Nos reunimos aos demais e fomos levados à sala de jantar real, onde me sentei entre Zamask e Zaira e me surpreendi que meu pai estivesse de frente conosco ao lado da mãe deles em uma conversa amigável.
Eu era observadora o suficiente para notar o olhar da viúva sobre o general e perceber que ele gostava da atenção dela, mas não notara seu interesse romântico. Não queria encarar, então me mantinha em olhadas discretas, ou assim pensei...
— Eu sei, minha mãe está babando no seu pai há mais de uma década. – Zaira cochichou no meu ouvido e tive que sufocar uma gargalhada, engasgando com o vinho que estava bebendo no momento.
— O que houve? – Zamask perguntou surpreso, com a mãe dele e meu pai nos olhando.
— Estava contanto a Phoebe da vez em que você achou que podia voar e se arremessou do quinto andar. – Zaira mentiu descaradamente.
— Eu tinha doze anos! – ele se defendeu.
— Burrice geralmente se apresenta cedo. – Ela deu de ombros e eu ri.
O jantar foi bem, o rei anunciou meu casamento com Zamask para pontuar a aliança com os humanos, vez que vim representando-os e ficou evidente na noite anterior que eles me ouviam e seguiam meu comando. Assim, me vincular à família real vampira, daria um motivo para os humanos não nos atacarem logo depois da guerra.
— Espero que isso não queira dizer que vai encher nossa cidade com esses seus amigos humanos senhorita. – Um dos conselheiros que eu não conhecia disse e eu nem me dei ao trabalho de responder apenas revirei os olhos.
— Estou mais preocupado com o tipo de poder de fogo que esta oferecendo a eles. – Outro se manifestou.
— Fui claro quanto a minha opinião. Não acho que alguém com genes inimigos seja confiável. – Um terceiro falou. Zamask apertou minha mão para que não me manifestasse.
— Mas depois da guerra sua influência termina. Duvido que os humanos ainda a apoiem quando tudo terminar. Já pensou que suas armas podem se virar contra você Srta. Phoebe? – o segundo insuportável me perguntou.
— Sim. Dos dois lados. – Estreitei os olhos para ele.
— Se é tão inteligente já pensou em uma saída, não é? – ele pressionou.
— Iara tranque todas as rotas de fuga e aponte as armas. Alvos: membros do conselho. – Comandei calma pegando um pedaço de doce do meu prato de sobremesas com o garfo e o levando aos lábios.
Todos, apenas com exceção de meu pai, arregalaram os olhos quando todas as persianas, portas e saídas se lacraram conosco lá dentro e das paredes e sistemas de segurança saltaram armas laser com miras apontadas para os conselheiros.
— O que significa isso senhorita? – o rei se exaltou.
— Se pensei no pós-guerra? Obviamente sim. – Mastiguei o doce com calma.
— Como invadiu nossos sistemas? – um dos conselheiros perguntou assombrado.
— Atualmente estou dentro de todos os sistemas de todo o mundo e fora dele. Posso dar ordens aos seus sistemas, aos humanos e aos Sektas. Acham mesmo que vou entregar a vocês ou aos humanos, armaduras com enorme poder de fogo e deixar meu rabo na mira? São muito ingênuos, senhores. Sou Phoebe WrathUtter. Se meu pai não é exemplo o suficiente do que podem esperar de mim, não se preocupem não vou deixá-los me esquecer. – Pisquei para o rei.
Voltei a atenção para minha pulseira.
— Iara, desativar ofensiva, liberar as rotas de fuga e diga boa noite aos presentes piscando as luzes duas vezes. – Tudo voltou ao normal e as luzes piscaram duas vezes como mandei – Ah! Também aumente um pouco a ventilação, por favor, o cheiro do medo dos conselheiros está ardendo meu nariz. – Terminei petulante e meu pai gargalhou, junto com Zamask e Zaira.
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O MUNDO que você não quer conhecer
General Fiction**** OBRA CONCLUÍDA **** O mundo que você conhece se foi, ruiu, desapareceu... E então no lugar o meu surgiu, cresceu e se estabeleceu. Enquanto sua história se iniciou com vida e evolução, a minha vem da morte, invasão e destruição. Enquanto sua...