ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩

nine.

O final de semana havia finalmente chegado. Sina pode dormir até tarde, porém acordou com a famosa luz do sol batendo em seu rosto.

Calçou suas pantufas e andou até a janela, na intenção de abri-las. Fez isso com vontade, queria poder ver o céu completamente azul e ir a praia, se divertir na água do mar.

Porém sua expressão de felicidade virou de tédio, o tempo estava fechado. Era apenas o sol da meio dia que a enganou. Abriu a porta de seu quarto e desceu as escadas batendo os pés no chão.

- Bom dia filha. - Seu pai falou enquanto lia seu jornal matinal sentado em seu sofá. - Por que está irritada?

- A semana inteira faz calor, agora quando eu posso ir a praia o tempo fecha. - Falou abrindo a geladeira e pegando um suco de laranja de caixinha. - Porra de azar.

- Olha a boca! - Falou o mais velho.

A garota despejou o suco em um copo de vidro e logo o guardou de volta na geladeira. Colocou um pouco de cereal em uma vasilha, odiava misturar a comida com leite.

Se sentou na mesa e começou a saborear sua refeição.

- Sina, não tive tempo de perguntar. - Fechou seu jornal e andou até ela. - Quem é aquele Noah?

Revirou os olhos.

- Apenas um garoto que entrou no colégio esse ano, que me viu desmaiando e resolveu ajudar. - Deu um gole no seu suco. - Nada mais que isso.

- Não era muito bem isso que parecia quando ele te viu deitada na maca cheia de tubos pela primeira vez. - A platinada franziu o cenho. - O olhar dele era preocupante, mas de um jeito diferente.

- Pai, não come... - Foi atrapalha pelo toque de seu celular.

Pegou o mesmo e atendeu.

- Alô?

- Falei que aquilo não acabaria daquela maneira. - Reconheceu a voz na hora, sentiu o arrepio percorrer seu corpo.

- Mãe... Eu não vou me mudar.

- Tem certeza?

- Tenho porra! Qual é a merda do seu problema? - Gritou.

- Não fale dessa maneira comigo mocinha. - Dava para ver sua raiva através de sua voz. - Cade o ingrato do seu pai?

- Não te intereça. E eu juro, da próxima vez que você me ligar eu vou trocar de número.

- Hahahaha! - Riu. - Não se vire contra mim querida, bom final de semana.

Desligou o telefone.

Deinert perdeu a fome, a voz daquela mulher lhe causava péssimas lembranças. Queria colocarpara fora tudo o que havia comido naquela manhã.

- O que ela queria dessa vez? - O homem falou colocando a mão nas costas da filha.

- Por que ela quer tanto me tirar de você? - As lágrimas grossas começaram a sair de seu rosto.

- Não chore querida, ela não merece essas lágrimas. - Se sentou ao lado dela e a rodeou em um abraço confortável. - Aquela mulher é louca e não vai te tirar de mim. - Beijou o topo da cabeça da loira. - Eu te amo muito.

[...]

Sina dançava ao som de señorita de Shawn Mendes e Camilla Cabello. Seu pai havia saído de carro para ir até o banco, que felizmente estava aberto.

A cintura de Sina balançava ao som da música sensual que soava pelo quarto. Na frente do espelho ela sorria e sentia a adrenalina escorrer pelo seu corpo em um conjunto com seu suor.