Capítulo 11| O Ataque indígena

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Os bandeirantes vão voltar para a aldeia indígena amanhã. Os guerreiros indígenas ficam a noite inteira derrubando árvores e cavando buracos no chão.

Enquanto isso, mulheres e crianças são responsáveis por colher capim, folhas e os restos de folhagem de coqueiros, jogando-os por cima do buraco para tapá-lo de forma que ninguém perceba a armadilha.

No dia seguinte, lá estão os bandeirantes. Dessa vez, vieram por volta de uns 150 homens, todos fardados com a roupa azul e, no lado direito do peito, o símbolo do catolicismo.

Estão todos posicionados, esperando a ordem do capitão para atacar. Os índios não estão com o mesmo medo, igual as duas primeiras vezes.

Um grito ecoa no meio da mata...

— Atacar!!! — grita o comandante, com partículas saindo de sua boca e se espalhando pelo ar.

Os bandeirantes e os guardas coloniais começam a correr para cima dos indígenas. Do outro lado, dá para ver que os indígenas estão sem medo e sem armas.

Mas, os soldados percebem tarde demais. Quando eles vão pisando naquelas folhas, palhas, e folhas de coqueiros, vão afundando e se espetando nas lanças feitas de madeira, que estão embaixo das palhas e folhas secas. Os que estão atrás dos primeiros não conseguem parar de correr a tempo e caem também.

— Isso é para vocês verem! Se voltar, vai ser pior! Eu avisei que o mundo ia cair sobre a cabeça dos homens brancos! — grita o pajé Raoni, apontando o dedo na direção do general, que está com a cabeça no ataque.

Os olhos do general começam a encher de lágrimas, pois sobe uma fúria de dentro dele por não saber o que fazer.

— Recuar! Recuar! — grita o general, fazendo o sinal com a mão.

Os que restam, fazem o que o general pediu, mas os indígenas ainda não estão satisfeitos.

— Atirem as flechas sobre eles! — exclama o pajé Raoni, apontando para os bandeirantes e o general.

Muitas flechas voam na direção deles como chuva. Alguns soldados, na hora, começam a cair de joelhos no chão.

Agora, têm poucos soldados, dando até para contar, de 150 que vieram, apenas 50 ficam vivos, contando com general.

Os portugueses não têm só interesse nas riquezas que a colônia deve ter. Os portugueses( têm, também, uma preocupação religiosa. Na Europa, a maioria dos reinos são de religião católica, que acreditam no deus dos cristãos.
Eles acham que têm que espalhar a fé cristã por outras terras, por isso, começaram a enviar padres ao Brasil a partir de 1549. Eles são conhecidos como jesuítas, padres da companhia de jesus.
O objetivo deles é fundar um colégio para ensinarem a revista a Sucupira dos portugueses. Nessa escola, os nativos aprendem a religião católica, técnicas de agricultura e alguns ofícios.
Os jesuítas são responsáveis pela catequese dos indígenas.


Santa Marta.


Lorenzo começa a passar a mão sobre seu rosto, tentando arrumar uma solução, pois Olívia nem quer olhar para a cara dele de novo.

— Olívia, por favor, vamos embora. Eu e essa mulher tivemos  uma relação há alguns meses, bem antes de você chegar. — indaga Lorenzo.

— Eu não quero saber! Quero ficar hospedada em um sobrado colonial ou eu volto para Espanha. Quero distância de você por um longo tempo. — exclama Olívia com a voz de choro.

— Tudo bem, mas vamos conhecer a fazenda, depois, você volta para a vila! — exclama Lorenzo, dando um abraço em Olívia, que coloca seu queixo sobre o ombro dele.

— Como posso confiar em você? — pergunta Olívia, olhando Lorenzo olho no olho.

— Você pode falar para as autoridades que eu quero te matar. — exclama Lorenzo. Olívia ganha um pouco mais de confiança na palavra dele.

Lorenzo vai embora de charrete. Por onde eles passam, o povo olha, por causa do bafafá que teve.

Foram uns cinco minutos até chegar na fazenda. Quando Olívia avista aquele casarão de paredes brancas e com uma varanda que dá a volta na casa, ela fica admirada.

Quando Lorenzo chega, ele se depara com todos os livres, que ele comprou na rua do comércio de Santa Marta.

— Olha quem voltou! — exclama um deles, surpreso.

— Demorei, mas cheguei! — disse Lorenzo admirado.

A vida é um jogo de Xadrez. [ Em Revisão]Where stories live. Discover now