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Capítulo Nove

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Capítulo Nove.

Georgiana se contorceu na cama. Era uma enorme cama de dossel e os lençóis eram extremamente macios, além disso, as roupas de dormir da irmã mais velha do Conde couberam perfeitamente nela, e eram feitas dos tecidos mais finos.

Mas ela ainda sentia-se desconfortável.
 
Talvez por ela estar sob o mesmo teto que Harry, mesmo que estivesse em outro quarto provavelmente um pouco gripado ela ainda sentia a presença esmagadora dele, ou ainda por estar ciente de que o quarto dele ficava apenas a um corredor e algumas portas de distância. Tão perto, pensou ela. Se saísse da cama e caminhasse pelo corredor encontraria o quarto dele, só precisaria dobrar uma esquina e seguir em frente, a porta dele era a última, a grande e imponente porta pela qual ela esteve espionando por entre as frestas mais cedo.

Ou talvez estivesse desconfortável e se revirando no colchão sem conseguir dormir por sentir que estava abusando da hospitalidade de seu patrão, ou por ter sido servida pelos criados dele como se fosse dona da casa, tomara banho de água quente na banheira daquela suíte e usara os óleos e sabonetes perfumados pra se limpar, e sabia que receberia olhares atravessados no dia seguinte, aquelas camareiras fofoqueiras, obviamente espalhariam boatos e toda a fazenda saberia que ela dormira em um quarto naquela mansão, e não fora na ala dos empregados.

Até tentara discutir com Harry que havia uma cama sobrando na ala dos funcionários e poderia dormir naquela parte da casa, e dessa forma proteger sua reputação, embora pensasse que já estava arruinada. Sua consciência lhe dizia isso, depois do que presenciara naquela casa sua honra não era mais a mesma, havia sido maculada e sequer podia culpar Harry por isso.

Não fora surpresa para ela quando, em meio a um ataque de tosse e outro, o conde praticamente lhe ordenou que dormisse no conforto do quarto de hóspedes. Não que as acomodações dos funcionários fossem miseráveis, o conde jamais permitiria que seus empregados dormissem em condições precárias, mas ele levou em conta o fato de que Georgiana vinha de uma linhagem de barões, era filha de Sir Jacob e não poderia dormir em qualquer outro lugar que no fosse aquele quarto de hóspedes. Ninguém disse nada, nem mesmo Georgiana, não depois que Harry lhe olhou com olhos verdes injetados de algo próximo a raiva, e logo em seguida voltou a tossir como um enfermo de tuberculose.

Ela não disse nada, mas teve pena da expressão cansada e doente que começara a dominar as faces dele. Ficou incomodada com o modo com o qual ele subiu as escadas, com a palidez de sua pele e o aspecto nada saudável de seu rosto. Não disse nada pois provavelmente havia alguém responsável por cuidar dele em seu quarto, talvez até já tivesse sido medicado e dormisse tranquilamente.

Talvez...

Se levantou da cama, a chuva havia abrandado algumas horas antes e ela sabia que amanheceria em três ou quatro horas, ela definitivamente não conseguia dormir. Também pensava em seu irmão, Michael tinha perdido muitas coisas e não gostava de estar sozinho, era mais fácil que adormecesse se sua irmã estivesse por perto, assim poderia correr para a cama dela caso se sentisse sozinho ou com medo, e agora estava em casa, depois de uma tempestade, e Georgiana não poderia fazer nada sobre isso. Na manhã seguinte assim que o sol nascesse iria pedir algumas horas para ir até sua casa e checar seu irmão, não achava que Harry lhe negaria isso, mas caso se opusesse ela poderia pedir para que outra pessoa verificasse seu irmão.

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