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Capítulo Quatorze

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Capítulo Quatorze.

— Onde pensa que vai, Georgie?

O conde segurou gentilmente o braço de Georgiana, e a puxou para dentro do cômodo. Era uma sala de leitura de tamanho mediano, onde Harry estava a algum tempo lendo um volume sobre cultivo de leguminosas. O corredor lá fora foi atenciosamente inspecionado antes que ele fechasse a porta cuidadosamente.

No minuto em que ouviu o clique da tranca, os ombros dele relaxaram e ele se permitiu envolver os braços em torno do corpo da moça. Suas mãos deslizaram pela cintura dela, espalmadas percorrendo a extensão das costas e trazendo-a junto a si com o intuito de tê-la rente ao seu peito. Georgiana hesitou por um instante, um pouco aflita perscrutando o espaço com os olhos em preocupação. Qualquer pessoa poderia entrar ali e vê-los naquela situação. As mãos dela estavam espalmadas na altura da clavícula do conde, impedindo-o de se aproximar demais a ponto de beijá-la.

Harry fez uma careta.

— Algo errado?

O toque dele afrouxou, soltando um pouco o aperto possessivo e desejoso, tornando-se um carícia amorosa e suave.

— Não pode simplesmente me puxar para um cômodo qualquer e me beijar como se sua atitude não fosse ter nenhuma consequência.

Harry sorriu, um pouco travesso e malicioso.

— Eu vivo loucamente, senhorita Culbert. Gosto da emoção de pensar que podemos ser flagrados.

— Mas eu não.

O conde ergueu o queixo dela com o polegar e o indicador, inclinando o rosto dela para cima para que pudesse olhá-la diretamente aos olhos. Engoliu em seco quando viu aquele olhar apreensivo tomando conta das íris acinzentadas, sabia exatamente quais eram os receios da moça, e os compreendia. Porém, embora soubesse caso alguém descobrisse que eles estiveram dando escapadas para viver o seu secreto romance durante toda a semana após o episódio no escritório, a reputação dela seria maculada, as pessoas podiam ser bem cruéis quando queriam, e Harry não se arriscaria tanto com ela se não soubesse que poderia protegê-la de qualquer rumor maldoso a respeito da honra dela.

— Sabe que eu estava brincando, não corremos risco de sermos pegos em flagrante aqui. Eu fui resoluto quando disse a você que sua reputação permaneceria intacta. E eu fiz. Eliminei todo e qualquer rumor que pudesse sair dessa casa e desonrá-la. Fui bem claro com todos os funcionários quando o disse. Eles entenderam muito bem que haverão consequências se eu descobrir que andam cochichando e espalhando maldades sob seu nome.

A moça encarou Harry profundamente nos olhos, percebendo que as duas lindas íris cor de esmeralda brilhavam intensamente em pura sinceridade. Ele era um homem honesto e honrado, se ele dizia que ela estaria protegida das fofocas das más línguas então ela deveria acreditar e confiar nele, certo?

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