Capítulo 60 - Dylan

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Duas noites depois, voltamos à base humana com os representantes humanos e meus amigos. Mas agora Iara nos acompanhava, em seu corpo robótico.

Com uma boa equipe de técnicos e Dak, os reparos na nave sekta não levaram mais do que um dia e agora o seknach liderava as equipes de manutenção, limpeza e reconfiguração na base para que a nave nos obedecesse e pudesse realmente ser uma vantagem na batalha.

Em paralelo, ele auxiliava Zaira no CCTV, com melhorias em todo o equipamento que produziam freneticamente para a guerra. Então não foi desta vez que teve a oportunidade de conhecer melhor a outra espécie dominante do planeta.

Ele seria alojado conosco tão logo os sistemas e construções que auxiliava pudessem se manter por si, mas temporariamente habitava um alojamento na base para ficar mais perto de seu trabalho. Portanto não o vira desde que deixei a nave.

Ao chegarmos na base humana, descobri que apesar de Kallox já ter montado o novo computador na central de construções e colocado os dois sarcófagos para funcionar, as construções ainda eram muito mais lentas do que as vampiras.

Porque não foram capazes de reproduzir tantos equipamentos do CCTV, sem os materiais necessários e como Kallox não pode ficar, tendo que ir nos socorrer, os humanos não tiveram tempo de aprender a mexer em tudo devidamente.

— Nem acredito que vamos conseguir acelerar a construção dos componentes menores! – Magic comemorou, quando chegamos.

Outros humanos que trabalhavam com ela perguntaram sobre o melhor uso do equipamento e Kallox imediatamente sentou-se frente ao computador, o ligando na rede humana e baixou os projetos dos componentes para os trajes. Abasteceu os dois sarcófagos mostrando a eles como fazer o equipamento funcionar de maneira correta.

Em minutos havia material pronto para uso. O que eles teriam levado horas construindo e que geralmente ele ou Magic precisava revisar e consertar antes de usar, agora estava perfeitamente pronto.

Unindo isso a sua velocidade de trabalho, lhes dava uma vantagem enorme. Agora ele pedia várias unidades de cada equipamento e conforme os sarcófagos liberavam ele ia colocando nas armaduras prontas, que aguardavam apenas esses componentes para funcionar.

Entrei em contato com meu pai e fiz a solicitação de mais três computadores e três sarcófagos, para que pudessem ser usados também pelas outras áreas de construção humana.

— Iara não podia construir esse equipamento, sem que tivéssemos que esperar o general nos mandar? – perguntou Tecno.

— Sim, mas levaria mais tempo do que o general nos enviar. – Iara respondeu por mim – Não tenho as peças disponíveis, teria que confeccionar cada uma delas no sarcófago. Para isso teria que desconectar um sarcófago e deixar de atender Kallox e cada equipamento completo, levaria dois dias para ficar pronto.

— Nossa! Achei que poderia ser mais rápido. – Tecno se surpreendeu.

— Se a fábrica dos equipamentos fosse aqui, seria. Iara simplesmente poderia tomar o controle e os teríamos em algumas horas, mas nem adianta ela tomar a fábrica, estando na Cidade Real. – esclareci.

Depois disso voltamos a discutir o que precisávamos melhorar nas construções e por fim decidi fazer uma visita ao centro comercial humano. Como apenas Magic, agora estava com disposição, se voluntariou para me acompanhar. Fui para a casa designada para nós, dormi um pouco e à tarde me preparava para sair, pois Magic foi me buscar e Zamask ficou bravo, porque era dia e ele não poderia ir.

— Não pode esperar o sol se pôr? – ele questionou.

— Amor, preciso trocar material no intercâmbio, por dinheiro humano para diminuir nossas restrições aqui. E depois do pôr do sol, esses lugares fecham. Pode nos encontrar lá, porque vou visitar algumas lojas. Como o pôr do sol é em menos de duas horas, estarei lá ainda. – o beijei me apressando para sair.

O MUNDO que você não quer conhecerWhere stories live. Discover now