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Diana Markovic

Arrumei corretamente todas as minhas coisas na minha mala, a todo segundo tentando segurar a vontade de chorar, eu precisava ser forte, não poderia chorar para sempre

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Arrumei corretamente todas as minhas coisas na minha mala, a todo segundo tentando segurar a vontade de chorar, eu precisava ser forte, não poderia chorar para sempre. Meu pai havia me dito uma vez que mesmo quando algo dá errado, deve servir também de aprendizado e é isso que vou levando daqui.

A vida tem que seguir, ela não pode parar.

Hugh sumiu, ele tinha essa mania. Depois de algumas horas o jatinho chegou, pousou perto da hospedagem. Meu pai ligou me avisando que Jax o piloto já estava na localidade mandada por mim.

Meu peito estava angustiado, será que ele ao menos iria se despedir de mim? Era estúpido, eu sabia, no entanto fiquei esperando ele aparecer por cinco horas e ele não veio. Eu também não fui atrás dele, era sempre eu e isso não era recíproco, mas infelizmente isso não me impediu de esperar.

Eu olhava a todo momento ao meu redor, buscando ele, dentro de mim havia um medo de partir e ele aparecer quando eu já tivesse ido. Mas Hugh não foi se despedir de mim. A realidade estava cada vez mais perto e eu tinha muito medo dela, muitas vezes ela tendia a ser decepcionante.

Então decidi partir finalmente, depois de horas tendo a ridícula esperança de que ele fosse talvez mudar de ideia. Eu estava subindo no jatinho quando ouvi a voz de alguém me gritando.

— Ei! Diana, certo? — uma jovem aparentemente da minha idade, de olhos verdes e cabelos escuros estava se aproximando de mim com a respiração ofegante.

— Oi, sim sou eu. — respondi.

— Me perdoe por estar incomodando, mas eu também sou uma das deixadas para trás. Me chamo Ramona, será que poderia me dar uma carona, eu preciso muito sair daqui e o próximo vôo é só amanhã ou depois. — ela deu um sorriso sincero e seus olhos estavam suplicantes.

— Claro que sim. Você está indo para a Califórnia ou outro lugar dos EUA?

— Califórnia mesmo. Muito, muito obrigada, você está me ajudando demais! — deu dois pulos de felicidade.

— Vamos lá. Já está com suas coisas aí?

— Oh, sim. Eu só trouxe uma mochila mesmo. Recomeços constantes, sabe?

— Sei sim... O meu será a partir de agora. — dei um sinal para ela subir e fiz o mesmo.

Avisei a Jax que estava tudo certo, que poderíamos ir. Ele nos deu as indicações necessárias e assim que levantamos vôo e começamos a nos distanciar da vila, senti que não estava mais inteira, havia ficado parte do meu coração lá. Dei um soluço tão forte que doeu na alma.

Não consegui mais segurar e a emoção me atingiu em cheio. Em uma semana, encontrei minha maior felicidade e sofri meu maior desgosto. Está certo que com Jeremy a decepção foi maior, no entanto com Hugh parecia muito, mas muito mais doloroso. Era como se eu tivesse nascido de novo com ele só para morrer pela mesma coisa que me deu um novo sentido para viver.

O Amor De Um Viking (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora