bom quanto o dela. Mas não podia fazer nada, o que eu ganhava no trabalho mal dava pra pagar as contas.


Quando dei por mim já estava na hora do almoço, então eu corri, me apressei pois se antes eu gostava de ir vê-la agora então eu estava extasiada. Percorri as quatro quadras até o restaurante praticamente correndo.
O cansaço dos exercícios que fiz mais cedo já não se faziam notar, tamanha era a minha empolgação.
Entrei pela porta e olhei para todos os lados, minha decepção ao perceber que ela ainda não havia chegado foi enorme.
“Ela deve estar chegando” pensei tentando me acalmar.

Sentei-me e esperei. Os minutos passaram, pedi um suco pois queria comer só quando ela chegasse. Estava demorando mais do que o normal.
Vi a garçonete, que por sinal era minha amiga. Ela veio até mim.

- Já tá melhor, palmito?
- Sim DJ. – respondi lançando um olhar ameaçador pelo apelido.
- E quem era aquela dona que saiu te arrastando ontem? – perguntou com o olhar malicioso.
- É a Camila. – respondi sem conseguir conter o sorriso.
- Ah meu Deus, vocês estão transando?? Finalmente! Você é tão lerda que pensei que fosse ficar virgem pra sempre.
- Hey! Eu só estou....
- Esperando a pessoa certa – ela completou com uma voz zombeteira. – eu sei.
- Ela não veio ainda... – falei mais pra mim.
- Você não pegou o número dela?
- Não. Eu deveria não é. Quero dizer, talvez ela simplesmente não queira me ver. Eu acho que devo ter feito algo errado ontem.
- Calma, branquela, não tire conclusões precipitadas. Ela parece do tipo ocupada que tem reuniões de última hora e tudo isso. – deu de ombros.
- Você tem razão. Ela vai aparecer qualquer hora. – dei um pequeno sorriso. Pedi algo pra comer e fiquei mais alguns minutos esperando, inutilmente, que Camila aparecesse.
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Pov’s Camila



Eu mal dormi. Na verdade acho que só o fiz para que o tempo passasse mais rápido e eu pudesse vê-la novamente.
Quando acordei a vontade era ir até sua casa com qualquer desculpa torpe de que estava preocupada. O que não era de todo mentira. Ainda precisava saber se ela se recuperou totalmente. Mas não queria sufocá-la então decidi que a veria na hora do almoço.

Tive uma reunião logo na primeira hora de trabalho. Mas eu não conseguia me concentrar em nada. Perdi a conta de quantas vezes Normani pigarreou para chamar minha atenção. Ela era minha irmã e sócia e já havia notado minha total falta de interesse nos negócios naquele dia.

Tão logo aquilo terminou eu saí correndo, estava claro pra mim que eu não poderia esperar mais. Acelerei meu carro o quanto pude até sua casa. Ao chegar lá deviam ser 9 horas ou algo assim. Bati na porta e não obtive resposta. Esperei uns instantes antes de ansiosamente bater de novo. Pude ouvir o barulho da tv. Parecia alta pra ouvir mesmo da porta. Bati mais forte e chamei para o caso dela não estar conseguindo ouvir. Até que me toquei do que estava acontecendo... Talvez ela simplesmente não quisesse me ver.
Meu semblante decaiu naquele momento. Talvez ela tenha se arrependido do dia anterior e não quisesse nem falar comigo.
Minha garganta instantaneamente  se fechou em um nó e eu olhei para os lados tentando ver se alguém havia me notado pateticamente parada ali, batendo na porta por cerca de 10 minutos.

Decidi trabalhar o resto dia. Eu precisava esquecer aquilo...



MommyWhere stories live. Discover now