Capítulo 27| Revelação que Lorenzo tinha amante.

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Quando o soldado real, que foi enviado por, capitão Fernandes, chega no engenho de Lorenzo, quem atende ele é Daren.

— Oi. Oque Vosmecê deseja?— Pergunta Daren.

— Preciso falar com sua sinhá, urgente!.

— Vou chamar ela para ocê!— diz Daren indo correndo.

Ele caça a sinhá Olívia, pela casa toda, mas não acha.
Ele então resolve ir até o escritório de Lorenzo.
Quando ele entra no escritório, a sinhá percebe e fecha a pasta, aonde está mechendo.

— Sinhá. Tem um soldado real, querendo falar com a senhora!— diz Daren.

— Avise que eu já vou!.

A sinhá Olívia guarda a pasta, e vai até o soldado real.

— Excelente dia! O que deseja?— Pergunta Olívia.

— Meus pêsames. Estou passando para dizer que seu marido bateu as botas.

— Não Vosmecê está passando informação errada!— diz Olívia ironizada.

— Não senhora. O Capitão Fernandes, pediu para informa a senhora.

— Não pode ser. Meu deus, o que aconteceu???, Ele estava tão bem antes de ir para a vila!— Murmura Olívia se ajoelhado no chão.

— Irei esperar você me se prepara as coisas para eu te acompanhar até a cidade.— diz o soldado.

Daren ao ver sua sinhá, ajoelhada no chão, arrancando a grama, de tão nervosa que está. Ele vai até ela e diz:

— Sinhá! Está tudo bem??.

— Não. Lorenzo Morreu!.— diz Olívia muito triste.

— Como? Não pode ser!

— Prepare a charrete, iremos para a vila!— diz Olívia, se levantando.

Olívia vai até sua filha Pietra, para avisar do acontecimento.
Quando chega na porta do quarto, Pietra olha para sua mãe chorando, eu disse:

— O que aconteceu?.

— Seu pai Morreu!. Vamos para a vila, para o povo da o último adeus.

— Como? Senhora Olívia, eu posso acompanhar vosmecês duas??— pergunta Ramon.

— Pode sim. Depois preciso conversar com Vosmecê!

— Mãe não acredito, meu paizinho morreu.— diz Pietra dando um abraço em Ramon.

Os três vão para charrete, e vão para a câmara municipal.
O povo tudo estava na frente da câmera, aguardando ansiosamente, para o velório.

— Que bom que chegaram!— diz o capitão Fernandes, cumprimentando a sinhá Olívia, e a sinhazinha Pietra.

— Aonde está ele?— Pergunta Olívia.

— Ali no hall de entrada.

Olívia e Pietra, chora muito, Pietra ainda por ser jovem, passa mal.

A família de Lorenzo dá um sinal, para que o velório começa.
O capitão Fernandes, vai até a porta da Câmara Municipal, e começa a Exclama:

— Hoje o homem está de luto, a natureza chora escondido, o dia esconde a tristeza por trás do sol. Pois uma pessoa muito especial, morre Hoje, pessoas assim jamais deveriam partir. É difícil até para se despedir, pois sabendo que faz parte da vida, e da História de Nós. Se ninguém sabe que é, ficará sabendo agora, essa pessoa é Lorenzo Martin.— diz o capitão Fernandes, tentando segurar o choro.

Flor a primeira pessoa em que Lorenzo se relacionou, escuta fala do capitão, entra em desespero.

— Não pode ser! Lorenzo não!— murmura Flor, esbarrando nas pessoas e indo para frente, querendo ultrapassar, a marca aonde está sendo medida pelos soldados real.

— Eu e minha filha Pietra, iremos deixar um por vez se despedir de meu marido.— Exclama Olívia.

— Lorenzo Martin. Que as rosas que ocê comprou de mim, vira em benção sobre ocê no céu, que oxalá te proteja sempre!— diz o escravo Zito aquele vendedor de flores que Lorenzo comprava direto.

— Lorenzo Vosmecê se foi e deixou eu e sua filha, que Vosmecê não quis assumir...

— Tira essa mulher daqui, agora, essa prostituta! Ela é uma desonra aqui nesse velório— Exclama Olívia, ao ver Flor, de pé em frente ao caixão de Lorenzo.

— Me respeita!.— gritou Flor se debatendo, para sair os soldados soltar ela.

Foram 3 horas, que o povo de Santa Marta ficou se despedindo de Lorenzo... Depois disso, o corpo de Lorenzo vai para o seu engenho. Para os negros escravizados se despedirem, e enterrar o corpo de Lorenzo.

Há um certo ponto da cidade, o capitão Fernandes ver uma bandeira hasteada.

— Abaixem aquela Bandeira, vamos respeitar Lorenzo!— diz o Capitão Fernandes, apontando para a bandeira.

Eles abaixam e vai a família de Lorenzo eu soldados, em destino a fazenda.
Ao chegar lá ainda tinha algumas pessoas indo atrás do comboio, entre elas estavam Flor.
O capitão Fernandes, pede para quê fiquem soldados vigiando, na porta do engenho para que ninguém entre.

— Sinhá! Os escravos querem se diz pedir de Lorenzo, porém em nossa Cultura, ocê permite?— Pergunta Daren.

— Sim. Vosmecês tem uma hora, fiquem a vontade.

Eles colocam o caixão no meio do Pelourinho, e começa a se despedir de acordo com sua cultura.
Três dos escravos, estavam tocando tambores. E o resto fazendo oração e dançando.

A oração dizia:

Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô

Hoje o berimbau chora,
Nossa dança não é de tristeza
Que aconteceu com nós.

É sim, do nosso patrão, que
Não deixou nos sofrer nesse chão.
Aonde o suor e o sangue das chibatadas, derrama sobre esse chão, que rega os pés de café, que somos proibidos de beber.
Pois se não seremos levados para o Pelourinho até a morte.

Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô

Nossa ginga hoje vai para nosso
senhor, que hoje deixou com que nos,
não sofrermos.
Se todos os nossos irmãos tivessem essa mesma sorte, não estariam sofrendo tanto.

Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô

Que Oxóssi, com suas ervas, faz uma purificação, e leve ele até o divino, e o pai de todos, Oxalá

— Senhor! Ocê irá fazer muita falta! Vosmecê era a alegria, que dá a força para os seus negros continuarem a vida.— Murmara Daren, dando um beijo no Caixão.

— Meu filho quero que ocê, sabe que nunca irei esquecer de ocê, já sou vovó caduca, mas quando ir ao encontro de Oxalá, eu irei te encontrar e cuidar de ocê.— diz Tia Joaquina, chorando.

Todos os negros escravizados, se despediram de Lorenzo.
E agora por último falta sua família, se despediu, com sua religião, a igreja católica.

A vida é um jogo de Xadrez. [ Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora