four.

6.9K 528 859
                                    

O sinal infelizmente tocou e Sina teve de voltar para a sala.

Noah a seguiu com os olhos sem ser discreto. O mesmo percebeu que ela estava muito estranha e que o motivo era ele. Mas ainda não sabia o que ele havia feito.

Deinert corou levemente, mas logo se distraiu com a voz de Heyoon na sua frente.

- Sina me empresta um lápis? - Sussurrou. - Perdi meu estojo.

A platinada soltou uma risada nasal e a emprestou um lápis.

Ela virou para frente e Sina passou seu olhar pela pequena sala. Percebeu que Noah continuava a olhando, ela não desviou dessa vez. Resolveu entrar no jogo e aproveitar para observar os traços do rosto dele.

Era delicado, sua mandíbula era bem contornada, a cor de seus olhos eram extremamente fortes, sua boca era um pouco carnuda e...

Por que ela estava analisando cada traço dele?

Porra, não conseguia parar de olhar para ele, mas queria, muito. Sentiu seu rosto ficar vermelho novamente.

Um frio tomou conta da barriga dela, o mesmo frio que sentiu quando se apaixonou por outros garotos.

"Não, Sina, não. Deve ser apenas cólica, estamos no começo do mês, deve descer menstruação esses dias. Isso..." - Pensou, mas não conseguiu acreditar nisso.

Noah percebeu o quão a garota estava confusa, sorriu de lado e virou seu olhar para o professor, que explicava uma matéria que ninguém entendia.

[...]

Any se aproximou muito de Josh em menos de vinte e quatro horas. Não podia negar que achava ele muito bonito, além de ser um cara extremamente simpático.

Josh também não podia negar que a brasileira era a garota perfeita. Seus traços e seu caráter faziam a combinação perfeita que resultava na perfeição.

A cacheada se sentou no fundo, na frente do canadense, que a chamava a cada cinco segundos. Gostou disso.

O que ele acabou de falar?
Pode estudar comigo após a aula?
Me empresta a borracha?
Que horas são?

Eram uma das coisas que Josh falava ao chama-la.

[...]

No intervalo Noah chamou Sina para conversar, em um lugar reservado. Ele a levou na sala do faxineiro, que por sorte estava vazia.

- O que foi? - A loira falou.

- Sou eu quem te pergunto. - Noah chegou mais perto. - Porra, você não pode me ignorar e depois ficar a aula inteira me encarando.

Ela abaixou a cabeça envergonhada, nessa altura ele já sabia o que ela estava sentindo.

- Fala logo. - Ele cruzou os braços.

- Você é um cara bonito que foi gentil comigo ontem. - Olhou diretamente em suas orbes. - Sou uma garota ingênua que se apaixona por qualquer um Noah.

- Eu sou qualquer um?

- Eu te conheci ontem. Por enquanto, você é qualquer um.

- Só peço uma coisa. - Chegou mais perto dela, fazendo com que consiga sentir a respiração acelerada dela. - Não se iluda, eu não me apaixono, muito menos namoro.

ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Where stories live. Discover now