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Diana Markovic

Entrei na hospedagem mas não vi a moça da recepção, porém minhas malas estavam exatamente como as deixei e isso que importava

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Entrei na hospedagem mas não vi a moça da recepção, porém minhas malas estavam exatamente como as deixei e isso que importava. As peguei e comecei a tentar uma missão impossível que era eu conseguir subir com elas pelas escadas estreitas do lugar. Após várias tentativas eu soltei um pequeno grito de derrota.

— Precisa de ajuda? — ouvi a voz de Hugh atrás de mim. Senti uma vontade instantânea de sorrir mas logo tratei de me recompor.

Ele devia ter visto minha luta de longe, já que as portas da hospedagem eram grandes e dava para ver claramente as escadas lá da rua.

— Sim, por favor. — limpei a garganta para a voz sair direito.

Hugh não me olhou muito, ainda estava sério mas mesmo assim pegou minhas duas malas sem nenhum esforço e sobiu com elas pelas escadas.

— Qual número do quarto? — perguntou.

— Dezenove. — respondi.

— Pronto. — ele murmurou baixo se virando para descer.

— Obrigada, de novo. — sorri mas ele não pareceu ligar.

Destranquei a porta empurrando-a um pouco para abrí-la. Mas a visão do que vi rastejar no chão assim que abri me faz gritar, um grito estridente e apavorado. Uma barata estava subindo na parede e eu não conseguia me mexer porque tinha fobia de insetos e répteis, tanto que minha frequência cardíaca até aumentava.

— O que foi? — Hugh pareceu voltar correndo ao me ouvir berrar.

Eu apontei chorando para a barata na parede. Senti meus joelhos fraquejarem e o corpo ficar gelado, eu tinha pânico disso!

— Mata ela, por favor. — implorei chorando baixo desesperada.

Hugh deu um sorriso de deboche para mim, andou até a barata e matou ela com uma toalha que estava dobrada em cima da cama.

— Satisfeita, madame?

— Você acha que é frescura não é? Todo mundo acha. Mas ninguém sabe como quem tem fobia a alguma coisa se sente em situações como essa.

— Que se foda, princesa. Já matei, agora pode entrar. — sua fala me deu arrepios de medo.

— Não posso entrar aí. Pode ter outras. O que vou fazer? Onde vou dormir? — questionei ainda em pânico e então vi uma luz no fim do tunel — Hugh, na sua casa não tem baratas... — meu tom de voz sugestivo.

— Eu não acho que seja uma boa ideia, Diana. — pareceu atordoado com a ideia de me ter dormindo na casa dele novamente.

— É só uma semana, até o dia do voo. Por favor, eu pago o preço que for para não dormir em um lugar com baratas ou qualquer outro inseto. — naquele momento minha fobia era maior que toda minha dignidade.

O Amor De Um Viking (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora