Se sentaram em uma mesa, um na frente do outro. Sina ficou suas unhas na cadeira discretamente, nervosa. Olhava para a rua, já que a janela estava ao seu lado.
Urrea soltou uma risada nasal.
- Está nervosa sininho? - Falou arqueando uma de suas sobrancelhas.
- Claro que não, por que estaria? - Mentiu.
Ele sorriu novamente.
- Você é transaparente Deinert, te conheço por inteira. - Mordeu o lábio inferior. - Não tenta mentir para mim.
A maneira como ele modia seus lábios era tentadora para Sina. A tensão sexual que rondava ali era intensa demais para a platinada. Engoliu seco.
- Você é meio metido, não?
- Sou apenas sincero. Você não pode negar que sou bonito e tentador demais para você e sua amiga lá de baixo. - Sorriu novamente.
Ela desviou o olhar dos olhos dele incomodada.
Ele estava certo, os traços dele eram perfeitos demais para um homem só. O modo como deixava ela excitada era diferente, Deinert não ficava daquela maneira com qualquer um.
Felizmento o pedido chegou e cobriu toda a mesa.
- Tenho uma surpresa para você depois que terminar de comer. - Falou dando um gole na sua água.
Ela franziu o cenho.
- O que é?
- Se é surpresa eu não vou falar, gênio. - Colocou um sushi na boca.
Deinert revirou os olhos.
- Posso te fazer uma pergunta? - Falou Urrea e Sina acentiu com a cabeça. - Você sabe muitas das minhas histórias, não acha que me deve contar alguma das suas? Sei que sua vida não é um mar de rosas.
- Tudo bem... - Respirou fundo. - Não acredito que vou fazer isso.
- Sina, se...
- Cala a boca.
Soltou seus hashis e voltou a falar.
- Quando tinha doze anos meu pai descobriu que minha mãe havia o traido com outro cara. Ele terminou com ela e a mesma saiu de casa, me deixando sozinha com meu pai. - Lubrificou os lábios com a língua. - Naquela época apenas ela trabalhava e era com aquele dinheiro que ela recebia que nos sustentavamos.
- Por que ele não trabalhava?
- Havia sido demitido de um outro emprego e foi difícil encontrar outro. Quando ela foi embora perdemos tudo, ninguém da família queria nos sustentar. Eram um bando de ipócritas e ainda são. Teve um dia em que a força de casa foi cortada. Ficamos sem luz por dois meses, as comidas que restaram na geladeira haviam apodrecido. Tivemos que começar a pedir dinheiro no semáforo, eu dançava e como era criança muitos tinham pena de nós.
- Sina... - Ele segurou a mão dela por cima da mesa.
- Ela voltou e agora está atrás de mim, querendo minha guarda. Eu tenho dezoito anos, posso decidir minha vida. Ela não vai me ter de volta, não vai. - Os olhos dela se encheram de lágrimas.
- Para! Eu não quero mais ouvir, isso já é o suficiente. Não quero te ver chorar, de jeito nenhum. - Ele olhou para o palco de karaoke que havia no restaurante. - Gosta de big time rush? - Perguntou ainda olhando para ele.
- Gosto, mas por que?
- Já volto.
Ele andou até o palco, Sina franziu o cenho e logo sorriu ao ver ele pegando a guitarra e chegando perto do microfone.
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ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩
Romance📂 : 𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐂𝐄𝐋𝐄𝐒𝐓𝐄𝐒. ㅤ ─── 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 + | ❝ não gosto de me apaixonar. Fico vulnerável e maleável, o que já é ruim o bastante. Me apaixonar por você acabaria comigo ❞. 𝓞𝙣𝙙𝙚 𝙣𝙤𝙖𝙝 𝙤𝙗𝙧𝙞𝙜𝙖 𝙖 𝙨𝙞 𝙢𝙚𝙨𝙢𝙤 𝙖 𝙣𝙖̃𝙤 𝙨𝙚...