Capítulo 10.

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As aulas mais tranquilas da semana se passaram em um piscar de olhos, pelo menos já podíamos voltar para casa e seguir com o dia de folga, que já não estava tão calmo assim.

A Noora não para de falar o quanto é ridículo o que o Taylor está fazendo com ela e iria matá-lo caso o visse, ao que parece ele tem uma amiga e resolveu dar atenção especial. Para ajudar a "florir" o meu dia, nos distraímos com a conversa e eu me esbarrei com o garoto que dobrava o corredor.

— Zac? — Disse assim que me recuperei do esbarrão. — O que você tá fazendo aqui?

— Oi... — Sorriu sem graça. — Vim fazer minha matrícula, consegui vaga para ciências da computação. — Ergueu a pasta debaixo do braço.

— Ah... Fico feliz por você! — Sorri de volta.

— Obrigado. Aliás, estava mesmo precisando falar com você. Será que podemos conversar?

— É pra eu sair? — Noora ergueu uma sobrancelha o encarando. — Quanta consideração! — Ironizou após a confirmação dele.

— Tem que ser agora? Nós já estávamos indo embora...

— É melhor, não quero enrolar. Vamos tomar um sorvete aqui perto? — Sugeriu e assenti sem muita escolha.

— Não demora, tá? Vou precisar da MINHA melhor amiga. — Torceu o nariz andando na frente. — E leva ela em casa já que me dispensou. — Complementou me fazendo rir.

— Fica calma. Por que você não tenta falar com o Taylor antes?

— Porque eu já disse que não quero. — Parou assim que o viu a encarando na porta. — O que é que você está fazendo aqui? — Cruzou os braços autoritária.

— Você sumiu e não responde minhas mensagens, nem atende o telefone. — Deu de ombros.

— Perdeu seu tempo! — Disse nervosa indo até o nosso carro, que estava perto, e ele se desencostou da árvore a seguindo. — Por que não vai atrás dela e me deixa em paz?

— Quer parar? Já disse que a Sam é só minha amiga. — Revirou os olhos.

— Ah é? Vou arrumar um desses também. Sabe como é, né? Preciso de companhia quando você resolve sair por aí com a sua amiga e esquece que eu existo. — Bufou abrindo a porta com raiva.

— Eu só quero conversar, que droga! — Disse sendo completamente ignorado. — Julie, faz alguma coisa e manda essa birrenta vir comigo!

— Noora, para de ser mimada e vai agora! — A empurrei para o carro dele, que estava ao lado. — Ouve o que ele tem pra dizer, qualquer coisa eu mesma te ajudo a matar esse idiota.

— Aí, tá! — Cedeu depois de muita enrolação. — Toma a chave, você fica com o carro hoje. — Concordei pegando o chaveiro e ela foi com Taylor mesmo contrariada.

— Te dou uma carona. — Tranquilizei o Zac, que entrou no banco do passageiro. — Primeiro vamos ao sorvete!

— Tudo bem. — Sorriu. A sorveteria não ficava tão longe, ainda mais de carro, então depois de cinco minutos chegamos ao estabelecimento e por causa do horário não havia muito movimento. Ocupamos uma das mesas e cada um fez o pedido, optei por limão, e em instantes fomos servidos também.

— Sobre o que você quer falar? — Disse colocando uma colherada na boca.

— Na verdade, queria te pedir desculpas. — Começou sem graça. — Bem, sei que tenho sido um idiota tentando chegar em você e percebi que não tô sendo legal, desse jeito só te afasto.

— Uau, Deus te mandou uma luz? — Brinquei.

— Só pensei um pouco. — Deu de ombros. — Sou bastante inconveniente, né?

Luz, câmera e... Paixão! Where stories live. Discover now