ventos celestes. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩

eleven.

Noah acordou com a luz do sol batendo em seu rosto, sentiu um peso em cima de si. Olhou para baixo e viu Sina com olhos fechados e deitada em seu peito.

Sentiu a respiração calma dela bater contra a camiseta branca. Passou a mão levemente nos cabelos loiros platinados dela.

A garota se mexeu um pouco, rapidamente abrindo os olhos e se espreguiçando.

- Ei, meu rosto. - O garoto falou ao sentir a mão dela em sua face enquanto se esticava.

O mesmo sorriu.

- Desculpa - Falou com a voz rouca. - Que horas são?

- É cedo, se quiser pode voltar a dormir.

- Não. - Olhou para o rosto dele. - Quero ficar com você antes que o velho Noah volte. - Deu um selinho nos lábios de Urrea, mas o mesmo se separou dela com o cenhi franzido.

- Velho Noah?

- Sim, aquele Noah antipático e bipolar para caralho.

Ele sorriu falsamente.

- Se me odeia nesse ponto então por que ainda está perto de mim?

- Noah por favor, não começa. - Falou segurando a mão dele em um gesto de carinho.

- Não começar? Sina, você tem noção do que acabou de falar? - Falou se levantando bruscamente e pegando a chave de seu carro em cima da mesinha. - Porra, por que você tem que ser assim?

- Ser assim? - Se levantou ficandl de frente para ele. - Já viu como você me trata? Eu odeio esse seu jeito de machão ridículo!

- Ótimo. - Andou até a porta. - Agora vai ser mais um alívio na sua vida. Espero que não volte a falar comigo cheia de carinho dizendo que gosta de mim depois disso.

- Noah... - Antes de dizer algo ele bateu a porta da sua casa.

Sina se sentou no sofá e cobriu seu rosto com as mãos, seus olhos se encheram de lágrimas, o que era ridículo. Ela sabia que sairia machucada, mas de qualquer maneira se arriscou.

- Filha? Está tudo bem? - O pai falou do alto da escada.

- Não, mas também não irei contar sobre o que é.

- Tudo bem. - Respeitou a alemã. - Vou voltar a dormir, qualquer coisa me chama.

Ela não respondeu e ele voltou para o seu lazer.

Sina respirou fundo e pegou seu celular, logo mandando uma mensagem para Sabina.

Preciso da sua ajuda.

[...]

A campainha tocou e a alemã abriu a porta, dando de cara com a mexicana com os cabelos bagunçados.

Ela entrou e logo se sentou sem dizer nada.

- Você escreveu com um ponto final, estou preocupada Sina.

A platinada se sentou ao lado dela.

- É o Noah - Engoliu seco. - Tenho muito para te contar, mas tem que prometer não falar para ninguém.

- Prossiga.

- Desde que eu conheci ele não nos damos muito bem. Ele é muito bipolar e antipático, mas quando seu humor está bom ele é uma pessoa completamente diferente.

- De um jeito bom? - Perguntou a morena.

- Sim, de um jeito maravilhoso. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Esses dias eu passei mal no Colégio e ele me levou ao hospital.

- O que aconteceu?! - Perguntou preocupada.

- Não me alimentei direito, nada demais. Continuando, ele ficou lá comigo, ficamos nos encarando e desde lá senti algo estranho. - Respirou fundo. - Ele não namora, apenas transa com um bando de garotas.

- Merda... - Sabina murmurou.

- Ele tem um problema que aconteceu na infância dele, mas eu não vou contar. Ontem de noite ele veio até aqui por conta disso, ele estava todo molhado pelo fato da chuva e quase bateu o carro. Ele estava chorando muito. Ajudei ele a se secar e ele foi tomar um banho, também dei comida para ele.

A platinada lubrificou os lábios com a língua.

- Nos beijamos e ele dormiu comigo.

- O que?! - Hidalgo arregalou os olhos.

- Dormir não é o mesmo que transar porra! - Sorriu. - Agora quando ele acordou brigamos de volta e acho que ele não quer voltar a falar comigo.

Sina colocou as mãos na cabeça e fechou os olhos.

- Você pode tentar muda-lo. Mas acredite, vai ser muito difícil.

- Como vou fazer isso?

- Tente conversar com ele, seja você mesma. Conheça ele melhor e veja se você quer mesmo isso. Se quiser, tente faze-lo se apaixonar.

- É fácil você dizer isso, ooha para você e agora para mim. - Falou cabisbaixa.

- Ei nada disso. Você é maravilhosa do seu jeito, seu caráter é o que eu mais amo em você. Sua maneira de como ajudar os outros, se eu não tivesse afim daquela garota, acredite, eu já teria beijado essa sua bica faz tempo.

Sina riu logo em seguida corando. Como resposta recebeu um abraço da amiga.

- Só não fica chateada, por mim. - Segurou as mãos dela. - Quero ver as ruguinhas que formam ao lado de seus olhos quando você sorri.

- Eu te amo tanto Sabi.

- Eu sei, eu sou incrível.

xoxo