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Hugh Mikhail

Eu estava sentado no sofá olhando para o nada, apoiei minhas mãos nos joelhos após quase arrancar meus cabelos

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Eu estava sentado no sofá olhando para o nada, apoiei minhas mãos nos joelhos após quase arrancar meus cabelos. Que porra, princesa. Peguei meu celular algumas vezes querendo ligar mas não o fiz. Havíamos conversado, fizemos amor, dormimos juntos para no dia seguinte eu acordar e ela ter ido embora sem se despedir.

Por mais que o orgulho não fosse algo bom, amar sozinho era complicado. Você lutar por uma pessoa o tempo inteiro e na primeira oportunidade ela fugir, era foda pra caralho. Eu me sentia frustrado e irritado, até que para minha surpresa a porta da minha casa se abriu e ela entrou com Charlie andando ao seu lado e duas sacolas cheias nas mãos.

Apressadamente corri até ela, ficamos parados frente a frente como se estivéssemos em um primeiro encontro. Ela parecia estar confusa em relação a minha atitude, apenas me observou pegar Charlie no colo e abraçá-lo com força como se não o visse há dias.

— Eu fui comprar algumas coisas para o café da manhã, pensei em preparar alguma coisa mas não tinha nada aqui. O Charlie acordou e então tive que levá-lo, você estava dormindo e...

Cheguei mais perto, tirei as sacolas de suas mãos e abracei seu corpo. Ficamos por um minuto assim, eu ela e Charlie abraçados, como uma família, a família que sempre sonhei. Eu tinha tanto medo e perdê-los.

— Pensei que tinha fugido de mim. — confessei.

— Você só tem me dado razões para ficar. — ela murmurou no meu ouvido, meu coração saltou de alegria.

Papai! — Charlie disse.

— Você ouviu? — perguntei olhando para ela. — Ele disse papai, eu quase surtei. — abracei meu pequeno que sorria com o dedo babado na boca.

— Eu tenho a impressão que ele gosta mais de você do que de mim e você conseguiu isso em o que? Um mês? Charlie seu bebê traidor.

Sorrimos juntos com brilho nos olhos.

— Como foi? Quando ele nasceu. O parto, doeu muito? — indaguei enquanto ela caminhava pela cozinha com a maior intimidade mexendo em tudo para preparar o café da manhã.

— Não doeu nada. Eu marquei uma cesárea, Deus que me livre sentir dor de parto. No início da gravidez eu fiquei traumatizada vendo vídeos de partos normais e relatos. Muitas mulheres diziam pedir a morte na hora das dores, eu tive medo de não suportar.

— Eu queria estar ao seu lado nesse momento, me perdoe por isso. — falei.

— Está tudo bem, minha mãe estava comigo, quando o bebê nasceu. Ela quase fez uma festa no quarto do hospital, minha família quase toda estava lá.

— Eu queria conhecê-los. Os seus pais.

— Eles não gostam muito de você. — abaixei o olhar me sentindo culpado — Me desculpe, eu sou a culpada disso. Estava tão magoada que falei mal de você para todo mundo.

O Amor De Um Viking (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora