Capítulo 49 - Os Resgatados

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Eu não queria acreditar no que via quando cheguei com Zamask e Squeezer no centro onde os mestiços resgatados foram alojados. As garotas se amontoavam no mesmo quarto, todas juntas e assustadas e os rapazes estavam apáticos e sem reação. Apenas alguns poucos se mantinham falantes e em outros quartos.

Havia um médico vampiro no lugar, mas estava sentado em uma mesa preenchendo alguns relatórios. Me dirigi diretamente para ele com Zamask e Squeezer atrás de mim.

— Então doutor? – cruzei os braços.

— Não tenho como examinar as fêmeas, elas entram em pânico e gritam apenas se me aproximo da porta. – Ele disse depois de me olhar direito e notar Zamask atrás de mim, provavelmente fazendo sinal para responder ou eu o esfolaria.

— Tem um consultório aqui, onde possa examinar cada uma individualmente? – perguntei prática.

— Sim. Bem atrás de mim.

— Ótimo! Se prepare que em alguns momentos trago a primeira. – Me virei indo para o quarto onde elas estavam agrupadas, nem precisei fazer sinal para Zamask entender que não devia me seguir.

— PW? – uma das mestiças me reconheceu assim que entrei marchando no quarto.

— Eu mesma. Agora chega de palhaçada! Estou aqui e vou garantir pessoalmente que ninguém vai machucar nenhuma de vocês, nunca mais. Tem um médico no final do corredor, quero uma fila bem aqui na minha frente e quero isso agora!

Squeezer me olhava surpresa, mas não disse nada.

— Você não sabe... – uma começou, mas eu cortei.

— Vai se foder! Passei por abusos por mais de cinco anos e não passava de uma criança. Ninguém esperou que eu completasse vinte e um anos para começar a me foder e me enrabar, então chega! Se eu estou de pé vocês também têm que estar. Vocês são mestiças caralho! Tem força, inteligência, velocidade. Que porra! Querem se vingar? Querem revidar? Comecem erguendo as porras das cabeças e mexendo esses rabos até a merda do médico.

— E depois o quê? – uma gritou do fundo do quarto.

— Levante-se e me enfrente sua idiota! Se quer que eu responda olhe nos meus olhos e diga o que quer. – Rebati, mas ela não veio, então continuei – Quando eu tiver certeza que passaram pela porra do médico e ele avaliou sua situação, conversamos sobre o depois. Preciso da porra da avaliação para exigir compensação para vocês suas burras.

— Que compensação? – uma perguntou tímida.

— O maldito desgraçado que as mantinha naquela merda é muito rico e ganhou essa riqueza às suas custas. Quero isso de volta para vocês. Tenho lugares que poderão habitar e ser livres, mas precisam estar bem física e psicologicamente. Para isso preciso que deixem a porra do médico olhar cada uma de vocês.

— Mas PW...

— Não se preocupe garota. Eu vou estar com esta gracinha aqui apontada para as bolas do maldito médico o tempo todo. – Squeezer sacou uma nove milímetros, sabe-se lá de onde.

— Você está armada sua doida! – me surpreendi rindo dela.

— Vai pro inferno PW. Acha que não vi que seu meio traje inimigo está repleto de armas suficientes para explodir um quarteirão? – ela riu alto.

— Vocês duas lutam? – uma veio do fundo do quarto ansiosa.

— Chutamos alguns rabos. – Squeezer deu de ombros – Quantos sanguessugas você matou PW?

— Seis. – Bufei.

— Humanos? – ela continuou.

— Dez. – respondi sem entender o que ela pretendia.

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