Capítulo 31| Continuação da visita real

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Engenho de Lorenzo.

Pietra e Olívia já estão prontas, as duas está sentada no charrete, Daren sobe nela, e vai em destino a vila...

— Minha mãe. Estava pensando fui muito grossa com Ramon aquela hora né??— indaga Pietra.

— Sim minha filha. Acho que nunca mais ele vai volta aqui.

Enquanto o cigano Ramon, volta para o acampamento, com uma tristeza profunda... Em certo ponto da mata, ele vê uma arbusto se mexer, ele assustado diz:

— Quem é? Estou armado saía daí agora.

— Ramon é Vosmecê? Lembra quem eu sou??— Pergunta Ruan surpreso, se levantando lentamente, com as mãos para cima.

— Como Vosmecê sabe meu nome? Eu não lembro de vosmecê??.

— Sou seu pai, o cigano Ruan.

Ramon ao escutar o que Ruan falou, ele abaixa a arma, e vai em sua direção correndo, e da um abraço em seu pai...

— Não acredito que Vosmecê está vivo, depois daquela facada que levou de minha mãe.— diz Ramon.

— Sim. Sobrevivi, e agora irá ter volta, pois irei fazer a mesma coisa com ela.— diz Ruan.

Ramon solta ele, e olha com um olhar de  tristeza, exclamando:

— Ela morreu! E eu que a matei.

— Que maravilha, Parabéns! Mais o que levou Vosmecê a matar ela?— Indaga Ruan.

— Ela tentou matar o juiz de Santa Marta, e eu gosto da filha dele, quando eu vi ela fazendo aquilo, eu revidei.

— Entendo. Vosmecê sabe aonde está o acampamento?.

— Sim.

Ruan e Ramon, vai em direção ao acampamento conversando.

— E Vosmecê fez o que esse tempo todo fora do acampamento?— pergunta Ramon.

— Fiquei tentando sobreviver, e santa Sara, sempre esteve comigo. O juiz eu peguei a mulher dele, só não consegui, por causa que ela não calava a boca... Quando ele me pegou e me prendeu sobre a parede, dando soco, sua mulher entra e avisa que o capitão Fernandes, está esperando ele. Aí ele me leva até lá, e avisa o Capitão, mas o Capitão me solta na beira da estrada de volta, e hoje estou aqui.

— Isso é milagre mesmo em!— diz Ramon brincando com seu pai.

Quando os dois chegam no acampamento, de volta, são recebidos muito bem, através de aplausos.
Manolo que estava no comando de tudo, leva ele e Ramon aonde está enterrado o corpo de Soraya.
Ao chegar lá, além deles sentirem amor, eles sentem ódio, um calor que subia a veia.

— Como tiverão coragem de enterrar ela, o solo vai ficar contaminado!— exclama Ramon.

— Concordo completamente!— diz Ruan, cuspindo.

Depois disso, eles recebem Ramon e Ruan com um bom almoço.

Zona urbana de Santa Marta.

— Nossa a cidade nunca esteve Tão cheia!— diz Pietra.

— Verdade minha filha!— diz Olívia, olhando para a praça e vendo aquele banco, e relembrando quando, Flor falou que Lorenzo era seu marido. Prossegui a fala  — Filho da mãe!.

Elas descem, e entram na câmara municipal, pois Olívia iria ser nomeada.
Depois de alguns minutos, a comitiva da família real vem se aproximando da Câmara Municipal, e a família vem andando a pé, todos estavam ajoelhados, em sinal de respeito...

— Se ajoelhe cassete! Vosmecê acha que eu sou quem?— indaga Carlota Joaquina, abrindo o leque.

— Eu estou falando com um urubu, despenado— diz a dona do hotel.

— Me respeita. Eu eu mando corta sua cabeça!— Exclama Carlota Joaquina.

O Capitão da o sinal, implorando para que ela se agachasse...

Quando a família real chega na Câmara municipal, eles ocupam suas poltronas, e começam a Nomear.

— Dou esse destintivo ao Sr. Alejandro, por sua divina produção de vinhos, e espião do outro lado do pais.

— Esse destintivo é para Olívia Martin, que Aparti de agora, irá se chamar "Baronesa da Espanha".

Esse processo ocorreu durante seis horas, enquanto isso D. Pedro estava de olho em Pietra, ele entediado de ficar sentado, ele vai no meio da multidão e chama Pietra com seu dedo. Os olhos de Pietra, brilham, pois não ia recusar o pedido de D. Pedro.

— Minha mãe. Irei ir ali e já volto!.

Ela vai até ele, e vai em direção ao sobrado colonial abondonando.

— Como Vosmecê é gata!— diz D. Pedro, arrumando seu bigode.

— Obrigado! E para aonde vamos? E fazer o que?— diz Pietra.

— Vosmecê quer saber mesmo??— indaga D. Pedro, puxando ela, para dentro  do sobrado abondonando.

Os dois começam a se beijar, o membro de D. Pedro está erétil, e Pietra começa a abaixa sua mão sobre ele, e desabotoar sua calça, ele senta no chão, ela levanta o seu vestido, e encaixa sua peça na da dele, e começa.

— Vai de vaga!— diz Olívia.

— Pronto já acabou!.

— Eu duvidava do que o povo falava de vosmecê, e hoje percebi, que basta um olhar seu, e as mulheres já entendem.— diz Pietra se levantando de cima dele.

— Sim. Acho que precisamos ir! Pois irão sentir minha falta!— diz D. Pedro.

— Sim concordo!.

— Antes falta duas coisas. Preciso de seu endereço, e de um beijo de despedida!.

Ela faz o que ele pediu, e os dois voltam, eles ficaram mais um pouco, na visita de  Dom. João, pois ainda não tinha terminado.
Quando acabou, a família real, embarca de volta para o Rio de janeiro. E Olívia e Pietra vai para o Engenho.

Quando chega lá, a festa dos negros escravizados, já tinha começado, Olívia e Pietra vão direto para lá, elas não sabem como dança, aquele gingado.
Tia Joaquina, ensina as duas, depois que aprenderam, elas vão para o centro da Roda.

Aquele dia foi um dos melhores dias para todos que ali estavam, só faltava Lorenzo.
Olívia e Pietra pediu para quê a capoeira voltasse, elas queria mais axé, todos queriam que elas dançasse sozinhas na roda.
O vestido de Olívia e Pietra mexia mais do que o vento batendo; seus cabelos voa sobre o rosto Claro, mas por dentro é negro. Ela dançava com uma leveza que dava até sono.

Foram mais de 14 horas de festa, foram a primeira vez e a última de todas que os negros, tiveram contato com uma pessoa branca.
Há muito tempo eles não sabem o que é festa, hoje diversas estrelas negras que foram trazidas aqui para o Brasil, brilham no céu, a maior estrela que você ver que é o sol é Lorenzo, Pietra, e Olívia, que castiga aqueles que um dia tiveram preconceito com os negros.

A vida é um jogo de Xadrez. [ Em Revisão]Where stories live. Discover now