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Diana Markovic

Eu já estava de olhos fechados, o cansaço pesando em meu corpo e o sono quase me envolvendo quando ouvi a voz grossa do homem.

— Quer comida? — abri os olhos. Minha barriga pareceu ter respondido por mim, já que ela fez questão de fazer um barulho alto.

— Quero! — falei sem pensar duas vezes, ansiosa e faminta — Mas... Por favor, me diga que não é nada muito gorduroso...

— Filé de atum grelhado com purê de batatas. Come isso, madame? — minha boca se encheu de água.

— Só o peixe, mas já está ótimo. Estou com tanta fome! — me levantei apressada e vi aquele sorriso malicioso novamente em seu rosto, o sorriso que tinha deixado minha amiguinha molhada mais cedo.

Ele estava olhando para o meu short, mas logo o olhar se voltou para mim. Eu não me importava muito com isso, afinal, eu não era seu "tipo" de mulher, não é mesmo?

— Pode se servir. — ele gesticulou para a cozinha.

Caminhei lentamente pegando um prato que estava em cima da mesa, o cheiro estava delicioso e isso aumentou mais ainda minha fome. O purê estava quase me convocando a comê-lo, mas eu não poderia sair da dieta. Portanto, me servi com apenas um pedaço de peixe mesmo a panela estando farta, eu era educada e fina o suficiente para não encher meu prato até derramar.

— Pode comer a vontade. Pega mais um pedaço, sei que quer. — olhei para ele que me observava intensamente.

Meu rosto esquentou de vergonha, mas estava com fome mesmo, faminta. Havia o que? Quase dois dias sem comer direito. Sendo assim, decidi não me importar com o que ele iria pensar e peguei mais dois pedaços.

— Obrigada. — sussurrei dando um leve sorriso constrangido a ele.

— O purê, experimenta. Eu insisto, nem que seja apenas uma colherzinha. — falou. Eu olhei para a tigela que exalava um cheiro delicioso e não resisti, acabei me servindo de uma colher pequena.

Acenei para ele com a cabeça e me sentei num toco de árvore que vi perto de uma mesinha de canto, também de madeira. Ele sorriu e só então percebi ali suas covinhas bem rasas nas bochechas. Depois de encher um prato com poções generosas de comida, ele sentou-se ao meu lado e então começamos a comer.

Tentei gemer o mínimo possível, porque aquele – sem exageros – fora o melhor peixe grelhado e o melhor purê de batatas que eu já comi em toda minha existência. Ao fim da refeição, o homem lambeu os lábios de uma forma tão sensual que eu me xinguei por ter ficado excitada com isso.

Eu odiava lavar louça, mas iria fazer essa gentileza já que ele me deixou comer bastante da maravilhosa comida dele. Levantei-me de onde estava sentada recolhendo nossos pratos no processo.

— Não precisa lavar, não quero que estrague suas unhas. — implicou fazendo-me bufar.

— O quão babaca você ainda consegue ser, hein? — o ignorei e comecei a lavar as louças.

Ouvi uma risada baixa vinda dele.

— Estou indo deitar então, boneca. Boa noite.

Quando cheguei no quarto não o encontrei. Ele não havia ido se deitar como disse. Aproveitei para ficar um pouco mais a vontade para me deitar. Levantei o cobertor e me enfiei debaixo dele, a noite lá fazia muito frio isso era fato, meus lábios estavam começando a congelar e meu nariz já nem sentia. Uma tensão esquisita se acumulou em meu pescoço me impedindo de conseguir dormir mesmo com todo sono e cansaço no corpo.

O Amor De Um Viking (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora