Capítulo 67 - O Casamento do General

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Meu pai não teve tempo de trocar o último beijo da cerimônia com Ether, antes que uma explosão assustadora rompesse o escudo da cidade e uma chuva de aço e concreto caísse sobre nós.

Mesmo com a bolha de proteção da pulseira, ainda fomos arremessados longe pela explosão que nos acertou.

— Mandaram a outra nave de exploração que estava mais perto iniciar o ataque! Já sabem que a minha foi capturada. – Dak nos contou aos berros para ser ouvido, mesmo que estivesse perto, pois caiu a menos de um metro de mim e Zamask.

— Que porra de arma foi essa que usaram? – perguntei, me levantando meio tonta.

— Aperfeiçoamos o canhão de prótons. Os disparos, agora tem dupla função, pulso eletromagnético, para desarmar o inimigo, e, obviamente, a carga ofensiva. – Ele explicou.

— Obrigado por nos contar apenas agora. – reclamei.

— Não há o que fazer, Phoebe. Por isso não interferi com o seu plano de interceptá-los no espaço. Se as grandes naves de batalha e a colonizadora entrarem na atmosfera não temos chance. – ele exalou.

— Um problema por vez. Como destruímos essa coisa? – Zamask nos chamou ao presente.

Cinco armaduras autônomas já estão cuidando do problema. – Iara nos informou pelo brinco.

— Como você não os viu chegando? – perguntei a ela.

Porque o bloqueio de sinal que implantei nas armaduras é tecnologia deles. Logicamente suas naves estão equipadas com o mesmo programa. – Iara respondeu.

— Tem que haver outro meio de detectá-los! – eu tentava pensar apesar do caos ao meu redor.

— Sim, mas agora temos que sair daqui. – Zamask evidenciou indicando o buraco imenso na parede, que abarcava uma parte do teto e piso, na lateral do prédio.

Ninguém discutiu com ele. Todos corremos para sair dali e direto para as naves civis. Meu pai levou sua nova esposa para nossa casa, juntamente com o restante da família real. Eu segui com Zamask e Dak na nave de Zamask.

No caminho, pude ver ao longe uma nave aparecer no ar, com uma explosão espetacular de dentro para fora.

— Iara?

Explodi uma armadura em potência máxima no reator da nave. Com o bloqueio de sinal, pude introduzir duas armaduras na nave, enquanto as outras três a atacavam por fora, chamando a atenção dos tripulantes. – ela contou.

— Mas aquela merda agora está caindo na área desolada, Iara! – evidenciei, enquanto via, junto com Zamask e Dak, a coisa toda despencar do céu.

Eu vi. Já mandei outras oito armaduras para o local, para dar fim aos sobreviventes. – ela tentou me acalmar.

— As armaduras não têm a velocidade deles. – Dak observou, mexendo nos controles de sua pulseira.

— Você tem uma armadura na base? – Me virei para ele.

— Já direcionei-a para casa. – Ele deu um último comando na pulseira.

— Estamos descendo. – Zamask informou.

Ele mal estacionou a nave e corremos para dentro. Minha armadura vinha sozinha pelo corredor para a sala e toda a família real estava ali reunida.

— O que vocês estão pensando em fazer? – Zaki perguntou, me vendo, arrancar o vestido, ficando de lingeries e começar a desmontar a armadura em pé à minha frente, colocando em mim mesma.

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