Capítulo 29| Carta real

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Dia seguinte.
Rio de Janeiro.
Palácio real.

O dia já amanhecia, Carlota Joaquina já amanhecia daquele jeito, xingando até as paredes.

— Dom. João eu disse que não queria vim para o Brasil, esses mosquitos deixam nós parecendo o bobo da corte!— grita Carlota Joaquina, se coçando.

Dom. João nem deu atenção para ela, pois ele está acabando de escrever a carta para mandar para a vila de Santa Marta.

— Dom. João responda-me seu frocho!

— Oque Vosmecê quer? Não deixa nem eu acabar de fazer minhas coisas.— diz Dom. João.

— Vamos fazer aliança, vamos se unir a parte da Espanha.

— Já disse a Vosmecê que não podemos fazer isso, pois a Espanha vai tomar conta de tudo, e Portugal será expulso.

— Vosmecê e essas idéias de jirico. Para quem é está carta que está em sua mão??— diz Carlota Joaquina.

— Ela vai para uma vila na capitania de São Paulo, já pede as servas que arrumem as coisas!— Exclama Dom. João.

Dom. João, entrega a carta ao mensageiro, e pede que ele vai na frente, para avisar ao o capitão Fernandes, o Capitão de Santa Marta.

Carlota Joaquina, vai para o seus aposentos, e avisa as servas, para que preparem as coisas. E vai atrás de Dom. Pedro.

Dom Pedro já era um homem sedutor, muitos homens já tentaram matalo, por conta de ter suas esposas como amantes.

— Dom. Pedro aonde está Vosmecê, responde seu pilantra— grita Carlota Joaquina, gritando pelos corredores do palácio.

Carlota passa abrindo as portas dos quartos todos, no anti penúltima quarto, quando Carlota abre a porta, ela se depara com Dom. Pedro em cima de sua serva, no meio de sua pernas, suando e bufando igual um touro.

— Hahahahaha. Aí meu deus, esse é igual a mãe!— diz Carlota Joaquina.

— Mãe Vosmecê está louca??— indaga Dom. Pedro, abotoando sua calça.

— Quero saber o que essa desmiliguida, está fazendo com Vosmecê aqui dentro do quarto. Fique sabendo que vou fazer um escândalo aqui dentro desse palácio.— Diz Carlota, indo até a cama e puxando sua serva pelos cabelos.

— Vossa alteza, não faça isso por favor!— diz a serva, colocando a mão em seus cabelos.

— Mãe não faça isso, pois irá ficar ruim para mim, e para nossa família!— diz Dom. Pedro.

Carlota só solta o cabelo de sua serva por causa disso.

— Vosmecê vai ajudar as outras servas arrumar as coisas iremos viajar!— exclama Carlota Joaquina, para sua serva.

— E vosmecê, vai até a sala do trono, para conversar com seu pai, pois  ele não quer aceitar o acordo de unir Portugal com a Espanha.

— Claro que ele não vai aceitar, a Espanha irá se apoderar de tudo, e vão expulsar Portugal daqui!— diz Dom. Pedro, colocando o seu chapéu, e dando as costa para sua mãe.

— Seu safado sem vergonha, tal pai tal filho. Mas irá ter volta me aguarde!— murmura Carlota Joaquina, com uma ideia, e indo para seus aposentos para planejar ele melhor.

Carlota entra em seus aposentos e tranca a porta, rapidamente, vai em direção de sua escrivaninha, e começa a escrever uma carta que dizia:

" Coroa Espanhola, sou eu Carlota Joaquina, pesso ajuda de vosmecês, tomar às terras que são de direito de Portugal. Quero que Portugal se renda, a família está ficando sem herdeiros, só tem dois filhos meus, e a mãe de Dom. João. Temos que dar um basta nisso logo!
Assinado: Carlota Joaquina, princesa do Brasil".

Carlota Joaquina derrete um pouco de cera, e pinga sobre o papel, e carimba, para ficar fechado.
Ela se levanta, coloca a carta no meio de seus seios, e abre a porta.
O primeiro Soldado que Carlota Joaquina vê, ela para e exclama:

— Faça um favor para mim, encaminhe essa carta até a Espanha, lembrando tome muito cuidado, com ela— diz Carlota, enfiando a mão no meio de seus seios e retirando a carta. Ao mesmo tempo o olho do soldado foi descendo junto com a mão de Carlota, deixando ele excitado.

— Tudo bem, Vossa alteza!— diz o soldado, se curvando a ela.

— Nossa que grande esse volume, vai dar para perceber!— diz Carlota, olhando para o membro do soldado.

— Irei colocar dentro do chapéu, a carta, para que ninguém perceba— diz o soldado, pensando que Carlota está falando da carta.

— Não é isso, estou falando de sua madeira!— diz Carlota abrindo seu leque.

— Pesso sua licença vossa alteza— diz o soldado tímido.

— As coisas já estão prontas, vossa alteza!

— tudo bem. Irei avisar a meu marido.

O soldado vai fazer o que Carlota Joaquina mandou, enquanto isso ela vai para a sala do trono avisar a Dom. João, que as coisas já estão prontas.

A família real já está pronta para partir, só está esperando a vontade de Dom. Pedro aparecer.

— Cadê Dom. Pedro?— diz Carlota Joaquina.

— Também queria saber!— Exclama Dom. João.

— Ele disse que ia conversar com Vosmecê...

— Demorei mas cheguei!— diz Dom Pedro, interrompendo Carlota Joaquina, e chegando na sala do trono.

— Aleluia!— exclama Dom. João.

— Vosmecê estava com aquelas menetriz né??— indaga Carlota Joaquina.

A família Sai do Rio de janeiro por volta das 6:30 da tarde, e vão à destino da vila de Santa Marta, Capitania de São Paulo.

Engenho de Lorenzo.

O engenho de Lorenzo, não era o mesmo, pois agora está um silêncio profundo.

— Sinhá Olívia, nós podemos fazer uma festa nossa, lá na senzala?— pergunta Daren.

— Podem sim. Se divertem!.

— Ocê sabia que não gosto de vê tu assim!— diz Daren.

— É difícil superar.

— Eu sei que ocê está de luto, mais tu tem que se animar, isso faz mal.

Depois de algumas horas de conversa, a sinhá se recolhe e vai para o seus aposentos.





A vida é um jogo de Xadrez. [ Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora