Capítulo 17| Atentado

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- Agora deixando o assunto do casamento de lado.- fala Lorenzo prosseguindo - Fui chamado para ser Juiz de Santa Martha.

- Sério?! E qual foi sua resposta?- Pergunta Olívia admirada.

- Eu aceitei! Mas agora preciso ver se vosmecê aceita. Irei preço muito do seu apoio.

- Ah! Claro que eu aceito! É o dever da mulher, apoiar seus maridos.- Respondeu Olívia, colocando a mão na coxa de Lorenzo.

- Ao nascer do sol, irei ter que tar na Câmara municipal de Santa Marta. Vosmecê irá me acompanhar?- Perguntou Lorenzo, pegando o bule, e se servindo com um bom chá.

- Claro! Irei pedir até para a Janaína, separar meu vestido!- Disse Olívia.

- Senhor! Meu pai pediu para avisar ocê que o lado norte do canavial, está pegando fogo!- Endagou Ryan, com a respiração ofegante, pois chegou correndo.

- Como assim! Já estou indo.- Exclamou Lorenzo surpreso, pegando sua garrucha de cima da mesa, e se levantando.

- Eu também vou! - Exclama Olívia, se levantando da mesa, e pegando na verdade do vestido, para não tropeçar.

- Não... não! É melhor você ficar aqui!- Exclamou Lorenzo.

Olívia não quis nem saber de respeitar as regras de seu marido.

Ao chegar no local, Lorenzo se depara com as chamas do fogo, consumindo sua plantação de cana-de-açúcar.

- Não pode ser!- Murmara Lorenzo, surpreso, ao ver aquela cena.

- Gente me arruma um facão, por favor!- Endagou Lorenzo.

Um dos escravos trás o facão para Lorenzo, ele entra no meio do canavial, e começa a fazer uma ilha, cortando as canas, para não se espalhar, e ficar concentrada apenas em um lugar.

- Molhem a terra com água!- Gritou Lorenzo, no meio do canavial.

Mesmo fazendo tudo isso, nada do fogo apagar, agora estava tudo na mão de Deus.

- Oxalá. Mande chuva por favor!- Ora Daren, para as divindades africanas, ajudar.

- Olha o que eu Achei! No meio do Canavial - Gritou Ryan, vindo com um arma na mão na mão.

Lorenzo sai do meio do Canavial tossindo, por causa da fumaça, e vai até Ryan.

- Isso irá ajudar na busca! Dá para ver que foi algum atentado.-exclama Lorenzo, proseguindo - Prepara a charrete por favor!.

- Saia todos do Canavial! Seja o que Deus quiser!- Grita Lorenzo, fazendo o sinal com a mão.

Lorenzo vai até a charrete para ir em direção a câmara municipal de Santa Marta. Ele entra na charrete, e se acomoda, pega a arma em sua mão e fica olhando para ela...

- Só tem duas opções, a arma é da guarda real! Custódio falou que ia se vingar! E o ser Alejandro, talvez queria fazer isso para me prejudica!- Exclama Lorenzo ironizado, colocando a arma em suas pernas e a mão no queixo.

Lorenzo nunca chegou tão rápido câmara municipal, igual hoje. O charreteiro estaciona a charrete, desce e abre a porra, para Lorenzo sair. Ele sai com um pressão, de dentro da charrete, fazendo com quem quem estivesse em sua frente percebessse.

Nos largos corredores, e escritórios, Lorenzo aperta seus passos, e vai olhando de sala em sala, para ver se o Capitão estava em uma das salas
Mas o capitão não estava na câmera municipal.
Vinha dos soldados na direção de Lorenzo, quando eles se aproximaram Lorena no Exclama:

- Vosmecês sabe aonde está o capitão?.

- Ele está nas ruas de Santa Marta, vendo comportamento do povo- responde os dois soldados ao mesmo tempo.

- Obrigado!- Exclamou Lorenzo colocando sua mão na borda do chapéu.

os dois soldados falamos são a cabeça e passam por Lorenzo. Lorenzo sai pela porta com ar de revoltado, querendo matar quem fez aquilo.

- Charreteiro! Vamos orar pela vida para ver se acha o capitão.- Diz Lorenzo eu entrando dentro da charrete.

Um forte vento chega a vila de Santa Marta, leilão de tudo o que tem pela frente; raios cortam o céu, as nuvens começou a se ajuntar, o dia tirou noite.

- Não. Não pode estar acontecendo isso, se ventar o fogo vai ser alastrar no canavial.- Exclama Lorenzo, olhando pela janela da charrete, o tempo fechando.

- Sr. Lorenzo ali está ele!- Disse charreteiro, parando a charrete.

Lorenzo abre a porta e desce as pressas, para ir falar com ele.

- Fernandes! Aqui!- Gritou Lorenzo segurando Seu chapéu com a mão esquerda, e assinando para Fernandes com a mão direita.

- Que bom que eu te achei! Preciso de sua ajuda!- Exclama Lorenzo prosseguindo a falar - Algum atentado colocou fogo em minha plantação, Eu tenho um objeto que essa pessoa esqueceu!.

- Como pode uma coisa dessa! Me mostre o objeto por favor!- indagou o capitão Fernandes.

- Não está aqui comigo! Está na charrete!- disse Lorenzo com a mão em sua garrucha.

- Vamos até lá então!.

O capitão e Lorenzo, vai até a charrete, ao chegar lá Lorenzo abre a porta, e pega a arma que está no banco.

- Aqui está!.- Exclamou Lorenzo dando arma ao capitão.

- Essa é a arma!- Murmura Lorenzo, passando a mão na arma, e passando em sua mente...

- Essa arma de novo não! Ela só traz desgraça. Bem provável que foi o cigano Ruan, que colocou fogo na plantação.- Murmura o Capitão para si.

- Capitão! Capitão está bem?- pergunta Lorenzo.

- Sim! Sim! Só paralisei no tempo.- respondeu o capitão proseguindo - Essa arma ficará comigo! Daqui a uns instante eu vou até a fazenda.

Os dois se despedem, e Lorenzo entra na charrete, volta para o engenho.

Enquanto isso no Engenho...

Olívia estava sentada em sua penteadeira, e vê através do espelho um vulto, passar pelo corredor.

- Daren! É vosmecê que está aqui em cima?- perguntou Olívia.

Ela não tem uma resposta, fazendo com que ela vai até a janela do seu quarto, e vê que Daren está ajoelhado na grama e orando.

- Deve ser só uma alma que passou por aqui!- Murmura Olívia.

Ela volta para penteadeira, e se senta na poltrona. Para se arrumar, um barulho então é escutado por Olívia vindo do corredor, e novamente ela o ignora.

Olívia pega o seu pente, para pentear seu cabelo, através do espelho ela ver outra vez aquele vulto; e dessa vez até melhor pois eu volto a roupa da pessoa estava cheia de sangue e rasgada. Ela comida pega o terço que estava em cima da penteadeira, e começa a orar...

- Pai nosso que está no céu...

De repente o Ruan aparece, ele coloca um canivete no pescoço de Olívia.

- Ah! Socorro! Socorro!- gritou Olívia fazendo com que o grito ecooa na casa grande.

- Não grita! Senão vosmicê irá morrer!- Endagou Ruan, colocando a mão suja em sua boca, para ela não gritar.

Olívia fica se debatendo, para tentar fugir de Ruan.

- Tira a roupa agora!- Exclamou Ruan, tentando estrupa-la.

- Não vou tirar seu otário!.- Respondeu Olívia com a voz abafada.

A vida é um jogo de Xadrez. [ Em Revisão]Where stories live. Discover now