thirty five.

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O tempo parecia passar cada vez mais rápido se passou três dias desde que Sina brigou com seu pai. Ele não tirava aquilo da cabeça, Deinert resolveu ignora-lo, não completamente, mas não se falavam mais como antes.

A platinada se machucou com isso, mas era necessário para seu pai aprender a não obrigar ela a fazer algo que a deixaria mal para caramba.

- Não Sina, não tem como ficar bem, ele morreu e não vai ter o segundo filme. - Sabina chorava no telefone, um cara de um filme morreu, deixando sua amada sozinha e triste.

- É apenas um filme Sabi, nada mais que isso. - Deinert repetiu pela milésima vez.

- VOCÊ NÃO ESTÁ AJUDANDO SABIA? -Gritou.

- O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA? - Gritou de volta. - ELE MORREU E NÃO VAI VOLTAR, MAS VOCÊ VAI ESQUECER PORQUÊ É UM FILME!

- Quer saber, tchau!

Sina revirou os olhos com o drama da amiga. Sabia que daqui algumas horas ela ligaria de volta, provavelmente falando de Natalie.

A platinada pôde conhece-la. A ruiva era mesmo uma garota muito simpática e bonita, além de combinar bastante com Sabina.

Resolveu sair do seu quarto e ir pegar um copo de água na cozinha. Com muita preguiça saiu de sua cama e abriu a porta do quarto.

Desceu as escadas rapidamente e foi até a cozinha. Viu seu pai com alguns papéis espalhados por cima da mesa, ele parecia concentrado.

Pegou o copo e o encheu de água gelada, bebeu o mesmo com pressa.

- Será que podemos conversar? - Ele perguntou tirando seu óculos e se virando para ela.

- Não tenho o que falar com você. - Respondeu seca.

- Mas eu tenho. Pelo menos me escuta! - Implorou, ela cruzou os braços, esperando ele continuar. - Desculpa se eu te deixei chateada, mas quero que você tenha uma boa relação com sua mãe, porque talvez eu tenha que ir trabalhar em outra cidade!

- O que? - Sua voz saiu como um sussurro.

- E então ela vai trazer a filha dela e seu marido para virem morar aqui, com você. - Se levantou da cadeira. - Não posso te deixar aqui, sozinha. Tenho medo de que aconteça algo.

- Eu sei me cuidar sozinha.

- Não Sina, não! Eu só quero o teu bem e nem isso você deixa eu fazer. Pare com essa teimosia pelo menos uma vez, por favor! - Aumentou seu tom de voz.

- Eu vou morar com o Noah. - Sentiu seus olhos se encherem de lágrimas.

- Não posso me aproveitar dele assim filha...

- Ele não se importa, eu juro. - Falou indo até a escada. - Não precisa se preocupar quanto a isso, fique com o seu trabalho. Vou ficar bem sem minha mãe e agora, sem você.

Subiu as escadas rapidamente e fechou a porta do quarto.

Iria perder o que tinha de mais precioso. Seu pai. Sua única família.

Começou a chorar e soluçar. Se deitou em sua casa e abafou seus gritos no travesseiro. Queria colocar tudo para fora, desabafar e receber conselhos. Sabia mesmo auem poderia lhe ajudar.

Pegou seu telefone e limpou os olhos, depois de dois toques a ligação foi atendida.

- Boa tarde Sininho, não consegue ficar mais de duas horas sem mim, não é? - Noah brincou.

- Eu preciso conversar com alguém, pode vir me buscar?

- Está chorando? - Ela não respondeu. - Chego em menos de quinze minutos.

ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Where stories live. Discover now