ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩

one.

- Porra - Sina soltou um palavrão enquanto se vestia como um cometa.

Era seu primeiro dia de aula e havia acordado vinte minutos atrasada. No meio da correria tropeçou, mas conseguiu se segurar antes de cair de cara no chão.

Vestiu uma calça jeans rasgada no joelho, uma camiseta branca com uma estampa de uma marca de refrigerante qualquer e seu tênis branco. Penteou os cabelos loiros platinados e os deixou soltos. Escovou os dentes na maior velocidade possível e desceu as escadas de sua casa.

- Pai pode me levar ao colégio a caminho do trabalho? -Falou bebendo um copo de água.

- Atrasada novamente Sina -Falou um tanto quanto sem paciência. - Tudo bem, vamos.

[...]

Deinert teve o privilégio de chegar cinco minutos adiantada. Se aliviou com o acontecimento.

- Obrigada -Depositou um estalo na bochecha do mais velho. - Te vejo mais tarde, bom trabalho. -Falou abrindo a porta do automóvel.

- Boa aula querida! - Saiu.

A garota entrou no local sem um pingo de vontade, entrou na multidão de pessoas e se sentiu atordoada. Algo que ela odiava eram várias pessoas em um mesmo lugar, se sentia sufocada ou algo assim.

Andou até seu armário e abriu o mesmo. Nesse momento viu um garoto desconhecido se aproximar e abrir o armário ao lado.

Sina o olhou atentamente, seus cabelos eram loiros escuros e o formato do seu rosto era delicado, usava poucos anéis e um brinco de cruz na orelha visível aos olhos da loira.

- Agora que já me observou por inteiro, pode parar de me comer com os olhos? - O garoto perguntou se virando para ela.

Ela percebeu que seus olhos eram extremamente verdes, mas passavam uma mensagem de pouco interesse. Havia sido cínico, com certeza não se daria muito bem com Sina.

- Desculpa se incomodei o princesinho. - Mudou sua expressão para algo debochado. - Se eu tenho olhos, eles servem para fazer alguma coisa.

O garoto sem nome saiu, soltando uma risada de lado. Deinert revirou os olhos e bateu a porta do seu armário.

- Bom dia Sina! - Sentiu duas mãos na sua cintura, a fazendo se assustar.

- Bom dia Sabi! - Deinert abraçou a morena de uma maneira carinhosa.

- Quem era o bonitão? - Perguntou com a feição maliciosa.

- Não sei o nome dele, mas sei que é um antipático de primeira. - Colocou sua mochila preta novamente em suas costas.

- Não deixa de ser gostoso. - Sabina falou antes de Krystian chegar dando um abraço apertado nas duas.

Seus cabelos estavam pintados de uma cor extremamente escura, mais escura do que a dos cabelos agora curtos da mexicana. Porém a cor combinava com a pele branca dele, estava muito bonito.

[...]

Todos se acomodaram em seus lugares quando o professor entrou na sala de aula, para a "sorte" de Sina, o garoto loiro antipático estava na mesma sala que a dela.

- Esse ano entrou apenas dois alunos. - O mais velho olhou para os dois, que estavam em cadeiras próximas. - Podem se apresentar?