Cap 40

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Pov’s Camila

- Uh, Camz, isso a inquivel. – Lauren falou enquanto mastigava me fazendo segurar um pouco o riso.

Limpei minha boca com o guardanapo.

- Modos, querida, não fale de boca cheia.
- Perdão. – ela falou com uma expressão culpada. – É só que eu me empolguei, isso tá muito bom. Eu tenho tanta sorte de ter uma esposa tão incrível... quero dizer...uma namorada. – ela corrigiu um pouco triste e voltou a olhar seu prato.
- Obrigada, amor, mas você me ajudou.
- Eu não fiz quase nada. E o que fiz foi você quem me ensinou. Então sou eu quem tenho que agradecer. E eu limpo a bagunça do jantar, é o mínimo que posso fazer.
- Obrigada, Lolo. Você é um amor. – falei acariciando seu rosto.

Ela sorriu e continuou comendo com entusiasmo.
Em minha mente pairava a palavra que ela havia dito por engano. “esposa”. E isso não era justamente o que eu era?! Quero dizer, o que é uma porcaria de papel diante dos meus sentimentos?!

E se ela quisesse mesmo isso...eu deveria propor não é?! 
Tantas dúvidas e questões por uma simples palavra e dava para notar a expressão pensativa em seu rosto também.
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Pov’s Lauren

“Que droga, Lauren Jauregui, vocês mal  namoram a seis meses e que diabos é isso de esposa?”
Eu me repreendia internamente. Ela estava comendo calada e pensativa, depois de tudo o que ela me deu e fez por mim eu sentia que estava cobrando dela um passo maior do que a perna. Apesar de que era simplesmente meu coração possessivo querendo reivindicá-la como minha mulher, agora e pra sempre. Mas um casamento soava extremamente precoce e eu não queria colocá-la contra a parede nem prendê-la a mim se ela não quisesse ficar.
Já havia sido incrível demais pra eu querer exigir algo desse tipo e eu já estava feliz demais a seu lado sem uma aliança no dedo.

Talvez ela não quisesse...eu sentia o amor irradiando dela e me envolvendo totalmente mas eu ainda era Lauren Jauregui, uma garota desastrada, tímida e infantil. Talvez ela precisasse de mais e desde que Normani, Dinah e Allysson estabeleceram um relacionamento, talvez Camila quisesse algo parecido.
Mas...diabos, eu não queria um daddy, eu queria ela e se alguém a tocasse talvez eu arrancasse seus dedos.

- Tudo bem, baby? Você parece meio irritada. – Camila perguntou me tirando de meus pensamentos.
- Tudo bem, só me distraí um pouco. – forcei um sorriso.

Depois de lavar a louça do jantar eu fui ler um livro já que estava proibida de ver tv ou usar qualquer aparelho eletrônico que não fosse para pesquisa dos meus estudos. Camila foi para o escritório trabalhar um pouco. Geralmente eu ficaria tentando chamar sua atenção mas estava ainda muito pensativa.

Queria falar com Ally e pedir algum conselho. Ela conhecia Camila a mais tempo. Mas eu não podia, não tinha permissão pra sair de casa e pela cara de Normani e Dinah quando saíram ela provavelmente estava tão limitada quanto eu.

Respirei fundo e fiquei fingindo ler aquele livro que sequer consigo me lembrar sobre o que era.

Depois de algum tempo Camila apareceu  na porta.

- É um bom livro. – ela apontou.
- Ah, sim, com certeza. – falei voltando a mim e sorrindo.
- Me desculpe, sei que você não gosta que eu trabalhe em casa mas eu estava muito atolada. 

Apenas concordei com a cabeça.

- Já é tarde, querida, melhor irmos pra cama. – ela falou e eu olhei meu relógio de pulso que marcava 23hs.
Eu nem havia percebido o passar das horas perdida em meus devaneios.
- Ainda é cedo, mommy. – falei fazendo biquinho.
- Nada disso, amanhã você fica reclamando que dormiu pouco e não quer estudar. Você vai subir e escovar esses dentinhos pra dormir.
- Preciso mesmo?
- Com certeza. – ela falou séria mas eu podia ver seu olhar divertido.
- Ok, eu estou indo. Mas eu nem tô com soooono. – falei bocejando e ela riu.
- Percebo. – pegou o livro na minha mão e apontou às escadas.

Subi devagar ainda ouvindo sua risada.

Escovei meus dentes e comecei a brincar com alguns brinquedos que havia esquecido sobre a pia.
Seria bom tirá-los de lá, Camila é extremamente organizada e se os visse ali iria brigar comigo e tudo o que eu menos precisava no momento era outro maldito castigo.
Então peguei todos eles sendo um boneco do capitão América, um barquinho e um pato rosa e levei pro meu quarto pra guardar junto com os outros brinquedos.

Quando saí ouvi Camila falar no celular, sentada ao pé da escada.

- Não, Mani, ele chega amanhã por volta das onze...você sabe, já faz tempo que não vemos Shawn já estou com saudades...eu vou pegá-lo no aeroporto e poderíamos almoçar todos juntos.

Meu semblante se fechou automaticamente. Quem diabos era esse tal Shawn do qual eu nunca ouvi falar e Camila estava com saudades. – pensei apertando os brinquedos na mão e o maldito pato fez um barulho. - Por sorte ela não pareceu ouvir mas saí dali pra não parecer que eu estava espionando, apesar de que eu estava.

Guardei os brinquedos e voltei pro nosso quarto ainda pensativa. Camila não estava mais na escada.

Depois de alguns minutos ela apareceu e deixou a mamadeira cheia de leite no móvel ao lado da cama.

- Espere um pouco, está quente, ok baby?
- Sim, mommy. – respondi com um sorriso bobo.

Ela sabe como me desarmar.

Entrou no banheiro e voltou alguns minutos depois com seu pijama de seda. As coxas grossas evidenciadas pelo short me chamaram a atenção. Mas não ter sexo aquela noite fazia parte do castigo. Bufei frustrada e me joguei na cama.

De qualquer forma eu ainda ia querer aquele leite. Na verdade eu queria outro, o dela, mas ela não tinha.
E mais pensamentos bobos vieram. Tia Mani tem e Ally disse que isso era incrível. Eu totalmente imaginava isso, se Camila tivesse leite, só pra mim, isso seria tão bom. Mas não é algo que eu estava confortável para pedir. Quero dizer, isso mexe com o corpo dela, eu não tenho esse direito, não sei como seria pra ela, desconfortável ou até perigoso já que não seria algo natural. Meus conhecimentos sobre lactação induzida eram parcos pra não dizer inexistentes.

- Você tem estado pensativa hoje, querida. – Ela falou sentando ao meu lado na cama. – Quer me dizer algo? – perguntou me olhando intensamente, parecia querer ler meus pensamentos.
- Não, eu só...estava lembrando de algumas coisas que li.

Ela concordou mesmo que eu visse desconfiança em seu olhar e logo nos deitamos, ela pegou a mamadeira e testou a temperatura antes de me entregar.

- Bigada. – falei e ela sorriu beijando minha testa.
- Beba tudo minha boa menina.

Eu sorri e me aconcheguei contra seu peito.

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Isso é tudo, pessoal!
Espero que tenham gostado e não se esqueçam de votar.
Volto em breve com a continuação!

MommyWhere stories live. Discover now