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Hugh Mikhail - Dois anos depois...

Minha carne estava tremendo, mas eu não podia parar

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Minha carne estava tremendo, mas eu não podia parar. Era a minha única forma de esquecer tudo, de tentar não sofrer. Terminei minha centésima flexão e cai no chão com a respiração ofegante, sentindo em seguida todos os meus músculos doerem.

— Vai acabar se machucando feio desse jeito. — Rick, que dividia a mesma cela comigo, falou.

— Essa é a intenção. — respondi me virando de costas para baixo, começando as sequencias de abdominais.

— Está querendo se machucar? Você está pegando muito pesado consigo mesmo durante o último ano. Tudo isso é para não ter que lidar com as lembranças dela? — a pergunta dele fez minha cabeça girar.

— Do que você está falando? Cala a porra da boca.

— Você sabe, Mikhail. Você sabe.

Parei imediatamente as abdominais e passei as mãos nos cabelos em frustração. Por que ele tinha que continuar me lembrando dela?

— Isso não tem nada a ver com ela. — menti.

— Ah, não? — ele riu.

— Não, eu já disse. Eu só estou afim de fazer exercícios.

— Isso se parece mais com automutilação. — disse ele — Você pode falar comigo sobre ela novamente, não precisa fugir até das lembranças que de acordo com você mesmo, foram ótimas.

— Está louco? Já se passaram dois anos! Dois malditos anos! Ela com certeza já seguiu em frente, deve estar feliz com outro alguém. Eu não vou ficar falando dela, não mereço nem que seu nome passe pelos meus lábios. Com certeza ela me odeia. — mesmo que me esmagasse o coração pensar assim. — Isso sim é automutilação, ficar tendo essas lembranças felizes com ela, sendo que nunca mais voltará a acontecer. Por esse motivo, meu amigo, que eu quero continuar fugindo das lembranças.

Eu fui obrigado a contar para Rick sobre a Diana, porquê ele nunca mais me deixou em paz depois de eu tê-lo acordado certa noite, tendo sonhos com ela. Era recorrente as noites que eu acordava gritando por ela, desta forma fui compelido a contar tudo a ele.

— Não seja idiota, cara. Como você pode adivinhar que ela seguiu em frente? E se ela ainda tiver esperando por você?

— Até hoje, essa foi a coisa mais estúpida que você já disse, e olha que não foram poucas.

— Por que isso seria estupidez?

— Você não entende. Eu quis isso, eu busquei que ela me odiasse para sempre quando naquele dia eu não fui me despedir dela. Meu desejo era exatamente esse, que ela não me esperasse, que seguisse em frente. Eu nunca iria querer que minha princesa ficasse esperando por um homem condenado dentro de uma cadeia. Se não fosse isso, acha mesmo que eu não teria ficado com ela? Eu a queria com todas as forças da minha alma!

O Amor De Um Viking (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora