five.

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Sina acordou com uma forte dor de cabeça, tomou um pequeno comprimido mesmo sabendo que aquilo não iria funcionar. Com dificuldade, caminhou até o seu colégio, as vezes tropeçava em algo que estava na calçada, porém pouco importava o que era.

Ao chegar em seu "destino" foi até seu armário e logo percebeu a presença de um ser indesejado ao seu lado.

- Eai Deinert. - Urrea falou dando um sorriso maroto.

- Oi. - Falou desanimada.

Noah percebeu o desanimo em sua voz e seu sorriso se desfez. Era incrível que mesmo a conhecendo em poucos dias, já se preocupava muito e conhecia muitas partes dos sentimentos dela.

- O que aconteceu dessa vez? - Cruzou os braços, logo após de fechar seu armário e encostas suas costas no mesmo.

A loiro revirou com os olhos com a tanta grosseria dele.

- Só não acordei muito bem. - Fechou seu armário com fraqueza, mas isso foi o suficiente para perder o equilíbrio.

Com agilidade, Noah rodeou a cintura dela com suas duas mãos grandes e geladas.

- Sina é melhor você voltar para casa. - Disse ajudando ela a se sentar no chão junto a ele. - Sua pele está pálida feito papel e você não consegue nem parar em pé direito.

- Não... - Colocou a mão na cabeça. - Eu vou ficar bem.

- É melhor eu te levar para a sala, antes que tudo vire um tumulto. - Pegou ela pelas mãos, a mesma se deixou levar. No fundo sabia que precisava de ajuda, mas como sempre ficou calada.

Com as mãos ainda juntas, ele caminhou ao lado dela e a ajudou a se sentar. Noah se agachou em sua frente, para ficar quase do tamanho da mesma.

- Eu posso te levar para casa, se você quiser. - Ela rejeitou com a cabeça. - Porra Sina colabora, olha o seu estado, tente pelo menos cuidar de si mesma e não agradar a mim!

Nesse momento ele foi atrapalhado por Diarra, que percebeu de longe que a alemã não estava bem.

- Sina, o que aconteceu? - Pegou em sua mão.

- Não é nada. Não quero ser grossa, mas por favor, será que podem me deixar em paz? A voz de vocês só está piorando a porcaria da minha dor de cabeça.

- Tudo bem. - Diarra se levantou. - Qualquer coisa, sabe que estou aqui. - Deu um piscadela antes de se sentar no seu lugar.

- Você é mesmo a merda de uma mal agradecida. - Noah falou com um sorriso cínico no rosto. - Tem várias pessoas em sua volta querendo lhe ajudar e você as agradece dessa maneira?

A voz de Urrea soou pelos ouvidos de Sina, a fazendo se arrepiar. Queria vomitar, sua dor de cabeça só piorava e o efeito não foi pelas palavras, e sim pela intonação da voz dele que a deixou mais enjoada ainda.

- Noah... - Respirou fundo, tentando recuperar o ar que inspirava segundos atrás. - Eu só... Preci...

A dificuldade de falar foi aparecendo e logo se sentiu leve, mais do antes. Noah pegou em seu rosto e balançou seus ombros, porém logo as pálpebras de Sina ficaram pesadas, se fechando rapidamente.

Urrea desesperado a pegou em seus braços, aconchegando a mesma no colo. O garoto pediu ajuda, ela precisava de um médico.

[...]

Deinert abriu os olhos com dificuldade, a luz da lâmpada estava incomodando sua visão sensível, por conta da cor clara de seus olhos.

ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Where stories live. Discover now