Cap 33

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Pov’s Autora


As horas se passaram e Camila ainda estava desesperada chorando  na sala de espera.
Depois de alguns minutos que chegaram uma mulher veio avisar que Lauren precisaria de cirurgia já que tinha uma hemorragia interna e alguns ossos quebrados.


Camila rezava para que qualquer deus ou força sobrenatural a ajudasse e salvasse sua garota.
Os nervos em frangalhos por ficar tanto tempo sem receber notícias.

Normani ligou para saber novidades e contou que Clara já estava morta.

Camila sequer conseguiu se alegrar por ouvir isso apesar de ser o que ela queria.

Agradeceu a irmã e pediu pra ela cuidar de tudo pra que ninguém descobrisse o que aconteceu.
No hospital ela simplesmente disse que Lauren foi atropelada por um motorista que fugiu.

Depois de mais duas horas um médico finalmente veio falar com ela.

- Fizemos nosso melhor, Srta. Cabello, foi uma cirurgia complicada, a menina teve um traumatismo craniano muito severo. – Camila já estava a ponto de desmaiar. – Conseguimos conter a hemorragia mas ela ainda não acordou. Agora só depende dela.
- Você quer dizer...quer dizer que ela já devia ter acordado mas não o fez? – perguntou com a voz trêmula.
- Isso. Ela pode simplesmente acordar em minutos, horas, ou talvez...
- NÃO! – gritou. – Não! Lauren é forte, ela vai acordar.  – começou a chorar desesperadamente.
- Eu espero sinceramente que sim. Sinto muito. Você pode vê-la por alguns minutos. A enfermeira virá para guiá-la até seu leito.

Camila assentiu e se permitiu chorar por mais alguns minutos antes que a enfermeira viesse buscá-la.
____
Pov’s Camila


Caminhei com minha pernas ainda trêmulas seguindo a mulher que me olhava com uma cara de pena.

Ela abriu a porta  de um dos quartos e pude ver Lauren deitada numa cama.

A mulher nos deu privacidade e eu me aproximei. Segurei sua pequena mão notando os cortes profundos no rosto,  puxei o cobertor vendo seu torso envolvido em curativos e bandagens.
Meus dedos percorreram os cabelos negros e meus olhos mal focavam tamanho o fluxo de lágrimas.

- Baby. – minha voz saiu meio estrangulada. – Por favor, você tem que acordar, você tem que ficar comigo. Eu te amo, não posso viver sem você. Por favor, eu sei que falhei com você mas eu não vou mais, nunca mais. Ninguém nunca mais vai te machucar. Só me dê essa chance, acorde por favor. – pedi como se ela pudesse mesmo ouvir mas só recebi o silêncio em resposta.

Normani, Allyson e Dinah chegaram depois de um tempo. Todas ficaram muito chocadas ao ver o estado da menina.

Mani me puxou para um canto.

- Eu a matei, Mila, Dinah e eu batemos nela até que não se aguentasse em pé. Depois eu passei por cima dela com meu carro.

Apertei sua mão na  minha.

- Obrigada, ela mereceu isso totalmente. Espero que ela tenha sofrido.

- Pode apostar, eu a vi agonizar até o último instante.

Apenas assenti.

- O que fez com o corpo?
- Levamos até o marido dela. Havia uma trilha até o local, colocamos perto do carro pra queimar com ele.

- Então ele morreu mesmo.
- Sim ele ainda tentou fugir mas ficou preso no carro deu pra ver pela posição do corpo, devia estar consciente todo o tempo, deve ter sentido muita, muita dor.
- Que bom. Eles mereciam a morte depois do que fizeram com Lauren. – comecei chorar de novo. – E se ela não acordar, Mani?

Minha irmã me puxou para seus braços.

- Ela vai, querida, Lauren é jovem e forte, ela só precisa de um tempo pra se recuperar, mantenha a calma. – eu a ouvia dizer e tentar passar convicção mas sabia que ela estava tão desesperada quanto eu.


Os médicos disseram que não poderíamos ficar lá com ela mas nenhuma de nós conseguiu sair daquele hospital. Ficamos na recepção durante toda a noite.

Allyson passou boa parte do tempo chorando no colo de Dinah que parecia tentar ser forte mas seus olhos estava vermelhos e vazios.


As horas se arrastaram e no dia seguinte Normani me obrigou a ir até sua casa pra tomar um banho. Dizendo que Lauren acordaria e eu estaria parecendo uma mendiga.

Nós fomos e as outras duas ficaram.

Depois Normani me levou de volta. Allyson acabou dormindo no colo de Dinah e ela resolveu levar a pequena pra casa. Mani foi para a empresa resolver os assuntos mais urgentes e cancelar algumas reuniões.

Depois de muito insistir com o médico ele deixou que eu ficasse perto dela.


Eu cheguei no quarto e a vi lá tão inerte quanto antes. Tirei meu blazer e os sapatos e deitei-me ao seu lado com cuidado para não apertá-la ou machucá-la mais.


Depois de duas noites em claro eu já parecia um zumbi. Apoiei minha cabeça ao lado dos seus cabelos.

- Eu tô com saudade, amor, por favor, acorda. – falei me aproximando o máximo que podia e enfiando meu rosto na curva do seu pescoço.
Por fim o cansaço me venceu e eu adormeci segurando delicadamente seus dedos.

MommyWhere stories live. Discover now