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Capítulo Doze

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Capítulo Doze.

O conde não queria, mas a parte racional de seu cérebro dizia que manter distância de Georgiana agora era o melhor a se fazer. Ele não queria ser precipitado, não queria que nada acontecesse rápido demais, (muito embora o que acontecera entre eles já havia sido mais do que rápido) desejava tê-la por perto mais do que nunca mas tinha ciência de que ela certamente precisaria de tempo para pensar, para assimilar o que houvera acontecido naquela madrugada.

Então daria tempo a ela, mesmo que não tivesse pedido.

Quando se levantou pela manhã, se sentindo mais forte e revigorado, para escrever um bilhete direcionado à casa da senhorita Georgiana Culbert, ele confiou na promessa que a moça lhe fizera. Voltaria para ele.

Fora avisado que a moça já havia saído, de volta para o chalé, que tinha ido em segurança e havia sido deixada na porta de casa também em segurança, o que não deixou de causar um alívio em Harry, visto que se preocupava muito com o bem estar dela, praticamente tanto quanto se preocupava com a própria vida, e era indispensável ser informado todos os dias se ela havia chegado em casa bem.

Duas horas depois, quando já tinha tomado um banho quente, se alimentado e se vestido devidamente, Harry pediu que seu cavalariço levasse o bilhete até a casa de Georgiana. Em seu escritório, o conde sequer tentou manter sua cabeça focada no trabalho, nos papéis dispostos em sua mesa, planilhas com os lucros das propriedades esperando para serem analisados e colocados em uma planilha, não, Harry não se esforçou para se concentrar nisso. Tudo em que ele conseguia pensar era na noite anterior.

Não sabia como as coisas tinham mudado da água pro vinho. Pensou que ela ficaria distante depois de tê-lo flagrado em seu quarto, e não errou ao considerar essa hipótese, já que ela havia agido de maneira muito evasiva e até mesmo agressiva com ele na carruagem quando fora resgatá-la do temporal, e então ele lhe dissera que ela teria que ficar na mansão naquela noite, e a reação dela não fora a melhor.

E então ela sorrateiramente entrou em seu quarto à noite, para verificar como ele estava, ela havia prestado atenção às tosses dele, presumira que tinha ficado doente após a exposição à chuva gelada, e fora até lá movida pela preocupação deixando de lado o orgulho.

Havia prova maior de que ela se importava?

Harry pensara que não, e se regozijou com o pensamento de ser cuidado por aquela mulher maravilhosa, para sempre.

Lembrou-se de como ela fora amável, sobre como ficara horas ao lado dele, esperando que a febre baixasse, mantendo-o limpo e trocando seus lençóis da maneira mais cuidadosa possível. Das mãos dela tocando a pele quente e sensível dele enquanto ele estava em um momento de pura vulnerabilidade.

Afastou o pensamento de que ela tivesse se compadecido dele por culpa, porque ele sabia que ela poderia muito bem se considerar a culpada por ele ter ficado em tal estado de enfermidade, e então o tivesse beijado por pena depois que ele houvera insistido e provocado tanto esperando que ela cedesse aos seus avanços.

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