14

40.3K 3.8K 540
                                    

Diana Markovic

Quando sai daquele banheiro, foi inevitável o sentimento de humilhação que se apossou de mim

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Quando sai daquele banheiro, foi inevitável o sentimento de humilhação que se apossou de mim. Mas se tinha algo que eu sabia bem, era fingir naturalidade em uma situação constrangedora, como por exemplo quando consegui fingir um desmaio. A partir daquele dia, eu iria fazer o possível para mostrar a ele minha indiferença e como ele não me afetava ou me deixava excitada apenas com sua voz.

Mesmo que doesse, algo que era compreensível de se achar ridículo, eu iria tentar me afastar, talvez algo que nem junto tivesse, mas eu precisava acabar de uma vez por todas com a forte atração que sentia por ele, eu estava com medo dos meus sentimentos pois no fundo eu sentia que corria o sério risco de me apaixonar o que não era nada bom, levando em conta a reação dele ontem depois de termos quase transado.

Sequei-me, vesti uma camisola confortável e mergulhei debaixo das cobertas após fazer minha cama no chão. O efeito do álcool não havia passado cem por cento, mas ele me fez dormir logo.

No dia seguinte estranhamente acordei primeiro, apesar da imensa dor de cabeça, eu estava morrendo de fome e nem fodendo eu iria mexer nas coisas dele na cozinha para comer alguma coisa. Me levantei do chão, dobrei as coisas e infelizmente não consegui evitar por muito tempo olhá-lo dormindo. Por que tão bonito? As imagens dele me pegando com mãos fortes, tocando-me intimamente vieram a tona mas eu precisava esquecer.

Fui para o banheiro encontrando lá minhas roupas jogadas. Meus olhos correram para o box fazendo eu me contorcer internamente. Balancei a cabeça e tratei de escovar os dentes, tomei também um rápido banho e sai enrolada na toalha. Hugh ainda estava dormindo quando me troquei, ainda bem.

Vesti-me com um vestido amarelo casual, peguei uma jaqueta jeans por precaução e também um óculos escuro para amenizar a dor de cabeça ao olhar a luz clara do dia. Borrifei meu perfume de rosas e sai com minha bolsa. Só esperava que tivesse algum lugar aberto para comer.

No caminho decidi que tentaria evitar vê-lo durante todos os dias seguintes.

Avistei de longe a hospedagem e o restaurante que me recusara a comer no início, mas já que enfiei o pé na jaca, iria escorregar de vez e comer um café da manhã generoso. Adentrei no lugar já sentindo um ótimo cheiro de comida, haviam várias pessoas sorrindo e se alimentando, com tudo isso eu se quer havia olhado que horas eram, sendo assim peguei meu celular e tomei um susto quando vi que era nove e meia. 

Me sentei em uma mesa e logo uma moça veio ao me encontro.

— Bom dia. Vai preferir algo pronto ou servir-se? — perguntou-me com ar de simpatia.

— Algo pronto por gentileza. Traga-me várias coisas gostosas para café da manhã, o que tiverem de melhor. — disse sorrindo.

Ela apenas assentiu e se retirou. Nos próximos minutos eu recebi uma ligação de um dos meus advogados dizendo que Jeremy e a família vigarista já estavam presos e também meu dinheiro de volta na minha conta. Suspirei de alívio pela justiça sendo feita. Depois disso também recebi a ligação dos meus pais que disseram ter tentado falar comigo há horas mas não conseguiam, mas disse a eles que estava bem e logo logo estaria de volta em casa.

Assim que desliguei a chamada, sobressatei do lugar com o susto de ver Hugh sentando-se a minha frente.

— Bom dia, princesa. — cumprimentou-me com um largo sorriso nos lábios.

— Bom dia. O que está fazendo aqui? — indaguei confusa.

— Vim tomar café da manhã com você, apesar de não ter me chamado. Achei muita ingratidão da sua parte, visto que tudo que eu como, compartilho com você. — lançou-me um olhar zombeteiro.

Engoli em seco. Ele conseguia ser tão cínico quanto eu.

— Achei que preferia dormir até mais tarde. — falei apenas.

— Sem problemas. O que pediu?

— Tudo de melhor que tivessem para café da manhã.

— Ótimo. Estou cheio de fome. — sorriu.

— Você não trabalha hoje? — indaguei.

— Sim. Mas perdi o horário, como pôde ver. — deu de ombros.

— Não tem medo de demitirem você por isso? — questionei.

Nesse momento chegaram duas mulheres carregando bandejas generosas de muitas coisas deliciosas.

— Não. — olhou para mim — Obrigado, queridas. — disse ele para as moças que saíram sorrindo e cochichando.

— Deve ser legal trabalhar assim. — brinquei.

— Aqui ninguém demite ninguém, tem poucas pessoas para trabalhar e quando se tem a melhor pessoa para tal função, jamais te mandarão ir embora sabendo que ninguém mais ocupará o seu lugar e fará o trabalho como você.

— Então quer dizer que você é o melhor no que faz e por isso pode faltar ou chegar atrasado que está tudo bem? — levantei a sombrancelha.

— Basicamente. — respondeu.

Apenas assenti e começamos a comer.

— Quais são seus planos para hoje? — Hugh perguntou de repente.

— Comer muito, primeiramente. — disse eu com algo estranho me fazendo comer compulsivamente.

— Calma aí. Vai acabar se engasgando. Que fome é essa, hein?

— Pois é. — falei apenas.

Um silêncio desconfortável permeou o ar por alguns minutos, até que em um certo momento ele olhou para mim.

— Sinto muito por ontem. — ele disse e meu peito apertou.

Engoli em seco.

— Ontem? Não sei do que está falando. — dei um sorriso forçado sentindo meus olhos arderem de forma incomum.

— Diana...

— Hugh, escuta, está tudo bem. Vamos esquecer isso, você mesmo disse ontem para mim, lembra? Eu já esqueci. — laventei as mãos tentando suavizar o ar.

Ele me olhou de um jeito surpreso como quem não esperava essa atitude minha, mas logo seu olhar se tornou sexy e me assustei quando ele pegou minhas mãos provocando em mim inúmeros sentimentos.

— Você merece ser muito feliz. — sua simples frase fez meu corpo tremer e um sentimento indescritível me dominou mesmo eu não entendo a frase na hora.

Eu estava sim me apaixonando, porquê de repente meu coração começou a doer de forma boa quando olhei dentro daqueles lindos olhos azuis escuro. E mesmo depois de ontem, a tensão parecia não existir ou ter simplesmente desaparecido e isso me deixou muito aliviada.

— Sobre minha pergunta de quais são os seus planos para hoje, eu tenho alguns, quer me acompanhar?

— Claro. Por mim tudo bem. O que iremos fazer?

— É um pouco longe daqui, mas vale muito a pena. — sorriu.

Eu estava muito curiosa para saber que lugar era esse e o porquê dele ter me chamado para ir com ele. Bem, algum motivo tinha.



Mores ❤️ capítulo pequeno pq eu prometi que postaria hoje. O próximo é na sexta feira e espero de verdade que tenham gostado do capítulo mesmo ele tendo sido um pouco "sem conteúdo". ❤️

Votem e comentem por favor ❤️


O Amor De Um Viking (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora