fourteen.

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Sina caminhava de volta para sua casa, estava exausta e precisava pensar.

Noah havia sofrido muito na infância e na adolescencia, porém o mesmo descontava tudo isso nas pessoas. Isso era um ato ridículo que machucava muita gente.

A ideia de lhe aconselhar um psicologo passou pela cabeça da platinada, mas logo a jogou fora, pois sabia a maneira como seria tratada.

Pegou suas chaves e a encaixou na fechadura. Abrindo a grande porta e jogando sua mochila em qualquer canto.

Pegou seu celular e debruçou no sofá da sala.

Abriu a netflix pelo aparelho, a terceira temporada de stranger things havia saído e Sina queria assisti-la mais do que qualquer coisa.

Infelizmente seu celular começou a tocar, era um número desconhecido. Sentiu um frio na barriga ao pensae em ser sua mãe.

- Alô?

- Tinker Bell? - Sina soltou um susçiro de alivio ao ouvir a voz de Noah.

- Noah, como conseguiu meu número?

- Pedi para a dramática da sua amiga. - Podia ver o quão cínico ele estava sendo mesmo estando do outro lado da linha. - Ela quase me bateu quando fui falar com ela. A garota achou que eu tivesse brigado com você e começou a me xingar.

Sina riu.

- Tá, mas porquê pediu meu número?

- Quer sair hoje a noite? - Sina não respondeu. - Quero dizer como amigos. Sina, eu nunca faria nada para você a não ser que você estivesse a favor. Pode confiar em mim.

- Tudo bem... - Suspirou. - Vamos para aonde?

- Para onde você quer ir?

- Me surpreenda.

Urrea sorriu bobo do outro lado da linha.

- Te busco as oito. Beijo.

- Beijo.

Ela desligou o telefone, olhou parao mesmo novamente para ter certeza de que a chamada havia sido encerrada.

Como um cometa saiu do sofá, pulando repetitivamente no chão com um sorriso alegre no rosto.

- Eu vou sair com o Noah Jacob Urrea caralho! - Gritou alto.

Logo percebeu o que estava fazendo e parou como uma estátua.

- Por que eu estou pulando como uma garota de doze anos após ler uma fanfic de romance? - Franziu o cenho. - E por que eu estou falando sozinha?

Pegou seu celular novamente.

13:11 pm.

Andou até a cozinha e abriu a geladeira, na intensão de encontrar algo diferente e saboroso para se alimentar. Fechou a cara ao ver apenas um prato cheio de salada.

- Como eu odeio isso. - Gruniu e pegou o prato, abrindo uma gaveta e tirando de lá um garfo e uma faca.

Se sentou na mesa irritada.

Da última vez que fez seu exame de sangue, apareceu de que o colesterol dela estava muito alto. Culpa dos macarrões instantâneos que ela tanto gostara de comer.

Agora, muitas vezes de manhã o pai dela fazia um prato repleto de verduras e legumes para a mesma.

[...]

Eram cinco horas, Deinert subiu as escadas e andou até seu quarto.

Abriu o chuveiro e tomou seu prazeroso banho ao som das velhas musicas da Avril Lavigne. Puro ícone sensato.

- Hey, hey. You, you. I don't like your girlfriend. - Cantou com o shampoo em suas mãos.

Saiu com uma toalha nos cabelos e outra ao redor do corpo. Sentiu seu corpo tremer com a mera mudança de temperatura. Jogou a toalha molhada em cima dos lençois que cobriam a cama e andou até seu guarda roupa.

- Espera aonde vamos? - Perguntou para si mesma. - Puta merda. Será que é algo chique? Não... Vindo do Noah deve ser algo casual.

Mordeu sua unha enquanto observava seu guarda roupa, que em meio de tantas roupas agora parecia pequeno.

- Eu preciso fazer compras - Remexeu suas roupas. - E parar de falar sozinha.

No final pegou um body preto com mangas e uma calça jeans verde musgo, junto com seu tênis também preto.

Secou seus cabelos platinados e os prendeu em um rabo de cavalo. Escovou seus dentes e pegou sua maleta de maquiagem.

- Okay Sina, não exagera. Por favor, não exagera. - Pegou uma base e espalhou pelo seu rosto, logo após um rímel e um gloss sem cor alguma.

[...]

Quando ouviu a campainha tocar sentiu um arrepiu pela suas veias, desceu as escadas rapidamente e abriu a porta.

Urrea usava uma camiseta branca por dentro de sua calça jeans preta, seu casaco era azul claro com as mangas brancas. Nos pés usava um tênis branco simples e em sua cabeça havia uma toca preta.

- Uou, se preparou assim para mim Deinert? - Falou sorrindo.

Sina franziu o cenho e Noah fechou a cara.

- Q- quer dizer...

Ela sorriu e logo o puxou para dentro de sua casa.

- Só um minuto. Meu pai está cuidando de alguns papéis lá em cima e preciso avisar ele que vou sair. - Quando subiu o primeiro degrau ouviu a voz de Noah.

- Filinha de papai.

Ela suspirou.

- Posso responder suas palavras da pior maneira, mas não quero estragar nossas noites te deixando chateado por algo extremamente terrível. - Ele entendeu a referência e abaixou a cabeça. - Devia usar essa toca mais vezes, fica muito bonito em você.

Ele sorriu novamente. Seus dentes eram tão brancos e alinhados que pareciam de cormercial de pasta de dentes, porém isso o deixava ape as mais atraente.

[...]

- Para onde estamos indo? - A alemã perguntou dentro do carro.

- Se perguntar isso mais uma vez vou te jogar para fora do carro. - Falou batendo o dedo indicador no volante.

- Você não teria coragem, me ama demais para isso. - Sina disse olhando nos olhos verdes agora mais claros por conta da luz do poste por onde passavam.

- Não viaja tinker bell. - Ele estacionou uma rua a frente a um restaurante de comida japonesa. - Espero que goste de peixe cru.

Os dois saíram do carro e ficaram lado a lado. Por intuito Urrea pegou na mão da garota para eles atravessarema rua.

- Noah não sou uma criança, sei atravessar a rua sozinha. - Falou sem tirar as mãos da dele.

- Não gosto de arriscar, meu naior medo são as ruas. Qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento. Não quero perder mais uma pessoa importante para mim.

Sina sorriu e apertou mais a mão dele em um gesto de carinho.

- Sou importante para você?

- Não está na cara?

xoxo

ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora