Prólogo

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    A mulher corria, não para salvar apenas uma, mas duas vidas. Alina Thails acabara de ficar viúva e receber uma ameaça de morte, ela morreria, mas podia evitar a morte de sua já tão amada filha: Victoria.

Mesmo antes de nascer a menina já causou pânico em um reino inteiro, o rei de Thails, sanguinário pelo passado obscuro, quer tanto ela quanto a mãe morta. Traição, ele determinara para Alina e Jake, seu marido que fora morto antes mesmo de se despedir. Alina fora mais esperta e se mandara para fora do castelo antes de colocarem uma espada em seu pescoço. Agora fraca, só dependia das suas pernas e de muito fôlego.

O rei não era burro e já havia colocado a guarda real de Thails atrás da mulher grávida, e espalhara pergaminhos pelo reino que ofereciam uma recompensa gorda para quem entregasse a mulher com ou sem vida.

E então, a feiticeira chegou na divisa do reino de Thails com Glaviros, o reino dos vampiros gladiadores. O reino onde procuraria abrigo, tanto para sua filha quanto para si mesma.

-Um acordo bem feito pode beneficiar tanto eu quanto você - Alina exclama ofegante enquanto era posta de joelhos na frente do rei, Caste era pálido feito papel, e aparentemente tão frio quanto sua pele.

-Correto. Alina Thails, você pode ter certeza que sua filha terá abrigo em meu reino, e aliás, além dessa criança ser diferente. Deverá treinar e viver entre nós, aprenderá o que eu puder ensinar, mas enfrentará a arena mensalmente a partir de seus oito anos. Trabalhará no estábulo para pagar sua estadia e não saberá da sua metade loba, porque como você bem sabe, vampiros e lobos tem uma rixa a séculos - o homem declara e a mulher ofega - ela será a gladiadora mais forte que tivemos em tanto tempo... Quero que você trabalhe aqui enquanto sua criança não nasce. Mas depois... Espero que saiba o que deve ser feito - ele diz e Alina assente.

-Eu sei o que devo fazer, mas posso cuidar disso eu mesma - ela murmura.

-Ele será tão forte, Alina... - Caste volta seu olhar para a barriga aparente da mulher - uma bela ameaça para os outros três reinos, não digo cinco, pois os vampiros estão garantidos se essa criatura decidir ter sangue de vingança de lobos e feiticeiros. Demônios antigos, vampiros, lobos e feiticeiros habitando em um só ser... incrível! Essas raças, tão raras e agora agrupadas - ele gargalha com escárnio.

-Eu e ela seremos eternamente gratas por seus favores -  a mulher diz sem fazer contato visual.

-Nos encontraremos no inferno mesmo assim - o rei ri alto. - Sua traição é algo imperdoável, receberam o aviso antes de se casar que nunca poderiam ter filhos, ignoraram e olhe para você agora...Se eu a manter aqui após a intimação do rei de Thails será como declarar guerra ao nosso aliado do leste, já temos nossas inimizades e não precisamos de mais uma, se é que me entende - ele a força encarar seus olhos vermelhos como rubis com um estalo de dedos.

-Aceito seus termos. Morrerei feliz em saber que minha menina está viva e a salvo - a feiticeira aperta a mão gelada e pálida do rei.

 Morrerei feliz em saber que minha menina está viva e a salvo - a feiticeira aperta a mão gelada e pálida do rei

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Alina Thails foi encontrada enforcada nos fundos do castelo de Glaviros pela manhã, no dia do aniversário da filha.  A mulher fugira do castelo seis meses depois da filha nascer, mas retornou anos depois e se matou onde a menina mora, rumores afirmam que ela procurou pela filha mas não a encontrou, enlouqueceu e se matou.

 A feiticeira passara doze anos fugindo da guarda real de  Thails e no fim perdera as esperanças de uma vida tranquila e fez o trabalho o qual o valor só estivera aumentando com o passar dos anos.

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A criança, cuja nunca recebera um nome, treinava dia e noite. Caste, o rei, cuidou pessoalmente da educação da menina. A híbrida teve acesso ao aprendizado de todos os idiomas conhecidos pelo vampiro, lobo, ninfo ou feiticeiro. Aprendeu todo tipo de luta e em poucos minutos está destinada a enfrentar a arena. 

Com uma trança embutida firme no enorme cabelo, ela entra no estádio com uma espada e determinação, ela não aceitaria perder. Seu treinador a avaliava ao lado do Rei, sentado na cabine suspensa acima da arena.

Seu adversário a encarava com um sorrisinho vitorioso do outro lado do ringue. O menino devia ter  em torno de dezesseis anos tinha o físico de um homem de vinte. Tinha pelo menos o dobro do tamanho da menina.

Mas como a futura general que a garota queria ser, ela não demonstrou medo muito menos hesitou. Adentrou para o centro da arena com determinação enquanto o treinador dava as ordens que ela não prestava atenção, já sabia das regras. 

Não matar - ela afirma mentalmente.

E a luta começou assim que o sinal foi soado.

Erro, como a garota era chamada, avançou sobre o garoto com garras e dentes, ou melhor, com uma espada quase maior que ela. O menino recuava se defendendo dos golpes ágeis e fortes. Ele certamente não esperava por isso.

Depois de apenas atacar, avançar. Erro é acertada na bochecha com a lâmina do menino à sua frente. Então, ele vira o jogo acertando-a na barriga e no rosto diversas vezes seguidas até cair no chão murmurando palavras sem sentido.

Ele olha para o treinador e depois para o rei que encaravam a luta seriamente, faz uma reverência e ergue a espada em sinal de vitória. 

Nunca fique de costas para o seu oponente - pensou a garota debochadamente.

Os murmúrios eram um feitiço contra dor, com isso, ela salta em direção ao garoto e o envolve em uma sequência rápida de golpes brutos. Ele cai no chão desnorteado e a garota aponta a espada do próprio para a garganta do menino que engole seco.

Escolhida para lutarDonde viven las historias. Descúbrelo ahora