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Capítulo Cinco

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Capítulo Cinco.

"...Você deveria visitá-la. Ela sente a sua falta. Sofro por não poder dizer a razão pela qual você nunca retornou, ou respondeu suas missivas. Volte..."

Trecho da carta do Conde  Harry Styles escrita à Georgiana, quatro anos antes.

Harry não sabia se praguejava, se amaldiçoava suas próprias atitudes ou se concentrava em ignorar o desejo latente que aquecia sua epiderme como se fosse fogo vivo. Tentou respirar fundo, tentou controlar o próprio corpo, mas ele não obedecia. Apenas um banho gelado o faria se acalmar, talvez, pensou ele enquanto se dirigia à banheira, onde água mais morna do que ele necessitava o esperava, nem mesmo a água gelada fizesse o calor se dissipar.

Desatou as abotoaduras, encarando a água transparente ondulando dentro da banheira. Observou a si mesmo, se convencendo de que não era digno de alívio. Havia cruzado uma linha, fora além do que os limites de Georgiana se estendiam. Sabia o quanto ela prezava a moral, o quanto sua honra e reputação eram importantes para ela. E ele tinha cruzado essa linha.

Entrou na água, assistindo as ondas baterem nas bordas da banheira e até respingarem para fora quando ele se acomodou, fazendo com que o volume da água morna subia. Segurou as bordas, a louça curvada naquela parte, os pequenos arabescos em tons pastéis sendo cobertos pelos longos dedos conforme ele deslizava as mãos por ali, ignorando a pulsação no núcleo de sua virilha, agora menos insistente. Deitou a cabeça para trás, e tentou com muito afinco não pensar em como a moça de olhos de um azul gelo estava derretida em seus braços apenas alguns minutos atrás.

Lavou o corpo depois de não restar vestígios do desejo ardente que percorrera seu corpo naquele dia, não queria correr o risco de tocar o próprio corpo, sentia-se imoral por ter avançado tanto com Georgiana. Sentira sua repulsa e vira a fúria nos olhos dela quando ela lhe disse para que não a tocasse mais, ela não queria estar próxima a ele.

Talvez porque fosse uma tentação manter seus corpos afastados, mas por mais que ela o desejasse, e ele havia sentido isso quando segurou-a em seus braços, ela fizera apenas por puro instinto. Mente e corpo não estavam em sintonia quando ela se rendeu. Sabia que se os sentidos dela estivessem em pleno funcionamento, não nublados pelas mãos exploradoras dele em sua pele, ela não teria cedido tanto. E quando voltou à sua consciência, ela o afastou.

Deitou a cabeça na borda da banheira, fechando os olhos e elaborando um pedido de desculpas em sua mente. Ela certamente o ignoraria no que se refere a esse assunto, não o destrataria pois ele era o dono daquela casa e ela era sua governanta, trabalhava para ele e lhe devia respeito, mas se ele tocasse naquele assunto ela o afastaria. Sabia como a mente dela funcionava. No entanto ele lhe devia um pedido de desculpas.

Se vestira o mais apropriadamente que podia para um simples jantar em um dia normal em sua casa. Normalmente não se esforçava tanto para parecer apresentável socialmente quando comia sozinho em sua casa, afinal era o conforto de seu lar então ele usava vestimenta simples e confortáveis. Nada de colete, ou casaco, apenas uma camisa branca de linho e calça, às vezes sequer usava botas. Mas hoje estava respeitavelmente vestido.

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